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Evolução Do Pensamento Econômico

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Por:   •  29/3/2014  •  6.334 Palavras (26 Páginas)  •  229 Visualizações

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Evolução do pensamento econômico PDF Imprimir E-mail

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Trabalhos Prontos - Economia

Escrito por Mariana Lambert

Introdução

A evolução do pensamento econômico passou por diversas mudanças através dos tempos, sendo modificada a cada nova teoria e contestação de alguns estudiosos, como os filósofos gregos e romanos. Passou por idéias liberais e de individualismo e outras que queriam uma economia ligada à constituição de um Estado forte.

Existe um consenso de que a Teoria Econômica, de forma sistematizada, iniciou-se quando foi publicada a obra de Adam Smith "A riqueza das Nações", em 1776. Em períodos anteriores, a atividade econômica do homem era tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da Ética. Nesse sentido, a atividade econômica deveria se orientar de acordo com alguns princípios gerais de ética, justiça e igualdade. Os conceitos de troca, em Aristóteles, e preço justo, em São Tomás de Aquino, a condenação dos juros ou da usura, encontravam sua justificativa em termos morais, não existindo em estudo sistemático das relações.

Os renascentistas diziam que entre a Antigüidade Clássica e sua época não houve evolução e que foi um período sem idéias novas. Mesmo as atividades econômicas tiveram nessa época pouca força, voltando a se fortalecer no século XI, quando houve um crescimento demográfico que aumentou a oferta de mão de obra, trazendo um aumento de produção e o desenvolvimento como conseqüência desses fatores. Surge o sistema bancário e fortalece-se o pensamento econômico da igreja.

O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam, com muitas oposições. A evolução deste pensamento pode ser dividida em dois grandes períodos: Fase pré-científica e Fase Científica Econômica

A fase pré-científica é subdividida em três períodos. A Antiguidade Grega, cuja característica principal foi o desenvolvimento nos estudos políticos e filosóficos. A Idade Média ou Pensamento Escolástico, com doutrinas teológicas e filosóficas. E, o Mercantilismo, quando houve uma expansão dos mercados consumidores e, consequentemente do comércio.

A fase científica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e Pensamento Marxista. A primeira pregava a existência de uma "ordem natural", onde o Estado não deveria intervir (laissez-faire) nas relações econômicas. Os doutrinadores clássicos acreditavam que o Estado deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e demanda), através do ajuste de preços. Já o marxismo criticava a "ordem natural" e a "harmonia de interesses", afirmando que tanto um como outro resultava na concentração de renda e na exploração do trabalho.

Percursores da Teoria Econômica

Antigüidade

Com o aumento da complexidade social e da escassez, tornou-se necessária à existência de um estudo com o objetivo de, com o desenvolvimento tecnológico, satisfazer um maior número de pessoas e/ou necessidades, trabalhando sob o plano da otimização, racionalização e do planejamento.

Esse período é caracterizado, principalmente, pelo desenvolvimento dos estudos políticos e filosóficos. As idéias econômicas dessa época eram fragmentadas nestes estudos, ainda não constituindo, portanto, um ramo científico independente.

Xenofontes, pensador grego autor de diversos escritos sobre a agricultura e o sistema tributário, utilizou o termo "econômico", em uma obra do mesmo nome. Pode-se dizer que, de um modo geral, o pensamento econômico voltava-se, principalmente, para a solução de problemas particulares e das transações comerciais. Aristóteles também exerceu forte influência na evolução desse pensamento, sendo autor de obras em que se discutia a função do Estado, salários, o intercâmbio e a aquisição, o valor e a formação da riqueza; contribuindo às teorias do valor que hão de vir: preços e moeda.

Os romanos se preocupavam mais com a política, restando à economia algumas observações sobre as atividades agrícolas.

Então, apesar das importantes contribuições dos pensadores gregos e romanos ao desenvolvimento do pensamento econômico, esses filósofos estiveram ligados diretamente à filosofia e à política. Todas as obras nitidamente econômicas se baseavam em princípios morais e políticos, necessitando de aspectos científicos.

Na Grécia Antiga, as primeiras referências conhecidas de Economia aparecem no trabalho de Aristóteles (384-322 a.C.), que aparentemente foi quem cunhou o termo Economia (oikosnomos) em seus estudos sobre aspectos da administração privada e sobre finanças públicas. Encontramos algumas considerações de ordem econômica nos escritos de Platão (427-347 a.C.) de Xenofonte (440-335 a.C.).

Roma não deixou nenhum escrito notável na área de economia. Nos séculos seguintes, até a época dos descobrimentos, encontramos poucos trabalhos de destaque, mas que não apresentam um padrão homogêneo e estão permeados de questões de justiça e moral. As já citadas leis da usura, a moralidade de juros altos e o que deveria ser um lucro justo são os exemplos mais conhecidos.

Manifestações Escolásticas (Idade Média)

Com a decadência de Grécia e Roma deu-se início à Idade Média, caracterizada por uma nova fase da economia e da cultura, onde a igreja controlava o poder político e econômico. O pensamento econômico ainda não tinha se tornado independente dos estudos políticos e filosóficos.

Neste período houve grande desenvolvimento cultural, científico ou econômico. O comércio desempenhou um papel secundário, mas nunca deixou de existir; o artesanato declinou, só era produzido para consumo local.

Com o crescimento demográfico e um conseqüente excesso de oferta de mão-de-obra, houve um aumento na produção que desenvolveu as cidades e o comércio internacional, mobilizando grandes capitais. Por isso, surgiram vários elementos característicos da economia moderna por exemplo a divisão do trabalho, o sistema bancário, diversas formas de associação, que se desenvolveram no decorrer da evolução do pensamento econômico.

Procurando equilibrar as relações

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