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Jornalismo Investigativo

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Por:   •  9/3/2015  •  1.292 Palavras (6 Páginas)  •  282 Visualizações

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O Quinhentismo Brasileiro

A literatura de informação e a literatura dos jesuítas: a produção literária no Brasil colônia No primeiro século do Brasil colônia a metrópole procurou garantir o domínio sobre a terra descoberta, organizando-a em capitanias hereditárias e enviando jesuítas da Europa para catequizar os índios e negros da África a fim de povoar a colônia.

Embora a literatura brasileira tenha nascido no período colonial, é difícil precisar o momento em que passou a se configurar como uma produção cultural independente dos vínculos lusitanos. É preciso lembrar que, durante o período colonial, ainda não eram sólidas as condições essenciais para o

florescimento da literatura, tais como existência de um público leitor ativo e influente, grupos de escritores atuantes, vida cultural rica e abundante, sentimento de nacionalidade, liberdade de expressão, imprensa e gráficas. Justamente por isso, a literatura de informação e a literatura dos jesuítas não são consideradas um estilo de época, mas sim, um período no qual houve os primeiros registros da arte e da escrita em língua portuguesa no Brasil. Manifestações Artísticas A língua e a religião eram os únicos fatores a representar alguma unidade cultural. A cultura indígena foi aos poucos sendo suplantada pela visão de mundo dos jesuítas, marcada pela religiosidade medieval. A dança e a música dos grupos dominados (negros e índios) foram as únicas manifestações artísticas que efetivamente, conseguiram deixar sua marca nesse processo de transplantação cultura.

Literatura

As duas manifestações literárias do Quinhentismo brasileiro foram a literatura informativa e a literatura dos jesuítas.

• Literatura Informativa

Também chamada de literatura dos viajantes ou dos cronistas, reflexo das Grandes Navegações, empenha-se em fazer um levantamento da “terra nova”: sua flora, sua fauna, sua gente. De caráter descritivo, esses documentos são a única fonte de informação sobre o Brasil do século XVI. A principal característica dessa informação é a exaltação da terra, resultado do assombro do homem europeu saído do mundo temperado ao se defrontar com um mundo tropical, totalmente diferente, novo, exótico. Com relação à linguagem, o louvor à terra transparece no uso exagerado de adjetivos, quase sempre empregados no superlativo.

• Literatura dos jesuítas

O melhor da produção literária do Quinhentismo, do ponto de vista estético, surge na segunda metade do século XVI, com a chegada dos padres jesuítas. Seus textos, com forte traço da cultura medieval, representam manifestações de uma literatura mais organizada, seja pela cultura dos membros da Companhia de Jesus, seja pelo cultivo de gêneros como a poesia e o teatro. Refletindo o momento religioso da Contra-Reforma, é uma literatura de cunho pedagógico, voltada ao trabalho de catequese.

Literatura de informação

A Literatura de informação é um segmento do Quinhentismo, que é a denominação das manifestações literárias ocorridas em território brasileiro durante o século XVI. Além da Literatura de Informação, foi de destaque ao Quinhentismo a chamada Literatura dos Jesuítas. Iniciou-se no Brasil e durou de 1500 à 1601.

Características básicas da literatura de informação[editar]

• Baseava-se nos padrões estéticos medievais, entretanto, nas crônicas de viagem, como também eram chamados os textos produzidos neste momento histórico, os valores do classicismo são evidentes:as obras eram lidas principalmente na Espanha e em Portugal, para satisfazer a curiosidade dos europeus sobre a Nova Terra e, como não poderia deixar de ser, escritas por comerciantes, militares e viajantes também europeus que, em sua maioria, desejavam enriquecer facilmente.

• Nas obras era evidente a opinião do autor;Sempre achando que a nova colônia representava uma grande fonte de lucro para os cofres portugueses.

• Registra o impacto da nova terra sobre o europeu descobridor ou observador.

Foi dividida em três classes:

• Prosa

• Poesia

• Teatro

Historicamente, havia a contínua ascensão do mercantilismo, que surgira já havia algum tempo em Portugal. Esta nova realidade econômica fez com que se desenvolvesse, no País, um avanço tecnológico náutico significante, propiciando ainda no século XV, o início das Grandes Navegações. Entre estas, no último ano do então século, Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil, iniciando, desta forma, a introdução da cultura européia no novo continente.

O valor literário não é tão salientado quanto o valor histórico, uma vez que fornece aos leitores o retrato da ideologia da época, tal como a impressão dos colonizadores quanto à natureza e clima tropical brasileiro. Além destes, há também o primeiro contato do europeu com os nativos indígenas locais, retratando-os.

Curiosamente, pela tamanha exaltação à fauna e flora, assim como da nova terra em geral, criava-se naquele momento, um mero princípio de sentimento nativista, que explodiria completamente no Romantismo, durante o século XIX.

O principal representante desta escola literária foi Pero Vaz de Caminha, com sua Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o descobrimento do Brasil. Houve outros escritores do estilo, porém com temáticas quase idênticas entre si, no qual relatavam a fauna e flora locais, assim

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