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CHOMSKY, Noam “Verdades e Mitos sobre a invasão do Iraque"

Por:   •  26/10/2017  •  Resenha  •  906 Palavras (4 Páginas)  •  508 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – UFRRJ

GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DISCIPLINA: FORMAÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

PROFESSOR: MUNIZ FERREIRA

ALUNO: LEONARDO FONSECA

MATRÍCULA: 201549024-6

FICHAMENTO

CHOMSKY, Noam “Verdades e Mitos sobre a invasão do Iraque”. In: PANITCH, Leo & LEYS, Colin. O Novo Desafio Imperial. Buenos Aires: Clacso, 2006.

Em seu breve texto o autor Noam Chomsky busca desmitificar os motivos da invasão norte-americana ao Iraque, evidenciar a nova doutrina dos Estados Unidos e mostrar como a mídia contribuiu para a imposição dessa nova política externa.

O texto inicia-se com a apresentação das razões oficiais, evidenciando como o verdadeiro motivo estava escondido por camadas enganosas. A primeira era de que o Iraque possuía armas de destruição em massa, que logo foi sobrepujada pela afirmação de Bush que a invasão aconteceria de qualquer forma, uma vez que estavam comprometidos com a mudança de regime. Logo ficou claro também que o motivo de mudança de regime também não era o suficiente, que uma “fachada árabe” era o verdadeiro interesse norte-americano, isto é, um governo que fosse de acordo com as políticas de Washington. Outras vezes também era usado o argumento da “democracia”, no qual Chomsky descreve como uma piada.

“Os EUA se opuseram consistentemente à democracia no interior do Iraque, e se oporiam em qualquer outro lugar, a menos que esta estivesse dentro de limites bem estabelecidos.” (p. 162).

O líder do Conselho Supremo para a Revolução Islâmica no Iraque, Sayed Muhamed Hakim, reafirmou à imprensa a imposição hegemônica estadunidense, ressaltando que os EUA eram mais uma força de ocupação do que de libertação. Uma “verdadeira” democracia na região não seria compatível com os objetivos hegemônicos norte-americanos. Um regime de marionetes era o ideal.

Em 2002, o Governo Brush lançava sua estratégia de segurança nacional, que provocou uma agitação no mundo, pois no mundo pós-guerra era a primeira vez que um país anunciava de maneira firme que pretendia governar o mundo. Podendo ser chamada de uma doutrina de guerra antecipatória (pre-emptive) ou doutrina de guerra preventiva (preventive), a verdade é que nenhuma ameaça militar necessita ser prevenida, os desafios podem ser fabricados e a ameaça ser o próprio “desafio” dessa estratégia.

Ações precisavam ser realizadas para demonstrarem a seriedade da nova doutrina, para que esta pudesse se tornar uma “norma em matéria de relações internacionais”. A invasão ao Iraque servia como ação exemplificativa, que ensinaria uma lição que outros deveriam aprender.

“O alvo deve ter certas qualidades cruciais: deve ser importante [...] e deve estar indefeso. O Iraque cumpria perfeitamente com ambas as condições. Sua importância é óbvia, como também a fraqueza necessária. Era então uma escolha perfeita para uma ação exemplar que estabelecesse a doutrina do domínio global pela força como uma nova “norma”.” (p. 167).

Além disso, o ataque ao Iraque também serviu para campanha eleitoral norte-americana, ambas no ano de 2002. Uma vez que o Governo Bush não teria chance nos temas econômicos e sociais, a saída era apelar ao tema da segurança nacional, sendo necessária a invenção de ameaça aos EUA para que o presidente a superasse de modo brilhante. O plano deu certo, porém não era a primeira vez na história que o governo norte-americano recorria ao botão do pânico para realizar suas políticas externas, tendo como exemplo o governo de Reagan e o caso dos líbios.

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