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Ontologia - Hermenêutica Da Facticidade

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Por:   •  15/11/2014  •  905 Palavras (4 Páginas)  •  809 Visualizações

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RECIANE CRISTINA ARJONA

CURSO DE DIREITO

Disciplina Ciências Políticas

ONTOLOGIA

HERMENÊUTICA DA FACTICIDADE.

“RESENHA CRÍTICA”

São Leopoldo/RS

2014

RESENHA

HEIDEGGER, Martin. Ontologia – Hermenêutica da facticidade. Trad. Renato Kirchner.

Petrópolis: Vozes, 2012.

Resumo:

Trata-se de uma resenha heideggeriana da obra Ontologia (hermenêutica da faticidade). O objetivo é apresentar uma resenha crítica das páginas 75 a 97, onde traz o projeto de interpretação do que Heidegger chama de “vida fática”. Esta obra é composta pelos manuscritos das preleções do autor, documentando o curso do semestre de verão dado em 1923 em Freiburg. A apreciação crítica a hermenêutica da facticidade presente na obra constitui subsídio útil ao esclarecimento da gênese de Ser e o tempo, obra capital do autor. Tendo por base o original alemão editado por Käte Bröcker-Oltmanns. A tradução brasileira é assinada por Renato Kirchner e publicada pela editora Vozes. O ano de publicação é 2012.

Palavras-chave: Heidegger, ontologia, hermenêutica, fenomenologia, facticidade

Desenvolvida anos antes da publicação de Ser e tempo, a obra magna de Heidegger, as preleções sobre ontologia já apresentam, em germe, a filosofia desse autor prenunciando o pensamento metafísico de Heidegger, sua crítica à ontologia e o estudo da facticidade do ser a partir da abordagem hermenêutica.

Essa proposta já se apresenta evidente na introdução, nela Heidegger afirma o seu descontentamento com a ontologia tradicional e moderna que, segundo o autor, realiza uma objectividade do ser. Partindo das bases fenomenológicas, o filósofo alemão mostra, nessa obra, que a ontologia deve ocupar-se do ente e das suas possibilidades no transcorrer temporal, tendo presente a significatividade que as coisas que se nos apresentam possuem. Desse modo, ele aponta, no referido escrito, para uma reconfiguração da ontologia, pois esse estudo deve confirmar, e não ignorar, o caráter fático do ser.

Heidegger defende que a ontologia deve compreender o ser não como uma estrutura fixa, objetual, que pode ser apreendida e esgotada. Para justificar tal caminho interpretativo o autor mostra que ser que apreendemos é o ser que se apresenta a nós em sua ocasionalidade, em seu “encobrir-se e velar-se” (2012, p. 84), a partir de um horizonte de sentido que norteia o mundo.

Heidegger chega a tais conclusões graças à fenomenologia. Essa categoria temática, segundo a consideração do filósofo, “possui a função de alertar criticamente a visão reconduzindo-a à desconstrução dos encobrimentos encontrados através da crítica” (2012, p. 84).

A fenomenologia constitui o “como” da pesquisa sobre o ser, ou seja, o modo como ela deve ocorrer. Diante dessas considerações, Heidegger argumentará que a hermenêutica é o caminho mais adequado de apreensão do ser fático, uma vez que ela se propõe seguir este caminho. Para o pensador da Floresta Negra,[….] toda interpretação é uma interpretação em conformidade a ou em vista de algo. A posição prévia, a ser interpretada, deve ser buscada na rede de objetualidades. Deve afastar-se do que se encontra mais próximo no assunto que está em jogo para ir em direção ao que reside em seu fundo (HEIDEGGER, 2012, p. 84)

Essa postura da interpretação encaixa-se, adequadamente, em sua proposta ontológica.

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