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Guerra do Iraque e a força da opinião publica

Por:   •  6/2/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.135 Palavras (5 Páginas)  •  184 Visualizações

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Guerra do Iraque e a força da opinião publica

A história de como as armas dos EUA acabaram nas mãos daqueles que muitos descrevem como o mais temido movimento islâmico no mundo data de 2003. Esse foi o ano em que a administração Bush, baseada em informações maquiadas, mentiu para o seu povo a fim de justificar um ataque militar contra o Iraque e sua posterior ocupação. Os EUA acaabaram com grande parte dos militares iraquianos, compostos em sua grande maioria por muçulmanos sunitas. Isso fez com que aumentasse a insurgência anti-ocupação no país, fazendo com que surgisse tal exército sem a influência daqueles que trabalharam com Saddam Hussein.

A Guerra do Iraque, também referida como Ocupação do Iraque foi um conflito que começou no dia 20 de Março de 2003 com a invasão do país por uma coalizão militar multinacional liderada pelos Estados Unidos. Esta fase do conflito foi encerrada no dia 18 de dezembro de 2011 com a retirada das tropas americanas do território iraquiano após oito anos de ocupação. O conflito aconteceu no contexto da Guerra Global adotada pelos Estados Unidos contra o “terror”, lançado pelo presidente americano George W. Bush após os atentados de 11 de setembro de 2001.

A invasão começou em 20 de março de 2003, com os Estados Unidos, o Reino Unido e um algumas nações aliadas, lançando uma série de bombardeios aéreos contra as principais cidades do Iraque, principalmente Bagdá. A partir daí, o exército iraquiano foi rapidamente “atropelado” por essa coalizão ocidental que em menos de um mês conseguiu tomar conta do país. Esta invasão levou ao colapso o governo Baathista, e o presidente iraquiano, Saddam Hussein, foi capturado na Operação Red Dawn em dezembro de 2003, e três anos mais tarde foi julgado e executado na forca. Devido a este vácuo de poder gerado pela queda do ditador, e a ineficiência contra a ocupação estrangeira, levou a uma onda de violência religiosa interna, principalmente amparada na rivalidade entre xiitas e sunitas, mergulhando o país em uma sangrenta Guerra Civil. Atraindo militantes islamitas estrangeiros começaram a chegar em peso no Iraque para lutar contra as tropas de ocupação ocidental e contra o novo governo secular iraquiano, grupos como a Al-Qaeda se fortaleceram na região e utilizaram o território iraquiano para expandir suas atividades militantes.

 Frente ao aumento da intensidade do conflito em uma sangrenta luta de guerrilha, vários países começaram a abandonar a coalizão formada por países do ocidente, retirando suas tropas do Iraque. Porém, os Estados Unidos tomaram um caminho oposto, aumentando consideravelmente sua presença militar no país em 2007 e, logo em seguida, a insurgência iraquiana começou a perder força. A partir de 2009, os americanos começaram o processo de desmobilizar suas tropas do Iraque, até que a retirada foi completada no dia 18 dezembro de 2011 após o Senado dos Estados Unidos terem votado em novembro em uma resolução para formalmente encerrar a Guerra.

Entre os meses de janeiro e julho de 2011, muitos soldados americanos foram mortos em atentados realizados pelos apoiadores do Iraque. Alguns líderes da oposição nos Estados Unidos pediram para que o presidente Barack Obama atrasasse o plano de retirada das tropas do Iraque, porém ele negou, utilizando da evacuação das forças americanas da região como uma de suas bandeiras durante a campanha a presidência do país.

O Governo Bush baseou sua racionalidade para lançar a guerra na ideia de que o Iraque, visto pelo Ocidente como um "Estado vilão" desde a Guerra do Golfo, possuía armas de destruição em massa, e que o regime de Saddam Hussein representava uma ameaça grave para os Estados Unidos e seus aliados. Membros oficiais e autoridades do governo norte-americano também acusaram o presidente iraquiano de dar abrigo e apoio a terroristas da al-Qaeda, enquanto outros argumentavam também sobre o valor moral de derrubar uma ditadura e levar democracia ao povo iraquiano. Porém, após a invasão, nenhuma evidência substancial foi encontrada para apoiar as acusações de que o Iraque possuía armas de destruição em massa, ao mesmo tempo de que a hipótese de que Saddam tinha laços com a Al-Qaeda se provou falsa. A racionalidade que levou os Estados Unidos à guerra foi duramente criticada, tanto pela população norte-americana, quanto pelo mundo afora. Além das consequências internas, que foi o declínio considerável da popularidade de George Bush, se tornando um dos presidentes mais impopulares da história do país, com a maioria da população acreditando, no final da primeira década de 2000, que invadir o Iraque foi um erro grave.

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