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RELAÇÕES POLÍTICAS CONTEMPORÂNEAS A FRAGMENTAÇÃO DA IUGOSLÁVIA

Por:   •  20/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  6.223 Palavras (25 Páginas)  •  145 Visualizações

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MARINHA DO BRASIL

ESCOLA NAVAL

RELAÇÕES POLÍTICAS CONTEMPORÂNEAS

A FRAGMENTAÇÃO  DA IUGOSLÁVIA

4º ANO (CA – HE)

Nº INTERNO

ASPIRANTES

4008

FORNACIARI

4027

JONATHAS

4034

EDUARDO TAVARES

4075

BRABO

4117

SANDRO

SETEMBRO - 2002

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

Pag. 12

CAPÍTULO 1 - A GUERRA DOS BALCÃS E A 1ª GUERRA MUNDIAL

Pag. 12

CAPÍTULO 2 - A II GUERRA MUNDIAL E A FORMAÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA SOCIALISTA DA IUGUSLÁVIA

Pag. 12

CAPÍTULO 3 - A CRISE ECONÔMICA

Pag. 12

CAPÍTULO 4 - A FRAGMENTAÇÃO

Pag. 12

CAPÍTULO 5 - AS ÚLTIMAS OCORRÊNCIAS

Pag. 12

CONCLUSÃO

Pag. 12

BIBLIOGRAFIA

Pag. 12

APRESENTAÇÃO

A República Popular da Iugoslávia foi criada em 1945, abrangendo as seguintes repúblicas: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia e Montenegro. Além dessas repúblicas, integravam o território  iugoslavo duas províncias autônomas, Kosovo e Voivodina, encravadas em território sérvio. A reunião dessas unidades num só país deveu-se principalmente à liderança exercida em toda a região pelo croata Josip Broz Tito, que comandou a resistência aos nazistas durante a Segunda Guerra. Sob o governo do marechal Tito, a Iugoslávia se manteve como país unificado por 35 anos. Durante esse tempo, projetou-se internacionalmente e alcançou grande prosperidade industrial, bem como uma certa independência política em relação à antiga União Soviética. Esse quadro de estabilidade aparente, entretanto, não resistiu à morte de Tito, em 1980. A partir de então, reavivaram-se as intensas rivalidades que opunham os vários grupos étnicos e religiosos da região (sérvios e croatas, cristãos e mulçumanos, etc.). Surgiram assim conflitos de toda ordem, que acabaram determinando uma situação de permanente instabilidade.

Tal  situação culminou, em 1991, com a declaração de independência da Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina e Macedônia, o que significou o fim da antiga Iugoslávia. Por toda a década de 90, porém, ocorreram conflitos sangrentos na região. Um dos mais terríveis foi a Guerra da Bósnia, que será vista com mais detalhes adiante.

CAPÍTULO 1

A GUERRA DOS BALCÃS E A 1ª GUERRA MUNDIAL

Em 1912-1913 (Guerra dos Balcãs), Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária uniram-se contra a Turquia, objetivando a expulsão dos turcos otomanos da região através do domínio da Macedônia, o qual caberia, em quase toda a sua extensão, à Sérvia. No âmbito desta guerra a Sérvia também pretendia anexar à Albânia. A Áustria, no entanto, interveio e conseguiu o reconhecimento da independência da Albânia, impedindo o expansionismo sérvio.

Neste momento desenvolvia-se na região um movimento que era conhecido como "pan-eslavismo". Este movimento visava a formação da "Grande Sérvia" ( vejamos as pretensões hegemônicas da Sérvia na região dos Balcãs), fato que não era visto "com bons olhos" pelas potências ocidentais, dadas as importantes reservas minerais existentes ali e que poderiam impulsionar o crescimento industrial  da Sérvia de maneira significativa.
        O final da Primeira Guerra Mundial e o desmembramento do Império Áustro-Húngaro resultaram na unificação dos territórios da Croácia, Eslovênia e Bósnia-Herzegovina com a Sérvia e Montenegro, formando o Reino da Sérvia, Croácia e Eslovénia, sob um regime monárquico-constitucional.
        Em 1929, o Reino vivia sob uma monarquia parlamentar. Croatas e eslovenos criticavam duramente a Constituição de 1921, que consideravam centralizadora e mais favorável aos sérvios. Alexandre I, da dinastia Karadjordjevic (que assumira o trono após a morte do pai, de origem sérvia, em 1921), "resolve" a situação através de um golpe de Estado: suspende a Constituição e implanta uma ditadura. No mesmo ano, muda o nome do Reino para
Iugoslávia. Em seguida promove uma reforma administrativa e divide a Iugoslávia em nove províncias (Drave, Save, Vrbas, Danube, Drina, Littoral, Zeta, Morava e Vardar). Em 1931 uma nova Constituição é promulgada.
        A oposição política croata, no entanto, era pouco tolerada. Diversos líderes croatas foram presos e condenados. Fatos como este, coloca Soares como um dos que "incentivaram o radicalismo" da oposição. Os croatas passaram a professar o separatismo adaptando métodos terroristas, executados pelos
Ustacha. Os membros da Ustacha acabariam, em Outubro de 1934, em Marselha, por assassinarem o rei Alexandre I e o Ministro do Exterior francês.

A figura abaixo ilustra a região balcânica após a 1ª Guerra Mundial:

[pic 1]

CAPÍTULO 2

A II GUERRA MUNDIAL E A FORMAÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA SOCIALISTA DA IUGUSLÁVIA

No contexto da Segunda Guerra Mundial, em 5 de Abril de 1941, a Iugoslávia assina um pacto de amizade com a URSS. No dia 6 de Abril é invadida pela Alemanha. A seguir também a Hungria, a Bulgária e a Itália ocupam o país. A Croácia, através da aproximação dos nacionalistas-radicais (ustachis) com os nazistas, permanece relativamente independente, tendo o seu comando entregue ao general Pavelic. A Itália anexa parte da Eslovenia, assim como a Alemanha. A Hungria anexa parte da Voivodina. A Bulgária domina a maior parte da Macedônia. A Sérvia e o Montenegro ficam sob o comando do general Nedic, proposto pela Alemanha para a região.
        No entanto, o palco da II Guerra foi para o espaço iugoslavo (dos eslavos do sul) também lugar de uma guerra civil. A guerra civil tripartida era representada pelos chetniks (monárquicos sérvios), pelos partisans (comunistas de Tito) e pelos ustachis (nacionalistas croatas simpatizantes do nazismo). Com a invasão alemã e o estabelecimento de um Estado fascista na Croácia, muitos croatas aproveitaram-se da situação para massacrarem os sérvios, numa brutal represália do período em que estiveram sob domínio do rei sérvio, sob seu comando militar e tendo Belgrado como capital.

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