A Internacionalização da Vale

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DISCENTE: Giovana Leite Sales RA: 161222323

DOCENTE: Prof. Dr. Alexandre Fuccille

DISCIPLINA: Mecanismos de Integração Regional da América Latina

CURSO: Relações Internacionais – 3° Ano (Noturno)

Apontamento: América do Sul: construção pela reinvenção (2000-2008) - Thiago Ghere Galvão

Neste artigo Galvão começa expondo que entre 2000 e 2008, o edifício integrativo sul-americano passou por um processo de adensamento institucional e relacional. As transformações materiais tiveram respaldo na renovação do quadro de ideias que culminaram em uma nova fase da integração regional pela reinvenção do conceito de América do Sul. No período tratado, o autor ainda trabalha com um novo perfil de política exterior do Brasil que se apropria de elementos de alteridade como latino-americanidade, hegemonia, liderança e hispanidade para sua afirmação no plano internacional.

A evolução da região latino-americana partiu da divisão internacional do trabalho, de um tardio processo de industrialização e de uma dependência que se estabeleceu entre os países da região e os Estados Unidos. Isso culminou em uma construção mental de uma realidade histórica: a diferenciação entre duas Américas. A primeira, a anglo-saxã, acabou por fazer parte do centro da economia mundial. A segunda, a latina, acabou por ser relegada à periferia deste sistema. Essa separação refletiu uma ideia de América Latina que perdurou no debate desenvolvimentista das décadas de 1960 e 1970.

A próxima distinção diz respeito a ideia de América do Sul. Esta adquire traços próprios e características que a distingue do restante da região da América Latina. A noção de América do Sul ganhou força como nível de análise para entender a inserção de seus países num “sistema mundo” em crescente globalização. Deste modo, ela carrega uma ideia de maior peso no âmbito internacional do que o conceito de América Latina.

Entretanto, devido a diversos conflitos ao longo da história entre os países da região, o conceito de América do Sul utilizado pelo Brasil como centro de sua política externa teve sua validade questionada. Há, atualmente, uma tentativa de reestabelecer um prestigio internacional da América do Sul e se afastar do estereótipo latino-americano de Estados atrasados e subdesenvolvidos.

Quanto a identidade sul-americana, ela surge como uma identidade coletiva proveniente do florescimento de uma cultura política sul-americana realizada em um lento processo histórico. O mesmo ocorreu com a construção da imagem de sul-americanidade.

Esta imagem foi amplamente utilizada e trabalhada pelo Brasil e fez com que se criasse três percepções distintas da presença brasileira na América do Sul: o estereótipo hegemônico, o perfil de liderança e a alteridade hispânica.

A construção da América Latina também passou