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SYRIANA Relatorio

Por:   •  16/10/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.190 Palavras (5 Páginas)  •  304 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

Stephen Gaghan dirige Syriana, um thriller político que trata de temas de geopolítica inserindo-os em um filme de ação encentrado na relação entre terrorismo internacional, politica externa americana e indústrias petrolíferas, baseado nas memórias de Robert Baer "See no evil", ex-agente da Cia comprometido na luta ao terrorismo.

Estamos em 1991, quando a União Soviética cai e a Guerra Fria tem um rápido fim. Desse desastre surgem quinze novas nações, entre as quais se encontra a região de Cáspio, que mesmo sendo grandes falimentos econômicos possuíam a maior reserva de petróleo e de gás natural do mundo. Inicia então um “boom” do petróleo que iria eclipsar o precedente do século dezenove. Por um período a região do Cáspio foi descrita como “A maior vendita da historia do mundo”, como descreveram os escritores Daniel Yergin e Joseph Stanislaw. Os países ocidentais gozavam na ideia de se tornar menos dependentes do Golfo Pérsico. Por esses motivos, a Central Intelligence Agency colocou agentes no campo, o exercito estadunidense adestrou os soldados locais para manter os oleodutos seguros dos ataques. Nesse sentido, a CIA, os territórios petrolíferos do Kazakistan e a corrupção na indústria petrolífera foram os principais inspiradores desse thriller político que é Syriana.

O filme mostra quatro personagens principais; o operário que é demitido após a perda de um grande contrato no golfo pérsico por parte da Connex (uma grande empresa de exploração de petróleo no filme), o consultor financeiro (Matt Damon) que perde um de seus filhos e após isso vê o seu casamento declinar. O agente da CIA (George Clooney) que é afastado após discordar das formas que são utilizadas pelo governo para conseguir dominar o setor há também o advogado (Jeffrey Wright) que é contratado por um renomado escritório de advocacia que possui as “gigantes do setor petrolífero“ como clientes, esse advogado tem o objetivo de identificar quais os pontos que o promotor que investiga a fusão de dois gigantes do setor petrolífero no filme (Connex Killen), pode atrapalhar nas negociações, e o que pode ser feito, de acordo com os dispositivos legais para viabilizar essa fusão. No filme há varias demonstrações do que a busca pelo dinheiro pode gerar na vida das pessoas, a ambição é a causa da desgraça na vida de uns é a riqueza para outros. Um ponto importante de se frisar é em relação à articulação feita pelos EUA (no filme) para conseguir explorar petróleo no Golfo Pérsico, onde o rei Hamed está a decidir entre um de seus dois filhos quem será o novo rei. O rei decide em deixar o governo nas mãos de seu filho mais novo, mesmo ele sendo um alienado que não possui condições de conduzir a nação, pois não tem condições de brigar contra os americanos que insistem em retomar as operações dentro do Golfo Pérsico. Por fim a CIA coordena a morte do filho mais velho do rei argumentando que seria o mandante de vários atentados além de ter ligações com terroristas internacionais. Ciente do plano da Cia o agente Robert Baer tenta avisar o príncipe Nasir, dos planos da CIA, porém o agente fracassa.

Cada personagem principal teve um papel fundamental no filme, o personagem Bryan Woodman (Matt Damon) reforça o príncipe Nasir na continuidade de suas ideias de reforma no seu país, o personagem Robert Baer (George Clooney) identifica que o verdadeiro interesse dos EUA é o petróleo do Golfo Pérsico, o advogado (Jeffrey Wright), sendo o maior prejudicado o personagem paquistanês, que além de ter perdido o emprego foi influenciado por extremistas que de certa forma lutam contra o “imperialismo americano” para atacar o navio sonda. No fundo dos acordes econômicos entre as companhias petrolíferas grandes e pequenas, americanas e chinesas, correm as historias dos mais humildes, entre as dificuldades de uma Autorização de Residência anulada e a desesperada procura de uma ocupação remunerada. De um lado; os pobres trabalhadores emigrados nos campos petrolíferos, vitimas da imoral política da família real saudita e da corrupção dos interesses industriais entorno o ouro do Oriente Médio, o tecido social no qual adquire força o fascínio do fundamentalismo islâmico, única alternativa para conquistar a própria dignidade.

CONCLUSÃO

A vontade dos autores é clara desde a primeira sequencia: mostrar, com extremo cinismo, a relação de recíproca dependência que existe entre o mundo do Oriente Médio e dos Estados Unidos, sempre oscilando entre acordos e terrorismo, uma simbiose que com o passar do tempo se faz sempre mais necessária e que tem como elemento comum o precioso petróleo. Para demonstrar esta tese, Gaghan escolhe cinco historias paralelas que convergem no final e que mostram homens obrigados a escolher entre o poder e os próprios princípios morais.

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