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PAZ E GUERRA ENTRE NAÇÕES - RAYMON ARON

Por:   •  29/10/2018  •  Resenha  •  1.126 Palavras (5 Páginas)  •  358 Visualizações

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FACULDADES INTEGRADAS RIO BRANCO

“PAZ E GUERRA ENTRE NAÇÕES - RAYMON ARON”

RESUMO CRÍTICO

LETÍCIA MAKI KONISHI DA SILVEIRA

COTIA

2018

Raymon Aron nasceu em 1905 na França e foi um importante filósofo, sociólogo e cientista político que serve de modelo para muitos analistas políticos e profissionais das Relações Internacionais, seus pensamentos críticos continuam a influenciar esse campo. Tendo como objetivo nesse texto fazer reflexões sobre as causas e os efeitos da guerra, definindo-a como um ato de violência que é causado pela vontade de se obrigar um adversário a realizar a nossa vontade, utilizando citações de Clausewitz ele faz ligações entre a guerra e as intenções políticas, assim mostrando como os objetivos são adotados em meio a tal cenário.

Ele baseia sua tese principal em explicar a guerra através de detalhes categóricos, como vitórias e derrotas e sobretudo as estratégias e os objetivos de uma guerra. Focando se especial neste capítulo, a Primeira Guerra Mundial.

As principais perguntas que guiam o autor são - “O que pretende uma unidade política? Porque tem objetivos incompatíveis com outras unidades?” - As unidades políticas esforçam-se por impor sua vontade às outras, essa é a premissa básica da definição da guerra e a base conceitual das relações internacionais.

O autor apresenta alguns conceitos ao longo do capítulo : objetivos eternos que podem ser relacionados ao ‘estado natural de Hobbes’ , já que qualquer unidade política quer prosperar, tendo como objetivo a segurança está podendo se fundamentar na fraqueza do adversário ou na própria força, deste modo uma nova relação de forças ou a modificação de uma existente deverá ser criada. Força e segurança nem sempre são diretas, quando uma unidade aumenta sua força acaba por enfraquecer a outra. No entanto, não é somente a segurança o objetivo prioritário das unidades políticas, elas ainda querem ser temidas e poderosas, existindo ainda um terceiro objetivo, a glória. Quando os estados lutam, surge o risco de que a vitória militar se torne um fim em si mesmo, esquecendo os objetivos políticos. A vitória absoluta passa a ser a manifestação da glória mais do que da força - o foco fica em dois objetivos, força e segurança, e o moral pela imposição da vontade e respeito ao vencedor. Governantes e súditos querem manter sua coletividade, que ocupa um território, a posse de um espaço é motivo de disputa se o território for julgado insuficiente.

Objetivos históricos - A luta territorial, a conquista de espaço através da guerra era muito comum, o Estado tem como objetivo fazer com que a população “cresça e multiplique” e isto é feito a partir da conquista de novos territórios.Os reinos mediam sua grandeza pelo território ocupado, uma vez isso significava mão-de-obra disponível e também em soldados. O Estado colonizador percebia que tal missão custaria caro se fosse levada a sério, pois agora devia ter responsabilidades pela população local, educação, infra-estrutura administrativa e nível de vida local. A partir disto é possível analisar dois fatores na transformação histórica dos objetivos: a tecnologia da guerra e da produção muda e modifica os valores estratégicos das posições e o valor econômico dos diversos recursos da terra, do subsolo e da população; os modos de organização da coletividade permitem, em cada época, certo tipo de domínio. Quando a cidadania estava reservada a poucos e só os nobres portavam armas e dispunham dos trabalhadores como propriedade, não se estabeleceu qualquer limite racional à conquista. Nesta época as guerras religiosas confirmam que para restabelecer a paz, era preciso ordenar a todos que aceitassem, sem discussão, as verdades da Igreja.

Ofensiva e Defensiva - a potência defensiva ou seja as pequenas potências não tem e não podem ter ambições ofensivas, querem apenas sobreviver como atores independentes. Já as grandes potências desejam ter a capacidade que chamamos de ofensiva, tomam iniciativas, formam alianças e lideram coalizões. Os objetivos e o papel desempenhado pelos Estados no início das hostilidades não bastam para determinar o caráter de uma política, o julgamento final depende também das consequências da vitória de um determinado Estado, ou de um grupo de Estados - esse conceito pode ser relacionado ao que Montesquieu diz que em alguns momentos é necessário tomar a frente e iniciar um conflito que previna que outra instituição faça o ataque que naquele momento é o único modo de impedi-lo. O preparo de um plano de guerra depende da política do Estado, bem como da relação das forças e da geografia do conflito, um Estado conquistador pode adotar uma estratégia defensiva, valendo-se do desgaste físico e moral dos adversários, sem ter a pretensão de abatê-los ou desarmá-los. A complexidade do jogo entre Estados soberanos, o múltiplo sentido que pode ter a ofensiva e defensiva política, o entrelaçamento estratégico diplomático desses termos convenceu os outros do século XVII  e XVIII a não introduzir discriminação jurídica entre agressor e vítima. Não existe concordância entre as causas aparentes e as profundas. Não é suficiente distinguir entre oportunidade e causa; pretexto ou motivo, para poder pesar os méritos e as faltas, uma vez dada a palavra as armas, a finalidade passa a importar mais que a origem.Os objetivos de guerra nunca são inteiramente preestabelecidos, embora percebidos pelos autores em  cena.

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