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O Poder Da Política Internacional - Resenha Crítica

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Por:   •  29/5/2014  •  1.134 Palavras (5 Páginas)  •  516 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

Edward H. Carr, autor do livro "Vinte Anos de Crise 1919-1939", é britânico e cresceu em plena era Vitoriana, período de prestígio britânico no sistema internacional, posteriormente presenciando seu declínio. O autor interrompe seus estudos no inicio da I Guerra Mundial e ingressa na carreira diplomática, participando da Conferência de Paz de Versailles junto a delegação de seu país. A obra "Vinte Anos de Crise" não é exatamente uma obra teórica, no entanto, uma interpretação do período entre guerras de 1919-1939. O objetivo da mesma é a explicação da instabilidade existente no período, além de propor uma nova ordem internacional segundo sua vivência. Sua obra clássica no campo das Relações Internacionais evidencia sua observação do meio em que vivia. A presente resenha crítica restringe-se a um estudo do capítulo VIII da referida obra, intitulado como “O poder na política internacional”, com ênfase nos quesitos autarquia como instrumento de poder, política de poder e igualdade formal associando-os a algumas questões contemporâneas concernentes as relações entre a União Europeia, a Ucrânia e a Rússia. O autor menciona que o poder é sempre um elemento essencial da política e ao estabelecer que a economia deve ser adequadamente vista como um aspecto da política, divide os métodos pelos quais o poder econômico é colocado a serviço da política nacional em duas grandes categorias: o primeiro contém as medidas cujo objetivo se define pela conveniente palavra autarquia; e o segundo, medidas econômicas diretamente voltadas para o fortalecimento da influência nacional sobre outros países.

Autarquia, ou autossuficiência, era um dos objetivos da política mercantilista, e os Estados, com efeito, a buscaram desde as épocas mais remotas.

A autarquia não é, contudo, somente uma necessidade social, mas também um instrumento de poder político.

Sabe-se que o gás natural produzido pela Rússia tem papel relevante na atual crise visto que, atualmente, a União Europeia importa 30% do gás russo, número que já foi de 45%. Não obstante a procura pela autossuficiência, pode-se reconhecer, na contemporaneidade, a importância das relações comerciais entre os Estados e a impossibilidade de uma Nação viver de forma isolada.

Torna-se pertinente refletirmos acerca de alguns questionamentos: como ficaria a União Europeia caso a Rússia suspendesse o fornecimento de gás natural? Qual grandioso seria impacto econômico na Rússia em decorrência da referida suspensão?

Como exemplo da manifestação da política de poder, o autor explanou acerca do Tratado de Locarno entre a França e a Alemanha: A primeira proposta de um tratado que garantisse a fronteira ocidental alemã foi feita pela Alemanha, em dezembro de 1922, e enfaticamente rejeitada por Poincaré. Nessa época, a Alemanha tinha tudo a temer da França, e esta nada a temer de uma Alemanha indefesa e, assim, o tratado não atraiu a França. Dois anos depois, a situação havia mudado. A invasão do Ruhr trouxe pouca vantagem à França, e deixou-a perplexa quanto ao próximo passo a ser dado. A Alemanha poderia tornar-se, um dia, poderosa de novo. A Alemanha, por outro lado, ainda temia a supremacia militar francesa, e ansiava por uma garantia. Foi o momento psicológico em que o temor da França pela Alemanha estava quase igualmente equilibrado pelo temor da Alemanha pela França e um tratado, que não havia sido possível dois anos antes, e que não seria possível cinco anos depois, foi, então, bem-vindo para ambos. Além disso, os interesses de poder da Grã-Bretanha coincidiam com os da Alemanha. A Alemanha tinha abandonado as esperanças de conseguir uma revisão das fronteiras ocidentais, mas não das outras fronteiras. A Grã-Bretanha estava pronta a garantir as fronteiras alemãs no ocidente, mas não as outras. A Alemanha, ansiosa para acelerar a retirada .do exército aliado da Renânia, não tinha) ainda, esperanças de pôr fim às restrições impostas pelas cláusulas de desmilitarização do Tratado de Versail1es e estava, portanto, preparada para aceitar o novo acordo, reafirmando sua aceitação dessas cláusulas e colocando-as sob uma garantia.

No final de 2013, o presidente ucraniano Viktor Yanukovich decidiu abandonar um acordo de livre comércio com a União Europeia para se alinhar à Rússia, país que dominou a Ucrânia por gerações quando esta fazia parte da União Soviética.

O acordo estratégico com os russos incluía uma ajuda financeira, descontos no preço do gás produzido

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