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Politica De Seguridade

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Por:   •  9/3/2015  •  885 Palavras (4 Páginas)  •  127 Visualizações

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 Introdução

A desigualdade social considerada um fenômeno social, assim como a violência, o preconceito e as relações comunitárias. São fenômenos sociais que ocorram em nossa sociedade e são analisados a partir da existência coletiva. A Psicologia Social, no estudo da desigualdade social, deve esclarecer os aspectos psicológicos que acompanham, permitem e constituem essa desigualdade. Conceito de desigualdade social que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. A desigualdade econômica é a mais conhecida, e chamada muitas vezes erroneamente de desigualdade social, caracterizada pela distribuição desigual de renda.

 Desigualdade e angústia

A sociedade de classes na realidade, atravessada pela desigualdade política, participa de um círculo enigmático e traumático. As crianças de baixa renda consideradas pobres, freqüentemente se chocam, por exemplo, quando sua mãe é obrigada a entrar pelos fundos, no prédio em que vai fazer faxina; ou quando seu pai mostra-se inferior e calado diante da brutalidade de um superior. A divisão política sobre determinados fatos, empenhou a economia e a cultura, a tecnologia e as ciências, o trabalho e as artes, a arquitetura, religião e a filosofia, sedimentou-se nas máquinas e nos livros, nas casas e na praça pública, nas oficinas e na cidade, na escola e nos hospitais, nos escritórios e nos presídios, nos restaurantes e nos teatros, assumiu o psiquismo e os mecanismos, a mentalidade e as instituições, o trabalho e os sonhos, a espontaneidade e os hábitos, as coisas e os símbolos, as imagens e as palavras. A humilhação é uma modalidade de angústia que se dispara a partir do enigma da desigualdade de classes. Angústia que os pobres conhecem bem e que, entre eles, inscreve-se no núcleo de sua submissão. Os pobres sofrem freqüentemente o impacto dos maus tratos. Psicologicamente, sofrem continuamente o impacto de uma mensagem estranha, misteriosa: "vocês são inferiores". Para os pobres, a humilhação ou é uma realidade em ato ou é freqüentemente sentida como uma realidade iminente, sempre a espreitar-lhes, onde quer que estejam com quem quer que estejam. O sentimento de não possuírem direitos, de parecerem desprezíveis e repugnantes, torna-se-lhes compulsivo: movem-se e falam, quando falam, como seres que ninguém vê.

 Sofrimento

Em consequência da desigualdade social, os fatores que irão incidir sobre o indivíduo são o sofrimento, o medo e a humilhação. “O sofrimento retira potência das pessoas” A desigualdade é uma ameaça constante e permanente à existência, e esta ameaça produz sofrimento, com base em autores como Espinosa e Vigotski conceituam sofrimento ético-político como aquele que abrange o sofrimento físico e da alma de diferentes formas. É a dor que surge da situação social de ser tratado como inferior, inútil, sem valor. Que revela a negação da possibilidade da maioria de apropriar-se da produção material, cultural e social de sua época. O sofrimento ético-político é considerado importante para analisar a dialética exclusão/inclusão social. O sujeito humilhado é impedido na sua humanidade, que ele reconhece em si mesmo, no seu corpo, gestos, imaginação, voz e no seu mundo, seja de trabalho ou no bairro em que vive. É também um fenômeno histórico, pois a humilhação foi sofrida durante

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