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FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL

Por:   •  5/3/2022  •  Resenha  •  2.246 Palavras (9 Páginas)  •  137 Visualizações

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FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL

PROVA 2

Siga as orientações abaixo e responda às questões a seguir:

(I). A prova deve ser feita de maneira individual ou em dupla e nesse documento em formato .doc (no caso de prova em dupla, ambos os discentes/ambas as discentes devem anexar o mesmo arquivo no Teams);

(II). Você terá até às 23:59 do dia 30/10/2021 para entregar a prova;

(III). A prova tem 10 (dez) questões que devem ser julgadas como verdadeiras ou falsas;

(IV). Dessas dez, você deve escolher quatro questões e discorrer sobre aquele tópico em específico, seja ele verdadeiro ou falso;

(V). Os 40 (quarenta) pontos da prova estão distribuídos da seguinte forma: 7 (sete) pontos para cada uma das quatro respostas discursivas; 2 (dois) pontos para cada uma das seis questões remanescentes;

(VI). Os documentos entregues serão verificados em relação a plágio;

( F ) Os dados discutidos em aula indicam que a escravidão beneficiou o processo de industrialização brasileiro.

( F ) Contribuíram para a gestação da economia cafeeira, em meados do século XIX, a utilização da mão de obra escravizada e o fato que a produção do café era mais intensiva em capital do que a produção do açúcar.

( F ) O incentivo à imigração assalariada para o Brasil buscava solucionar o problema gerado pela grande elasticidade da oferta de trabalho no país.

( F ) Os espasmos de industrialização no Brasil de meados do século XIX foram fundamentalmente resultado das políticas protecionistas realizadas no período, como a instituição da tarifa Alves Branco, em 1844.

Em sua obra História Geral da Civilização Brasileira, Sérgio Buarque de Holanda irá expor em um de seus capítulos, as tentativas que foram realizadas para o processo de industrialização brasileira. De acordo com o autor, a Revolução Industrial presente no território britânico impulsionou o processo de industrialização ao redor do globo, importante principalmente nas ex-colônias e regimes imperiais, uma vez que a industrialização se tornou um fator fundamental para independência política, econômica e para consolidação de uma soberania nacional.

Pode-se dizer que já durante o regime colonial, houve algumas indicações em defesa de uma industrialização, principalmente por parte dos inconfidentes mineiros. Alguns historiadores, rejeitavam a possibilidade de uma industrialização no período devido a falta de um mercado consumidor e das dificuldades que poderiam gerar, se caso o Brasil optasse por competir na indústria têxtil, tendo a Inglaterra como principal competidora no mercado. As principais medidas que poderiam caracterizar as tentativas de industrialização no período joanino se deram através da concessão de alvarás, concedidos no ano de 1808 e 1809, produzindo um choque na produção brasileira. As políticas de Alvarás no dia primeiro de abril de 1808, revogava as peias do regime colonial e formulava os princípios que expunham os motivos de uma nova orientação. Já a segunda medida, concedida no dia 28 de abril do ano seguinte, estabelecia medidas que permitiam a isenção de direitos aduaneiros em relação às matérias-primas utilizadas nas fábricas nacionais. Além disso, as medidas permitiam a isenção de impostos de exportação para produtos manufaturados do país e utilização de artigos nacionais para o fardamento de tropas e concessão de privilégios exclusivos por 14 anos.

O que se defendia neste período, é que não se devia optar por uma industrialização forçada no Brasil. Isto pelo fato de que não era viável se inserir na competição do mercado têxtil, uma vez que a Inglaterra, precursora do processo de industrialização, se afirmava como uma das principais potências do período e como produtora de tecidos. Uma nova oportunidade de industrialização surge em um contexto diferente a partir do momento em que em 1844, era promulgada a tarifa de Alves Branco.

Devido ao fato de que os tratados de livre-comércio com outros países estavam prestes a expirar, um novo contexto poderia se estabelecer no momento em que novas aspirações industriais fizessem com que os capitalistas do período apostassem em novos projetos de prospecção industrial. A tarifa de Alves Branco estabelecia uma taxa de 30% em grande parte dos produtos importados em solo brasileiro e em 60% de algumas mercadorias que aqui eram fabricadas. Desta forma, o que percebia era que a tarifa acabara proporcionando uma proteção adequada ao mercado e não se apoiando aos privilégios concedidos e submissões do Estado. Contudo, medidas se tornaram insuficiente para conseguir atender algumas demandas da indústria brasileira, sendo necessário outras medidas protecionistas pudessem emergir e consolidar o processo de industrialização nacional.

Outro aspecto importante a ser comentado é que o processo de expansão industrial e econômica mostrou-se mais eficiente do que a aplicação de políticas protecionistas. Holanda ainda expõe uma série de acontecimentos que iriam reanimar as atividade industriais no Brasil no fim da década de 60, principalmente na indústria têxtil. O contexto também favorecia a indústria, uma vez que nos Estados Unidos, a Guerra Civil provocou um aumento significativo na produção de algodão no Brasil, em conjunto com uma expansão do cultivo que provocou um renascimento da indústria têxtil de algodão em território brasileiro e um potencial gigantesco de crescimento.

( V ) Mesmo antes da Lei Áurea, os setores mais dinâmicos da economia, reconhecendo nas intensas fugas de escravizados dos anos anteriores um indicativo de ruptura, já haviam iniciado o processo de reorganização da produção tendo por base a mão de obra assalariada. Isso contribuiu para que não se verificasse a ruína econômica prevista pelos setores mais conservadores da sociedade.

Ao comentar sobre as principais implicações do processo abolicionista no Brasil, Emília Viotti, em sua obra A abolição, expõe nos capítulos 10 e 11 os impactos que se fizeram presentes no período. É importante dizer em um primeiro momento, que o abolicionismo no Brasil, mesmo não se

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