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Conflitos Tibet E China

Artigo: Conflitos Tibet E China. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/10/2013  •  3.867 Palavras (16 Páginas)  •  411 Visualizações

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China e Tibete

O isolamento provocado pela altitude favoreceu o surgimento, no Tibete, de uma civilização característica: no século 7, o país se converteu num reino lamaísta, seita local do budismo, que definiria o caráter teocrático da estrutura política e econômica do Estado tibetano.

Depois de várias turbulências políticas, o Tibete foi um país independente de 1911 a 1950, quando foi anexado à China comunista. De lá para cá, manifestações do povo tibetano contra o domínio chinês se repetem esporadicamente. Em 1959 ocorreu um grande levante, violentamente reprimido.

Em agosto de 2008, o movimento nacionalista do Tibete voltou a protestar contra o domínio da China sobre a região. Os primeiros protestos surgiram logo após a prisão de monges tibetanos que organizaram uma passeata para marcar os 49 anos do grande levante contra o governo chinês. Em seguida, milhares de pessoas também foram às ruas, reivindicando a independência.

Segundo observadores internacionais, o governo chinês reprimiu violentamente as manifestações, provocando mais de 120 mortes.

http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/geografia/conflitos-mundiais-recentes.htm

Em março de 2008, o mundo voltou a olhar com apreensão para o Tibete, região central da Ásia controlada pela China. Uma manifestação pacífica de monges contra o domínio chinês rapidamente ganhou toques de violência e dramaticidade, com lojas e carros incendiados, repressão militar, prisões e um saldo de ao menos 13 mortos. Meses antes do início das Olimpíadas, a China acusa os manifestantes de criar embaraços a Pequim, tentando jogar a opinião pública mundial contra o governo comunista. Do outro lado, está o líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, que vive no exílio e pede autonomia para a região, controlada pela China desde 1951. Entenda a questão.

1. Qual o interesse da China no Tibete?

A ocupação chinesa se dá por interesses estratégicos, apetite territorial e destino imperial. A China alega soberania histórica sobre o Tibete e sua estratégia é levar ao país seu modelo de desenvolvimento. Por isso, os chineses, entre outras medidas, constróem prédios e substituem a arquitetura tradicional local por outra, similar à de suas metrópoles. As transformações fazem sentido na ótica de Pequim: no Tibete, milhares de imigrantes chineses lideram importantes setores da economia. A "invasão" chinesa pode ser percebida também na atual conformação da população: em Lhasa, capital da região, menos de 25% dos 300.000 habitantes são tibetanos. Os chineses ocupam praticamente todos os cargos públicos e os empregos mais importantes, como professores, bancários e policiais. Por fim, o subsolo do Tibete é rico em metais – cobre, zinco e urânio –, com reservas suficientes para suprir até 20% da necessidade da China.

2. Como se deu o domínio chinês sobre a região?

A China ocupa o Tibete desde 1951. Os primeiros conflitos entre os dois países, no entanto, começaram muito antes. No século XIII, o Tibete foi conquistado pelo império mongol. Em 1720, foram os chineses, durante a dinastia Ching, que invadiram o país. Em 1912, com a queda da dinastia, os tibetanos expulsaram da região as tropas chinesas e declararam autonomia. Em 1913, numa conferência realizada em Shimla, na Índia, britânicos, tibetanos e chineses decidiram dividir o Tibete: uma parte seria anexada à China e outra se manteria autônoma. Ao retornar da Índia, o 13º Dalai Lama declarou oficialmente a independência do Tibete. Porém, o acordo de Shimla nunca foi ratificado pelos chineses, que continuaram a reivindicar direito de posse sobre o território. Em 1918, houve um conflito armado entre chineses e tibetanos: Rússia e Inglaterra tentaram, sem sucesso, intervir. Em setembro de 1951, o Tibete foi, então, integralmente ocupado pelas forças comunistas de Mao Tsé-tung, sob o pretexto de "libertar o país do imperialismo inglês".

3. Quantos tibetanos já morreram devido à opressão externa?

A ocupação chinesa no Tibete foi marcada pela destruição sistemática de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa. Estima-se que 1 milhão de tibetanos já tenham morrido nas mãos do Exército chinês. Durante o governo de Mao Tsé-tung, os chineses tentaram sufocar ainda a religiosidade local, destruindo santuários e assassinando monges aos milhares. Até hoje, a região está sob pesada vigilância. Os meios de comunicação são controlados por Pequim, bem como a movimentação de pessoas. A liberdade de culto é, no entanto, um pouco maior. Mesmo assim, a polícia chinesa está sempre presente em mosteiros e em templos budistas. O resultado da mão-de-ferro chinesa são os mais de 100.000 tibetanos refugiados pelo mundo. Os atuais protestos têm sido contidos com força – os monges são espancados e aprisionados.

4. Qual a importância do Dalai Lama para os tibetanos?

O Dalai Lama é o líder político e espiritual do Tibete. Segundo a crença popular, ele é a reencarnação de Buda. O atual lama é o 14º de uma seita que está no poder desde o século XVII. Ele foi o ganhador do Nobel da Paz em 1989 por sua luta pela autonomia tibetana. Se a China não consegue transformar o Tibete numa província como outra qualquer é porque a campanha do regime comunista esbarra no extraordinário fervor religioso da população. Em torno do líder exilado, que se instalou numa cidade indiana, reúne-se a única resistência organizada. Por definição, o Dalai Lama está acima dos desacordos mundanos. Os lamas são detectados entre crianças comuns pelos monges budistas por meio de sonhos e presságios.

5. Como ele exerce a função de chefe de estado?

O líder dos tibetanos assumiu a posição de chefe de estado em 1950, quando tinha apenas 16 anos. Desde então, sua maior missão tem sido negociar a soberania do Tibete com o governo chinês. Ele vive exilado há 49 anos e é da Índia, onde mora, que luta pela preservação da cultura tibetana. Ele já fundou 53 assentamentos agrícolas de larga escala para acolher os refugiados, idealizou um sistema educacional autônomo – existem hoje mais de 80 escolas tibetanas na Índia e no Nepal – para oferecer às crianças pleno conhecimento de sua língua, história, religião e cultura, além de já ter elaborado uma Constituição democrática para um Tibete livre. Embora o governo tibetano no exílio e o governo da China não mantenham relações diplomáticas, o Dalai

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