Weber

Acerca do estudo que Weber faz, quanto ao viés do que conhecemos por sociologia compreensiva, podemos entender que, por meio desta, é possível analisar um fenômeno social, condicionando-o a probabilidade dos fatos. Sendo assim, portanto, que surgem questões acerca de um conhecimento “aproximativo”, não sendo possível ter a dominação de todas as variáveis contidas em um determinado fenômeno que possa estar sendo analisado.

O fenômeno a respeito do qual iremos trabalhar a partir de aqui, trata-se das ultimas eleições diretas para a candidatura da Presidência da República de nosso país, que ocorreram no período de 5 de outubro de 2014 a 26 de outubro de 2014. Porém, mais precisamente, no período que culminou no segundo turno, com os candidatos, Aécio Neves e Dilma Rousseff como sendo os mais votados em diferentes regiões do Brasil, concorrendo ao posto, por partidos contrários, respectivamente PSDB e PT.

Vários fatos ao longo do período em que se exprime a ocorrência das eleições nos faz notar de diversas formas, ações sendo desenvolvidas pelos indivíduos, que podem ser classificadas como ações relacionadas à qual postura estes adotou diante da “discrepância” tanto em discurso, quanto em propostas colocadas a nós eleitores pelos candidatos citados anteriormente, com o intuito de fazer-nos agir ou para um lado da realidade ou para o outro de seus respectivos interesses.

Porém, também é preciso ressaltar que existem as “ações sociais” que são exercidas pelos indivíduos, que por sua vez, são dotadas de sentido, o que não significa que o sentido da ação seja compreendido da mesma maneira por todos os indivíduos que estão envolvidos na ação. Portanto, podemos analisar com relação a isso, que diferentes sentidos foram postos na ação do voto por parte dos eleitores, onde cada voto empregado teve determinado sentido para cada individuo ou grupo, os eleitores do PT, por exemplo, tiveram e tem seus motivos assim como os do PSDB, mesmo sendo com um único objetivo, que se tratava de eleger seu candidato. Os motivos pelo qual os eleitores fizeram suas escolhas de voto foram diferentes ou não, haja vista que o conhecimento político de que as pessoas dispõem para fazerem sua escolha é relativamente ineficaz em proporção ao estudo da política em si, o que nos remete então as ações de conhecimento aproximativo dos fatos, em que eles desempenham sobre o sentido do voto, um sentido meramente correspondente à determinada situação.

Quanto ao poder que é desempenhado pelo chefe de Estado, acerca do estudo em Weber, é possível perceber que existe uma dominação do homem sobre o homem e essa dominação só pode existir quando o dominador se submete a reivindicar pelos interesses dos dominados, o que faz com que em ambos os casos os dominados se sintam representados pelos seus respectivos candidatos.

De acordo com Weber existem três fundamentos de legitimidade o “Tradicional”, que nesse caso se explica parte dos votos dos candidatos, muitos eleitores seguem a tradição da família seja ela PT ou PSDB, nesses casos essa tradição passa de geração em geração, seja por favorecimento que certo partido da à família, e/ou seja, por princípios morais. O “Carismático”, é o carisma que cada candidato tem para conseguir os votos, no caso das eleições de 2014 a candidata Dilma conseguiu ser mais “carismática” que o candidato Aécio, carisma é um dos fatores principais para o ‘encantamento’ da ‘massa’ para um político, pois é com ele que se conquistam os votos, além de outros fatores. E tem a “Racional” que é baseada na legitimidade, este é o que basicamente justifica a dominação dos direitos da sociedade.

E como vimos, por mais que pudéssemos compreender superficialmente e de maneiras diferentes os sentidos das ações que foram empregadas nos votos, confirmou-se por mais uma vez, a questão de que se tratou de um conhecimento probabilístico. Onde cada qual dos candidatos baseava - se em dados registrados pelos meios de comunicação em massa, favorecendo hora um candidato hora outro, deixando claro no “fim”, que cada indivíduo mais uma vez, e indiscutivelmente havia realizado suas ações segundo seus interesses, dando sentido a ela individualmente e havendo a compreensão ou não por partes dos demais.

Portanto, vemos importante discutir aqui, a possível divisão do país entre os PTistas e PSDBistas. Muitos criticam as regiões do norte e nordeste por terem reelegido a presidente Dilma Rousseff, porém de acordo com Weber, as ações sociais aqui expressas, são dotadas de sentido, como já vimos anteriormente, e cada indivíduo tem que entender ou pelo menos respeitar os motivos pelo qual votam no PT e não no PSDB porque assim como eles tinham seus motivos, suas intenções os PTistas também os tinham. Porém, voltando aos mecanismos de legitimidade, mais especificamente ao do “carisma”, foi marcante a influência que teve este mecanismo, quando notamos que, este, colocando-o como uma das “causas” para que os indivíduos a favor da política do PT que assim o creditaram apoio, após a reeleição, pôde-se notar que, o “carisma” que chegou ao norte e nordeste com determinado sentido imposto, não chegou a ser interpretado da mesma forma em vários outros indivíduos de outras regiões quanto à política do PSDB, não alcançando este, portanto, a totalidade necessária de votos da população brasileira para vencer.

Contudo a maior parte dos indivíduos que a elegeram acreditam que ela tem a vocação para ser líder, pois ela conseguiu ser a mais carismática mostrando-se assim, mediante uma forma de interpretação de quem a reelegeu, por exemplo, como quem detém a vocação para ser líder, demonstrando que tem mais a oferecer que seu opositor. Por outro lado os PSDBistas acreditam que quem detém essa vocação para ser líder é o candidato Aécio, mas vivemos em uma democracia e quem ganha é a maioria.

Entretanto, mesmo vivendo em uma democracia

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