Resumo Introdução a Hermenêutica
Por: Maria Silva • 9/6/2025 • Relatório de pesquisa • 2.110 Palavras (9 Páginas) • 27 Visualizações
INSTITUTO BIBLICO DO NORTE-IBN
CURSO DE PLANTACAO DE IGREJAS-CPI
ALUNO: Maria das Graças
MATERIA: Hermenêutica
PROFESSOR: Pr. Otávio Campos
RESUMO DO LIVRO: Introdução a Hermenêutica Bíblica- Walter C. Kaiser, Jr. Moisés Silva
Cap. 1- Quem precisa de hermenêutica?
O termo hermenêutica tem se tornado cada vez mais popular nas últimas décadas, e refere-se à disciplina da interpretação. Escritores frequentemente usam com foco na interpretação bíblica, a Bíblia em si nos diz que o pré-requisito essencial para entender as coisas de Deus é ter o Espirito de Deus (1Co 2.11), na realidade é que precisamos da hermenêutica não exatamente pelo fato de a Bíblia ser um livro divino, mas, porque além de ser divino é humano.
A hermenêutica é essencial não apenas para a interpretação bíblica, mas também para a compreensão de qualquer forma de comunicação e de eventos. Apesar da falta de ensino formal, aprendemos hermenêutica ao longo da vida, assimilando conhecimento inconscientemente. O princípio fundamental da interpretação Bíblica é aplicar as rotinas interpretativas cotidianas a leitura da Bíblia. Embora não seja apenas sobre técnicas difíceis. A mente organiza milhões de impressões diariamente, sendo todas essenciais para interpretação eficiente. A interpretação envolve um processo complexo e, muitas vezes, inconsciente baseado na linguagem e na história.
A compreensão é limitada pela familiaridade com a linguagem e os códigos utilizados, diferenças linguísticas e culturais entre interlocutores podem dificultar a interpretação.
A interpretação da Bíblia apresenta desafios devido a linguagem e a distância histórica. Uma compreensão precisa exige exegese gramatico-histórica. Ignorar as diferenças linguísticas e culturais pode levar à imposição sobre o texto bíblico, distorcendo seu significado.
As dificuldades de compreensão da Bíblia residem em nossa própria ignorância e limitações, as narrativas bíblicas são simples, com poucas palavras difíceis.
Em Mateus 8.23-27 o texto explora a interpretação bíblica, focando na história de Jesus acalmando o Mar da Galileia. A análise considera vários níveis: linguístico, histórico, sentido, historicidade, contexto literário, contexto canônico, sentido do texto bíblico e significado presente da passagem.
Com esses níveis podemos aprender que: primeiro a compreensão bíblica revela clareza e complexidade. A exegese histórico-gramatical, simples em certos níveis contrasta com passagens problemáticas. Em segundo lugar diferentes níveis de interpretação explicam por que estudiosos que não professam a fé cristã podem escrever comentários proveitosos e por outo lado interpretar a Bíblia. Um ateu por exemplo, pode rejeitar milagres (nível 4) mas entender o significado (nível 8).
As distinções apresentadas são incomuns, e os níveis estão interligados. A historicidade e a canonicidade dependem da visão do leitor, a hermenêutica bíblica é essencial, pois Escrituras são únicas.
Cap. 2- O sentindo do significado
O significado de um texto vai além do autor, a explicação é uma fusão de horizontes; e significados passados podem ser traduzidos no presente. O texto é semanticamente independente da intenção do autor. Gêneros literários fornecem um código para interpretação. O significado de um texto transcende as circunstâncias originais. O significado de um texto não está diretamente ligado ao seu referente.
O significado verbal é qualquer pessoa que desejou expressar, sendo a intenção a norma para interpretação válida.
A hermenêutica visa clarear o significado verbal do texto, não sua importância. O significado do texto não muda, mas a significância pode mudar.
Quatro modelos para se entender o significado da Bíblia
O método texto-prova
A abordagem texto-prova na interpretação bíblica prioriza o uso prático e pastoral, selecionando trechos para apoiar um tema contemporâneo, sem considerar o contexto. Isso ignora o proposito original e as convenções textuais, levando a alegorização e aplicação arbitraria as Escrituras. O método é inadequado, tratando a Bíblia como um livro magico, desprezando seu contexto histórico e gramatical.
O método histórico-critico
O método histórico-critico, assim como o método texto-prova, desfrutou de relativa hegemonia na interpretação bíblica. Esse método foca nas fontes literárias e contextos sociais, negligenciando a relevância dos textos para os leitores e a igreja.
A interpretação nesse modelo busca o significado original do texto.
Método de resposta do leitor
Esse método enfatiza a importância da interpretação contemporânea, permitindo que leitores determinem o significado atual do texto. Infelizmente esse método reage contra os abusos do método histórico-critico perdendo a primazia da intenção do autor e a possibilidade de testar a validade das interpretações.
Método sintático-teológico
Esse modelo de compreensão do significado enfatiza a necessidade de se apreender perícopes inteiras ou unidades completas de discussão como a base para se interpretar um texto.
Aspectos do significado
Aspectos do significado são: referente, senso, intenção e significação
O significado como referente
Significado como referente nos diz do que está sendo falado.
O significado como sentido
Significado como sentido diz o que está sendo falado acerca do referente.
O significado como intenção
Foca na intenção do autor ao construir um texto, considerando a forma como palavras formam o significado.
O significado como significância
Significância é o significado relacionado a algo mais.
Cap. 3- Sejamos lógicos: usando e abusando da linguagem
O objetivo do capitulo é oferecer auxilio na avaliação de argumentos. O foco principal é o uso da linguagem e suas ligações com a logica, especialmente no contexto da interpretação bíblica. Priorizar o uso contemporâneo comprovado das palavras, focando em seus usos específicos no contexto. Enfatizar o contexto como princípio fundamental na interpretação bíblico, lendo e relendo o capitulo ou livro inteiro.
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