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Necessidades nutricionais do lactente

Por:   •  10/5/2016  •  Artigo  •  4.333 Palavras (18 Páginas)  •  1.789 Visualizações

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Necessidades nutricionais do lactente

     A amamentação é muito importante para o desenvolvimento do lactente, pois no leite materno e encontrado a quantidade de nutrientes necessários para nutrir e proteger a criança. O aleitamento materno protege também a criança contra as infecções mais comuns, incluindo as infecções respiratórias do trato superior e do inferior como otite media, bronquiolite e gastrenterite em função dos componentes presentes no leite materno e pelo papel do colostro na mucosa intestinal, que auxilia na maturação das células intestinais. No leite materno encontramos as proteínas, carboidratos, lipídio, minerais e oligoelementos, vitaminas e as imunoglobulinas que nutrem as necessidades da criança, que não precisam ser complementadas ate os 6 meses de vida do bebe (VITOLO, 2015).

     A necessidade de energia do lactente é a ingestão que se estima ser suficiente para garantir o balanço energético da criança em um nível de atividade compatível com o desenvolvimento, a deposição de tecidos (crescimento) e a saúde (EUCLYDES, 2005).  

     O carboidrato na alimentação do lactente predominante é a lactose, dissacarídeo constituído de galactose e glicose. Os oligossacarídeos exercem função protetora extremamente importante para o recém-nascido, pois promovem o estabelecimento da flora bífida responsável pela inibição de patógenos. A necessidade recomendada de carboidratos mínima do organismo humano é determinada pelo gasto cerebral de glicose no lactente, o cérebro é relativamente grande em relação ao tamanho do corpo e utiliza aproximadamente 60% da energia total ingerida. Embora o cérebro da criança seja capaz de utilizar também cetoácidos como fonte de energia, essa não é a via preferencial (EUCLYDES, 2005).

     A proteína é indispensável para o lactente já que é o principal nutriente construtor do corpo humano, além de ser essencial para a síntese de hormônios, enzimas e anticorpos, dentre outros compostos importantes. As necessidades de ingestão recomendada de proteína, lactente de 0 a 6 meses, partindo-se do principio de que a composição proteica do LH é a ideal para o lactente e das evidências claras de que o crescimento de crianças em aleitamento materno exclusivo é adequado nos primeiros seis meses (MAHAN e STUMP, et.al, 2013).

Benefícios para a nutriz que prática amamentação

     A nutriz que prática o aleitamento materno retorna ao peso pré-gestacional mais precocemente e tem um menor sangramento pós-parto, esse sangramento ocorre devido a grande quantidade de liberação de ocitocina. Outros efeitos positivos que a amamentação traz são menos doenças como câncer de mama, canceres de ovarianos e fraturas óssea, especialmente coxofemeral, por osteoporose. A mãe que amamenta também tem o menor risco de morte por artrite reumatoide (REA, 2004).

Nutrição do recém-nascido a termo

     A nutrição do recém-nascido que nasce bem é somente o leite materno, pois no leite contem todos os nutrientes necessários para o RN, à mãe e o bebe devem fica alojados juntos para que a mãe pratique o ato de amamenta o RN varia vezes ao dia assim também evitando fissuras. Após dois três dias de parto tem apojadura, onde a mãe passa por um processo muito dolorido nas mamas, por isso nesse período as mamadas tem que ser repetitivas e curtas com pequenos intervalos de tempo, ajudando a esvaziar as mamas. Em casos de nascimentos múltiplos a mãe pode amamentar os dois, desde que o leite seja suficiente (FEFERBAUM e FALCÃO, 2003).

Alimentação do recém-nascido pré-termo

     Os recém-nascidos pré-termo apresentam uma reserva nutricional de apenas poucos dias e quanto menor o tamanho ao nascer, menor esta reserva. Os bebês nascidos com 24 semanas chegam a possuir apenas um dia de reserva calórica. Os pré-termos com menos de 1.000g, mesmo com a alimentação parenteral iniciada no primeiro dia, chegam a perder 10% de seu peso e demoram cerca de onze dias para recuperar o peso de nascimento. (MARTINEZ e SIMON JR, 2001).  

     O aleitamento materno aumenta as chances desse bebê de crescer e se desenvolver de forma adequada, além de desenvolver um papel no desenvolvimento do sistema sensório Motor-oral, que envolve as funções de sucção, mastigação, deglutição, articulação dos sons da fala, respiração, além de relacionar-se á postura, á mobilidade e á tonicidade da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios. O leite materno é considerado atualmente a melhor forma de nutrição e proteção para o bebê, principalmente para o recém-nascido pré-termo (FEFERBAUM e FALCÃO, 2003).

     As mães de bebês pré-termos muitas vezes podem ter dificuldade com a produção de leite, pelo estresse que é exposta, pelo afastamento do seu bebê devido à presença de doenças neonatais frequentemente associadas á prematuridade e a maneira que é feita realizada a transição de alimentação (AQUINO, 2006).

     As características da prematuridade podem levar o recém-nascido a ter algumas dificuldades em ter uma alimentação adequada e eficiente, fazendo-se necessária a utilização de métodos alternativos até que o bebê esteja apto a mamar. Há dificuldade no inicio do aleitamento, sendo NEC materno por característica da prematuridade (imaturidade na coordenação de sucção, deglutição e respiração) necessário o uso de métodos alternativos por via parenteral (intravenosa) e via enteral por cavagem (sonda naso ou orogástrica, nasogástrica contínua, gastrostomia, nasojejunal), até que o bebê esteja apto a mamar (AQUINO, 2006).

Apologia da Amamentação

     Apesar de todas as vantagens que amamentação trás, alguns estudos revelam que a mulher contemporânea tende a amamentar cada vez menos. Na verdade, o perfil do feminino e da família brasileira mudou, notadamente ao longo da década de 80, quando quase dobrou o número de unidades domésticas compostas por famílias chefiadas por mulheres. Em decorrência, houve um aumento expressivo da participação das mulheres no mercado de trabalho, fazendo desse um principal fator explicativo para o desmame (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

     Para reverter essa situação, várias ações têm sido propostas e implementadas por grupos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Academia Americana de Pediatria e o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia18-20, e nacionais, tais como o Ministério da Saúde, o Instituto da Saúde de São Paulo, a Sociedade Brasileira de Pediatria, dentre outras. Essas ações incluem educação em amamentação, treinamento de profissionais de saúde e aconselhamento em amamentação, entre outras (ALMEIDA, 1999).

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