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Universidade Anhembi Morumbi

Por:   •  9/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  238 Visualizações

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NOME: Fernando Augusto Lima Do Espirito Santo. RA: 21108974. SEMESTRE: 6º.  

 

 

CURSO: Relações Internacionais. PROFESSORA: Elcineia Castro.  

 

 

INSTITUIÇÃO: Universidade Anhembi Morumbi.  

 

 

 

 

 

ENUNCIADO: Desenvolva uma análise crítica que contextualize a posição do Brasil no contexto da Guerra Fria em termos comparativos com outras regiões. Utilize como base para sua análise os seguintes textos: ROSS, Cesar. India, Latin America, and the Caribbean during the Cold War. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (2): 23-44 [2013]. Disponível em: DOMÍNGUEZ, Jorge. US-Latin American Relations during the Cold War and Its Aftermath. IN: http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n2/v56n2a02.pdf The United States in Latin America: the new agenda. Institute of Latin American Studies, 1999. Disponível em: http://www.people.fas.harvard.edu/~jidoming/images/jid_uslatin.PDF 

 

 

 

 

 Política externa em cenário de guerra fria, uma mudança no sistema internacional que ajudou a mitigar os efeitos da Guerra Fria foi o aprofundamento da descolonização afro-asiática. O nascimento de dezenas de novos estados independentes na Ásia e na África levou ao surgimento de uma nova categoria de nações. Daí a expressão “Terceiro Mundo”, que passou a designar este grupo especial de “países em desenvolvimento”, cuja esmagadora maioria eram ex-colônias e que, devido à sua evolução histórica e ao nível de desenvolvimento econômico, social e político específico, estão distantes dos países capitalistas desenvolvidos - “os primeiros do mundo” e dos países socialistas, o “segundo mundo”. É importante destacar que a América Latina, incluindo, claro, o Brasil, também fazia parte desse terceiro mundo, cada vez mais ouvido no campo das relações internacionais.

Mesmo assim, os primeiros anos de atuação do governo não significaram mudanças significativas na política externa. A corrente principal da diplomacia brasileira, herdada em maior ou menor grau de governos anteriores, continuou a abraçar totalmente os pressupostos da Guerra Fria. Como o país se definia como parte integrante do mundo ocidental e capitalista, a aliança política, ideológica e militar com os Estados Unidos, percebida como o “guardião do mundo livre” na luta contra o “totalitarismo” soviético, era vista como natural e natural. constituiu a principal pedra de toque da política externa brasileira. Tal indicação ficou clara no acordo do Brasil de abandonar a Ilha de Fernando de Noronha para instalar uma base de rastreamento de mísseis dos EUA, ou na decisão de enviar tropas para se juntar à Força de Paz da ONU formada para administrar a crise do Canal de Suez, ambas as medidas foram tomadas em 1956 e 1957, ou mesmo a posição tímida do Brasil diante dos desdobramentos internacionais da descolonização afro-asiática. Na verdade, foram os dramáticos acontecimentos em nível regional, ou seja, nas relações entre os Estados Unidos e a América Latina, que deram ao governo JK a oportunidade de realizar uma mudança na política externa. Embora a América Latina no xadrez estratégico durante a Guerra Fria tenha sido totalmente incluída como a "zona de influência" dos Estados Unidos, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, as relações entre a superpotência e seus aliados no hemisfério tornaram-se marcadas por divergências crescentes, especialmente na área econômica. Por um lado, os países latino-americanos, sofrendo de problemas econômicos crônicos que só se agravaram com o fim da guerra, continuaram a esperar que os Estados Unidos assumissem alguns compromissos que exigiriam recursos dedicados à solução de seus problemas e à aceleração do desenvolvimento econômico. Por outro lado, Washington insistiu que o desenvolvimento econômico da América Latina é um problema interno do continente, que deve ser enfrentado através da adoção de políticas econômicas "responsáveis" e da criação de um ambiente propício para o setor privado, nacional e investimento estrangeiro. Portanto, os recursos do governo dos Estados Unidos continuarão a se concentrar nas regiões do mundo que são consideradas prioritárias na competição global durante a Guerra Fria, primeiro na Europa e depois na Ásia. Essa divergência atingiu um ponto crítico em 1958, quando o vice-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, fez uma série de visitas à América Latina, que ele procurou retratar como uma "missão de boa vontade", mas que acabou mudando a situação. em um verdadeiro fiasco - no Peru e especialmente na Venezuela, ele teve que enfrentar manifestações populares antiamericanas muito fortes. Aproveitando a situação favorável, em maio do mesmo ano, J.K. enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Dwight D. Eisenhower, na qual lamentava o grau de deterioração das relações entre o hemisfério e propunha reconsiderar o pan-americanismo como solução. Assim nasceu a Operação Pan-Americana (OPA), principal iniciativa diplomática do governo Kubitschek a partir da proposta dos Estados Unidos de se comprometerem politicamente com a erradicação do atraso na América Latina, incluindo a alocação de investimentos públicos. Esse compromisso seria do próprio interesse da América, visto que o atraso contribuiu para a instabilidade política no continente, abrindo inclusive a possibilidade de que ideologias “exógenas” ganhassem influência dos baixos padrões de vida da população hispânica.

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