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Discursos de Chanceler

Por:   •  4/12/2018  •  Resenha  •  2.850 Palavras (12 Páginas)  •  153 Visualizações

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ACUMULAÇÃO DE CAPITAL E PROGRESSO TECNOLÓGICO ¹ ²

André Lafite

Isadora Sampaio

Kamila Massoud

Marhina Lima

Larissa Drago

Lucas Barreto

Luiz E. Brito

Wendel Junior [1]

Orientadora: Rosilene Furtado[2]

RESUMO: Nesse trabalho, discorremos sobre os conceitos de acumulação de capital e progresso tecnológico dispondo exemplos e visando explicar a importância de estudá-los para criar planos de crescimento e desenvolvimento econômico dentro da estrutura financeira do país. De modo geral, mostramos as diferenças existentes entre a estrutura tecnológica dos países desenvolvidos e em desenvolvimento e as consequências socioeconômicas dessa diferença. Por fim, concluímos que, as diferenças tecnológicas entre países, causam desigualdades entre as economias de países centrais e periféricos e estudar tais limitações é de suma importância para guiar os governos a construir políticas de distribuição financeira e investimentos objetivando reduzir tais desigualdades.

PALAVRAS-CHAVE: Acumulação de capital. Crescimento econômico. Progresso tecnológico.

INTRODUÇÃO

        Acumulação de capital e progresso tecnológico são conceitos interdependentes e fortemente relacionados ao estudo da economia de um país. Estudar este tema é pertinente, pois permite ao estado desenvolver e aprimorar áreas que aumentem sua capacidade de desenvolvimento econômico, além de estimular o crescimento e investimento de empresas privadas no país.

        Este trabalho tem como objetivo apresentar a relação entre os conceitos supracitados, demonstrando sua importância no crescimento e desenvolvimento na esfera macroeconômica dos países, em especial os países em desenvolvimento. Começaremos apresentando a diferença tecnológica entre os países centrais e periféricos resultando nas consequências para a economia; em seguida, aprofundaremos o estudo da relação entre acumulação de capital e progresso tecnológico, mostrando os modelos econômicos usados no Brasil nos últimos 20 anos. Posteriormente, discorreremos também sobre a relação entre progresso tecnológico e produtividade, além de mostrar o papel do governo no progresso tecnológico e sua relação com a acumulação de capital. Por fim, as considerações finais e conclusões sobre o trabalho desenvolvido.

1 Diferenças entre economias capitalistas

        Acumulação de capital e progresso tecnológico são conceitos que se interrelacionam. Feijó, Lamonica e Oreiro (2011) afirmam que o desenvolvimento econômico decorre do progresso técnico propiciando a acumulação de capital. Mesmo em economias capitalistas é possível observar diferenças estruturais significativas entre os países desenvolvidos (centrais) e os países em desenvolvimento (periféricos). Veremos adiante algumas dessas divergências.

        A primeira diferença diz respeito ao uso da técnica, deste modo, países desenvolvidos possuem técnicas de produção mais avançadas e que chegam lá primeiro. Os países em desenvolvimento, por sua vez, importam tecnologia que ao chegarem algumas vezes já estão defasadas; por essa razão, as economias periféricas ficam atrasadas do ponto de vista tecnológico e organizacional.

        Sobre esse cenário, Furtado (1952 apud FEIJÓ; LAMONICA e OREIRO 2011, p. 153) destaca que o crescimento de economias desenvolvidas decorre da acumulação de novos conhecimentos científicos e progressos na aplicação de tais conhecimentos. Isso ocorre devido ao padrão de especialização que está diretamente relacionado ao nível de desenvolvimento tecnológico da região.  Como as economias periféricas passam pelo processo de assimilação da técnica predominante da época, seu modelo de desenvolvimento fica comprometido, ocasionando o que os autores acima mencionados chamam de hiato tecnológico.

        Outra diferença entre economias capitalistas centrais e periféricas se refere à elasticidade-renda. Ela aumenta nos países centrais, visto que eles são produtores de tecnologia e exportam produtos com alto conteúdo tecnológico que consequentemente possuem maior valor agregado. Nos países periféricos a elasticidade-renda diminui, pois eles exportam matéria-prima, ou seja, bens primários, cujo valor agregado é baixo e, importam bens manufaturados de economias centrais.

        A partir das diferenças expostas acimas, percebe-se que as economias periféricas precisam de um maior esforço para acumular capital. Como as diferenças são estruturais, é preciso que haja mudanças na estrutura da economia da periferia para que ela possa alcançar o crescimento econômico, acumulando o capital e alcançando, consequentemente, o progresso tecnológico.

2 Progresso Tecnológico e Crescimento econômico

        Nos estudos da economia, a discussão do crescimento econômico de um determinado país é essencial para encontrar maneiras de aumentar os investimentos em sua própria economia. Diante disso, o governo aliado às empresas deve estudar os fatores que ajudem o processo de maximização do crescimento de uma economia. O progresso tecnológico está inserido nesse contexto, pois ele é primordial para que um país possa chamar atenção dos investimentos e garantir benefícios tanto para o governo, como para as empresas instaladas.

        Na teoria econômica, o modelo que sintetiza tal processo é o modelo neoclássico de Solow, que segundo a teoria postula que o crescimento econômico de uma economia no longo prazo está relacionado à acumulação de capital, ou seja, o total de investimentos feitos pelas empresas (OREIRO, 1999, p. 49). No entanto, tais investimentos dependem de taxas que são retiradas das poupanças da economia, isto é, do dinheiro não consumido pela sociedade e depositado nos bancos e instituições financeiras, em que tais instituições vão usar o dinheiro para ser usado como crédito no desenvolvimento e ampliação de novas tecnologias. Logo, observa-se que o fenômeno do progresso tecnológico está diretamente relacionado aos investimentos das empresas em setores de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

        Para que ocorra o progresso tecnológico e o crescimento econômico em um determinado país é necessária uma concorrência elevada, para que as empresas possam investir em novas tecnologias e garantir produtos diferenciados para o mercado; um mercado consumidor aquecido, para que as empresas possam garantir ganhos crescentes e lucros positivos e, assim, ter mais dinheiro para investir em tecnologia. E dessa forma possibilita um progresso tecnológico para a indústria do país e fortalecimento econômico garantido pelo acúmulo de dinheiro investido em sua economia.

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