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Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis

Por:   •  28/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.081 Palavras (9 Páginas)  •  102 Visualizações

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Universidade de Passo Fundo

Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis

Curso de Comércio Exterior

Blocos Econômicos

NAFTA

ALADI

Acadêmicos:

Ana Paula Silvestrin,

Germano Ferreira,

João Vicente Trezzi,

Julia Andreatta,

Maria Eduarda Gasperin,

Ricardo Portaluppi.

Passo Fundo, 27 de abril de 2015

NAFTA

North American Free Trade Agreement

O NAFTA, como o próprio nome já diz, é um Tratado Norte Americano de Livre Comércio. Ele foi estabelecido entre Canadá, México e Estados Unidos. Ele entrou em vigor em janeiro de 1994, porém, foi iniciado em 1988 quando Estados Unidos e Canadá assinaram um acordo de liberação econômica. Mais tarde, em agosto de 1992, o bloco recebeu a adesão do México.

Um dos principais motivos da criação desse bloco foi fazer frente à União Europeia, visto que a mesma é um exemplo de bloco econômico bem sucedido. Porém, diferente da UE, o NAFTA não visa à integração total entre seus países membros (na UE as pessoas nascidas em qualquer dos países membros são consideradas “cidadãos da União Europeia” podendo trafegar e estabelecer residência em qualquer um dos outros países sem nenhuma restrição), mas sim, visa a criação de uma área de livre comércio.

Principais objetivos do bloco:

  • Eliminar as barreiras alfandegárias (imposto de importação), e facilitar o movimento de produtos e serviços entre os territórios dos países participantes;
  • Ajustar a economia dos países membros, para ganhar competitividade no cenário de globalização econômica;
  • Aumentar as exportações de mercadorias e serviços entre o bloco;
  • Estabelecer uma estrutura para futura cooperação trilateral, regional e multilateral para expandir e realçar os benefícios desse acordo.

Funcionamento do NAFTA e vantagens para países membros:

Empresas dos Estados Unidos e Canadá conseguem reduzir os custos de produção ao instalarem filiais no México, aproveitando a mão-de-obra barata. O México, por sua vez, ganha com a geração de empregos em seu território, em troca exporta petróleo para os Estados Unidos, aumentando a quantidade desta importante fonte de energia na maior economia do mundo (a produção industrial mexicana, assim como as exportações, têm aumentado significativamente na última década). A geração de empregos em solo mexicano, além de ser favorável ao México, ainda auxilia os Estados Unidos, no sentido em que pode diminuir a entrada de imigrantes ilegais mexicanos em território norte-americano. É importante ressaltar que, negociando em bloco, todos países membros podem ganhar vantagens com relação aos acordos comerciais com outros blocos econômicos.

O NAFTA criou a maior área do mundo de livre comércio, ligando cerca de 400 milhões de pessoas e produzindo mais de 17 trilhões de dólares de bens e serviços, anualmente. Estima-se que este bloco econômico aumenta seu PIB em até 0,5% ao ano. O consumo interno de toda a produção divide-se basicamente proporcional aos níveis econômicos respectivos de cada um dos países, onde Estados Unidos consome 59% das exportações, Canadá 23% e México 18%. Em relação às exportações, não se pode obter valores médios específicos, pois o bloco trabalha acrescentando e retraindo volumes dentre seus países para manter um equilíbrio.

Os Estados Unidos lideram em todos os segmentos de produtos e prestações de serviços, não necessariamente tudo produzido e exportado de seu território, mas também com toda sua indústria estabelecida nos países vizinhos. A estimativa é de que os EUA detenha 54% das exportações.

Alguns dados individuais dos países-membros do NAFTA, onde percebe-se a grande diferença econômica existente no bloco.

Estados Unidos da América

PIB: US$ 16,77 trilhão;                 Renda per Capita: US$ 58,041

Canadá

PIB: USS$ 1,827 trilhão;         Renda per Capita: US$ 51,958

México

PIB: US$ 1,261 trilhão;                 Renda per Capita: US$ 10,307

Relação Brasil-NAFTA:

A participação brasileira no mercado dos EUA aproxima-se da mexicana apenas no caso de alimentos (incluindo fumo e bebidas) e matérias primas, sendo as dificuldades especialmente agudas no caso das exportações de máquinas e material de transporte. O nível de desagregação dos dados é, entretanto, insuficiente para indicar em que medida produtos brasileiros e mexicanos competem nos mercados dos EUA.

Cerca de 15% das exportações brasileiras são de produtos com entrada livre nos EUA: crustáceos, castanhas, café, cacau, minérios, pasta de madeira e pedras preciosas. É possível, também, identificar exportações do Brasil que não competiram com as exportações mexicanas por estas terem sido insignificantes, ou próxima disto, como: fumo, suco de laranja, entre outros, somando cerca de 10% das exportações brasileiras para os EUA.

O fluxo de mercadorias dentro do NAFTA teve um aumento superior a 150% na última década, fazendo com que o México elevasse seu crescimento econômico. Atualmente o país se encontra entre as quinze maiores economias do planeta. Não devemos deixar de lado as pretensões dos Estados Unidos. Sendo a maior economia do mundo, o que gera certa desigualdade entre seus países vizinhos de bloco, essa potência mundial quer a implantação de um megabloco econômico, que prevê a derrubada das barreiras comerciais entre as Américas do Norte, Sul e Central (com exceção de Cuba). Este se chamaria ALCA, que significa Área de Livre Comércio das Américas. Se entrasse em funcionamento, renderia um PIB de cerca de 20 trilhões de dólares, e teria uma população de 850 milhões de habitantes.

Contudo, o novo bloco atenderia especialmente aos interesses econômicos norte-americanos, que se sobressairia aos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Sendo assim, por divergências entre os países, o ALCA ainda não foi implantado. Existe ainda a ideia de que o NAFTA torna o México uma espécie de colônia norte-americana, pois com o acordo de livre comércio, os fazendeiros mexicanos precisam tabelar os preços dos produtos agrícolas aos Estados Unidos, deixando-os mais baixos e perdendo competitividade no mercado. Devido a isso, os fazendeiros se posicionam sendo contra o NAFTA, levando em consideração essa perda de influência que tiveram nos centros urbanos do México.

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