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Por:   •  3/3/2015  •  4.581 Palavras (19 Páginas)  •  195 Visualizações

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ALVARO PEREZ JUNIOR

ESTRATÉGIA ELEITORAL – Quem concorre precisa ter uma

Não espere bons resultados de uma campanha eleitoral feita ao acaso, improvisada e do jeito antigo, sem pesquisa, sem planejamento, sem profissionais especializados e sem produção de alta qualidade. A campanha moderna requer informações confiáveis para um bom diagnóstico, inteligência competitiva, foco e um posicionamento estratégico eficaz.

Muitas pessoas confundem marketing com propaganda. Acham que fazer campanha eleitoral é a mesma coisa que fazer publicidade de detergente. Puro engano! No marketing comercial, os produtos de consumo são mais fáceis de serem vendidos. Todos nós temos a necessidade de consumir leite, arroz, feijão, produtos de beleza, higiene pessoal e de limpeza. O consumidor vai ao mercado e já sabe os produtos que quer levar, apenas escolhe a marca. No marketing eleitoral é bem diferente. É o produto (candidato) que tem que convencer o consumidor (eleitor) ao consumo, ao ato de comprar (votar).

Essa analogia produto/candidato refere-se ao esforço pelo convencimento que cada um faz no mercado para ser o preferido, o escolhido pelo consumidor/eleitor. Em termos de concorrência, o processo é quase igual: cada produto e cada candidato tem suas estratégias (ou falta delas), ressaltando seus pontos fortes e minimizando os fracos.

Entender essa diferença é fundamental em qualquer planejamento estratégico de campanha eleitoral por dois motivos: 1) a maioria das pessoas (mais de 70%) não tem interesse algum por política, e 2) o produto oferecido (político) tem elevada carga pejorativa no conceito popular.

Diagnóstico Político – comece por aqui

O primeiro passo para planejar qualquer campanha eleitoral é fazer um bom diagnóstico político. E ele deve ser orientado por alguém com experiência no assunto. Diagnóstico feito por amadores, ou os chamados “ de confiança”, pode destruir uma campanha, piorar os votos, não conquistar o que se poderia conquistar.

Um bom diagnóstico político começa pela compreensão dos sentimentos e percepções dos eleitores comuns, e não pela satisfação de interesses pessoais ou negociações partidárias. O bom diagnóstico preza pelas informações extremamente confiáveis, isentas e sem distorções ou romantismos. Nesse tipo de trabalho não há lugar para amadores. Todo mundo sabe, política é especialidade dos bons políticos, que são hábeis em negociações. Porém, campanha eleitoral é especialidade dos bons estrategistas, que são hábeis em competição pela preferência dos eleitores. 

Um erro comum, cometido por muita gente, é gastar com pesquisas de simulação de intenção de voto muito tempo antes que os candidatos estejam definidos. Simulação de intenção de voto é quando se faz a famosa pergunta “Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria?”. Essa pergunta, feita muito longe do dia da votação, pode mascarar a realidade: nomes mais divulgados pela mídia levam vantagem sobre aqueles com menor evidência nos noticiários. Isso cria um falso ranking nas duas pontas, sempre cria um falso diagnostico político.

Perguntar ao eleitor comum em quem ele votaria, quando os candidatos nem sequer estão definidos, apresentando cenários fictícios de competição, é obrigá-lo a um enorme esforço de imaginação, sobre um assunto no qual ele ainda não tem nenhum interesse. Perguntar em quem o eleitor votaria, muito antes do pleito, produz respostas que são simples chutes, meros palpites sem valor estratégico e que podem levar a decisões erradas. Muito cuidado: resultados obtidos dessa forma não servem para fazer o diagnóstico da situação competitiva.

Por outro lado, o estudo de potencialidade eleitoral, este sim, tem valor estratégico e ajuda de verdade a planejar uma campanha. Esse é o tipo de estudo que pode - e deve - ser feito com vários meses de antecedência, até mais de um ano antes da eleição. Só ele revela como os eleitores se posicionam em relação aos possíveis candidatos. Analisa cada nome individualmente, sem forçar um falso quadro de confronto imaginário, e coloque um nome já em evidencia, que se bem trabalho durante este período também da resultados concretos, eficaz e pontual !

O estudo de potencialidade eleitoral mostra a verdadeira força de cada nome. Revela as diferenças nas possíveis combinações para formação de chapas majoritárias e alianças. Feito com antecedência, esse estudo é muito útil para movimentos de trocas ou filiações partidárias, negociação de apoios e definição de candidaturas mais competitivas. Esse levantamento permite a Segmentação do Eleitorado (veja mais adiante), para identificar os cinco tipos de eleitores e ajudar o candidato a definir os seus alvos com maior precisão, existem pessoas e políticos que trabalham só as lideranças, mas estudos mostram que se gasta e muito para ter resultados concretos, ou seja precisa-se muito mais dinheiro, e no final da reta poderá se decepcionar-se.

Os Cinco C´s da Conquista do Voto

O modelo de diagnóstico político, elaborado pelo consultor e estrategista eleitoral, que aqui voz mostra, contempla as cinco dimensões mais relevantes nos processos de análise e planejamento de uma candidatura. Esse modelo de análise se aplica tanto a competições majoritárias quanto proporcionais, em qualquer nível.

Chamo de “Cinco C´s da Conquista do Voto”, o modelo propõe investigar e desenvolver estratégias com base no conhecimento de cinco fatores:

Cidadão Eleitor 

Candidato

Chefe de Governo

Concorrentes

Cenário

Pense em um Ovo, trata-se de uma alusão bem humorada à história do ovo de Colombo. “Colocar uma campanha em pé é um processo complexo e exige muito esforço. Porém, depois de feito, todo mundo pensa que era muito simples”, O modelo dos Cinco C´s da Conquista do Voto coloca em primeiro lugar a necessidade de compreender o CIDADÃO ELEITOR, seus sentimentos, suas percepções, seus conceitos, valores e sua visão de mundo.

Em seguida é feito o estudo do CANDIDATO, através da análise SWOT (veja mais adiante). Repetindo: uma das grandes diferenças entre um produto comercial (serviços ou mercadoria) e um produto político (candidato) é que, para o primeiro, pode-se criar uma história antes de divulgá-lo no mercado, enquanto que, para o segundo, já existe uma história de vida pronta, que não pode ser alterada com facilidade.

Um exame da imagem do CHEFE DE GOVERNO

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