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O Resumo de Leitura

Por:   •  4/5/2021  •  Resenha  •  415 Palavras (2 Páginas)  •  153 Visualizações

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1. De que forma temas que não são tradicionalmente considerados “de segurança” ganham esse estatuto? Como ocorre esse processo?

A securitização, acima de tudo, é um processo; dessa forma, os agentes ou atores do Estado, transformam determinados assuntos, em matéria de segurança. Para esses agentes, tais assuntos devem ser securitizados, pois os mesmos trazem possíveis ameaças para com a existência do Estado.

Segundo a Escola de Copenhague, um tema é considerado “de segurança” a partir das relações/interações sociais entre agentes e estrutura, que decidem se o tema traz, ou não traz prenúncios nocivos à existência do Estado. Todavia, a interação/debate não é o único elemento que faz temas esses serem securitizados; é preciso que haja uma certa aceitação pública para com a ideia de que determinado tema posto em discussão, é relevante em matéria de segurança, ou não. Esse processo é estabelecido em três estágios/etapas cumulativas; sendo o determinado tema definido como “politizado”, “securitizado” ou “não politizado”.

“Não politizado” seria o primeiro estágio; quando já existe um discurso/debate sobre o determinado tema, mas o Estado ainda não está envolvido (vide quando o Covid-19 já era uma ameaça em potencial, entretanto, até aquele momento, era exclusivo ao território chinês).

“Politizado” seria o segundo estágio; nesse momento já existe envolvimento do Estado, onde medidas/políticas públicas na gestão governamental (como o auxílio de 600 R$) são tomadas para lidar com o assunto; o debate já se ampliou, todavia o tema ainda não é visto como uma autêntica ameaça à existência do Estado.

“Securitizado” seria o último estágio; aqui já existe aceitação pública de que determinado tema é uma ameaça à existência do Estado, o Estado cria agora estratégias emergenciais e singulares, que se contrastam com os procedimentos políticos consuetudinários, e visam a absoluta segurança.

Vale lembrar que essas questões securitizadas, não necessariamente representam genuína ameaça ao Estado; mas sim, que o revés foi disposto/debatido de uma forma, e aparente agora, que ele é um problema existencial. Alguns assuntos que não são securitizados, como determinadas doenças e acidentes automobilísticos, acabam por ser mais fatais do que certos assuntos securitizados (terrorismo); o que produz um debate entre os teóricos da securitização, que se perguntam se os recursos, ou a atenção, para com esses determinados temas considerados “de segurança”, são incompatíveis com a realidade; e se, dessa forma, existe um certo “delírio coletivo”.

2. Quais as consequências políticas e sociais de “governar” determinada agenda a partir de uma lógica de segurança? Destacar os aspectos relacionados a direitos e à produção de violências contra determinadas populações ou grupos sociais.

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