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SEGURO COMUNISTA NO SIGLO XIX

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Por:   •  20/8/2014  •  Artigo  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  205 Visualizações

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INSURREIÇÕES COMUNISTAS NO SÉCULO XIX

Revolução de 1848: Em 22 de Fevereiro de 1848 o povo de Paris tomou as ruas. Centenas de milhares de insatisfeitos com o desemprego, mas sem um programa político claro, descobriram que queriam derrubar o governo do rei Luís-Filipe, de seus ministros e de todo o sistema econômico que os enriquecia às custas dos trabalhadores. O governo ensaiou oferecer reformas de esquerda, mas já era tarde: no dia 24 de Fevereiro, o rei abdicou, o parlamento se dissolveu, e um governo provisório que juntava a oposição eleita constitucionalmente e representantes da multidão se formou. Muitos viram neste movimento a expressão -- embora vaga -- da insatisfação popular ao ver que o ideal de igualdade defendido e em grande parte conquistado durante a Revolução Francesa não havia se estendido à esfera econômica. O governo provisório instituiu o sufrágio universal masculino e convocou eleições, as quais deram vitória aos candidatos da burguesia e dos latifundiários. O novo governo não tocou no direito à propriedade privada, mas instituiu Oficinas Nacionais, como forma de ocupar os desempregados. Essas oficinas drenaram o tesouro francês, e a comunicação de que elas seriam fechadas levaram a uma nova insurreição, que desta vez foi sufocada pelo exército francês à força de bala.

Uma nova insurreição ocorreu em 1871, no episódio que ficou conhecido como Comuna de Paris. Após Napoleão III ter sido derrotado na Guerra Franco-Prussiana e assinado um armistício em, o povo de Paris se levantou contra a ocupação alemã, e constituiu um governo revolucionário formado por uma federação de representantes de bairro (a guarda nacional, uma milícia formada por cidadãos comuns). Uma das suas primeiras proclamações foi a "abolição do sistema da escravidão do salário de uma vez por todas". A guarda nacional se misturou aos soldados franceses, que se amotinaram e massacraram seus comandantes. O governo oficial, que ainda existia, fugiu, junto com suas tropas leais, e Paris ficou sem autoridade. O Comitê Central da federação dos bairros ocupou este vácuo, e se instalou na prefeitura. O comitê era formado por Blanquistas, membros da Associação Internacional dos Trabalhadores, Proudhonistas e uma miscelânea de indivíduos não-afiliados politicamente, a maioria trabalhadores braçais, escritores e artistas.

Eleições foram realizadas, mas obedecendo à lógica da democracia direta em todos os níveis da administração pública. A polícia foi abolida e substituída pela guarda nacional. A educação foi secularizada, a previdência social foi instituída, uma comissão de inquérito sobre o governo anterior foi formada, e se decidiu por trabalhar no sentido da abolição da escravidão do salário. Noventa representantes foram eleitos, mas apenas 25 eram trabalhadores, e a maioria foi constituída de pequenos-burgueses. Entretanto, os revolucionários eram maioria. Em semanas, a recém nomeada Comuna de Paris introduziu mais reformas do que todos os governos nos dois séculos anteriores combinados. Serviços públicos se tornaram gratuitos, a educação foi secularizada, a igualdade entre os sexos foi instituída e o serviço militar obrigatório e o exército regular foram abolidos.

O governo oficial, agora instalado em Versalhes e sob o comando de Thiers, fez a paz com a Alemanha para que tivesse tempo

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