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Violência como chave analítica da história do tempo presente

Por:   •  3/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  457 Palavras (2 Páginas)  •  306 Visualizações

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Palestra: Violência como chave analítica da história do tempo presente

Palestrante: Carlos Fico

No dia 1º de Abril de 2015, quarta-feira, ocorreu uma palestra na Universidade de Caxias do Sul, no auditório do bloco H, sobre o tema violência como chave analítica da historia do tempo presente, do coordenador de História da CAPES, Carlos Fico.

O palestrante, Carlos Fico, iniciou sua palestra apresentando-se e situando o público no tema que seria abordado.

Carlos Fico discursou sobre a ditadura militar brasileira (comparando-a com a da Argentina) e, a dificuldade, por parte do historiador, em diferenciar as vítimas e os agentes da repressão. 

Para Carlos Fico, a violência é uma das principais chaves analíticas para os eventos traumáticos como o nazismo, as ditaduras militares latino-americanas e os genocídios na Ruanda, Bósnia e Kosovo no século XX.

Porém, para Fico, a noção de frustração é a mais adequada para o entendimento desses eventos traumáticos do que a violência propriamente dita. E isto, consequentemente, dificulta a análise histórica dos historiadores.

Segundo ele, o golpe de 64 não foi o evento inaugural da ditadura militar, pois os políticos tinham com o golpe a perspectiva da eleição presidencial de 1965. Durante o regime militar brasileiro, diferentemente do da Argentina que serve como referência para a análise das demais ditaduras militares, a violência não foi tão intensa: houve um menor número de mortos pela repressão e uma luta armada reduzida. O regime foi marcado por formas de controle da sociedade como a espionagem (exemplo da Petrobrás). A única preocupação dos militares brasileiros era o desenvolvimento de conquistas populares como a reforma agrária. Setores muito significativos da sociedade como a Igreja, a imprensa e a OAB apoiaram o golpe de 1964.

Além disso, durante a palestra, Carlos Fico mencionou a dificuldade dos historiadores de fazer uma diferenciação do tratamento analítico das vítimas e dos algozes (agentes da repressão). Pela ótica das vítimas, os algozes sempre são pessoas ruins, que as maltrataram. Porém, se documentos da época forem estudados, pode haver certa humanização destes agentes da repressão, devido seu papel ser considerado, por muitos, heróico.

Com um discurso temático pertinente, o palestrante Carlos Fico finalizou a palestra com um debate entre ele, os professores e alunos ainda presentes no evento. No debate surgiram muitos questionamentos sobre a ditadura militar relacionada às menções feitas nas manifestações deste ano.

Considerações finais

A palestra, no meu ponto de vista, foi muito oportuna, pois trouxe questões históricas desconhecidas por muitos, como os eventos traumáticos mencionados pelo palestrante. Os relatos de suas palestras e experiências foram de extrema importância para o melhor entendimento do assunto que estava sendo abordado. Além disso, o tempo que foi disponibilizado para o debate foi interessante, uma vez que, com as perguntas do público, algumas dúvidas que surgiram durante o discurso do palestrante, foram resolvidas.

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