TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Cura De Um Coxo

Artigo: A Cura De Um Coxo. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/5/2013  •  2.593 Palavras (11 Páginas)  •  3.800 Visualizações

Página 1 de 11

TRÊS OBSERVAÇÕES DA AÇÃO DE DEUS NO COXO

Texto básico: Atos 3.1-10

Introdução: Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona (oração das 15 horas ou das 03 horas da tarde – reunião de oração que coincidia com o sacrifício da tarde). Além dessa oração, havia a oração da hora terceira ou das 09 (nove) nove horas da manhã (coincidia com o sacrifício da manhã) e da hora sexta ou meio dia (provavelmente à hora do culto em ação de graças). Era costume do judeu, orar três vezes ao dia como Daniel na época da vigência do cativeiro babilônico (Dn 6.10). Neste sentido, o salmista no Salmo 55.17 diz: “À tarde, pela manhã e ao meio dia, clamarei e orarei, e o Senhor ouvirá a minha voz”. Às 03 horas da tarde era também levado um homem que desde a vida intra-uterina tinha uma deformidade. Ele era coxo de nascença e o colocavam todos os dias na porta do templo, chamada Formosa para pedir esmola aos que lá entravam. Essa porta media 25 metros de altura, 21 metros de largura e eram necessários 20 homens para abri-la e fecha-la. Ele era feita de bronze de Corinto e revestida de prata e ouro. A Porta Formosa era também conhecida como Porta de Nicanor, pois se acreditava que Nicanor, um judeu rico de Alexandria, a mandou confeccioná-la e a doou para o templo. Segundo Flávio Josefo (hb. Yosef Ben Matityahu – José Filho de Matias), o grande historiador judeu que vIveu de 38 a 100 d.C), o templo em Jerusalém tinha, além da Porta Formosa, outras 8 portas. Pois bem, imediatamente para próximo a esta porta exuberante, por onde passavam sacerdotes, rabinos, comerciantes, homens ricos e ilustres estava sendo levado o coxo que segundo algumas histórias, se chamava Demétrio. E este olhando para os apóstolos Pedro e João que subiam para a oração, esperava receber deles alguma esmola, porém Pedro, fitando juntamente com João os olhos nele, disse: Olha para nós. E ele os olhava atentamente esperando receber alguma coisa, contudo Pedro lhe falou: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou; imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram; de um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus. Viu-o todo o povo a andar e a louvar a Deus ficou assustado e cheio de assombro.

Diante deste episódio eu quero e vou trazer 03 (três) singelas observações acerca da ação divina na vida do coxo e na nossa vida:

1 A ação divina encerra um ciclo rotineiro – Vv. 2

1.1 Não é difícil deduzir-se que este coxo tivesse uma rotina ruim, em razão do seu estado físico e uma mesmice sem fim. Esta rotina se restringia da casa ao templo, no templo a mendicância. Da mendicância no templo a casa depois de um longo e sofrível expediente. Agora, porque essa rotina não envolveu a porta do pomposo templo de Herodes? Porque não envolveu a porta da casa de Pilatos? As ruas das residências dos oficiais romanos? O centro da cidade? Porque não envolveu um comércio destacado ou a coletoria de impostos de Jerusalém? Porque não a porta de um restaurante, de um teatro ou de um Parque Público, onde também entrava e saia um fluxo grande de pessoas. Mas a porta do templo? É porque além de passarem pessoas abastadas pela porta chamada Formosa, o simples fato das pessoas irem ao templo denotava a existência de um sentimento religioso com devoção, reflexão, oração, choro, bondade, quebrantamento, esperança. O dar esmola no contexto judaico era um ato especialmente meritório na religião e quem a desse, estaria demonstrando espiritualidade adequada e atitude piedosa. Assim sendo, seria apropriado colocar um mendigo num lugar por onde as pessoas misericordiosas, com coração benevolente, almas empáticas passariam para o culto, loucas para cumprirem o que poderia aliviar as suas consciências, tipo: cumprir com o meu dever religioso. No templo parecia haver uma atmosfera de dar-se, de doar-se e de transformação, etc.

1.2 O coxo de nascença cumpria há tempos a sua desafortunada mesmice e conforme assevera o texto de Atos 4.22, tinha mais de 40 anos quando fora o homem curado, e pelo versículo 2 do capítulo 3, que diz que ele era colocado todos os dias na porta para esmolar, não é complexo concluir que cumpria ele, uma intensa e estressante rotina em sua vida maltrapilha;

1.3 Essa rotina o fazia conhecido como o miserável, o coitado dependente das mesquinharias humanas, o desafortunado aleijadinho, o coitado pedinte, a figura feia e o adorno horroroso que contrastava com a imponência e beleza da Porta Formosa do Templo;

1.4 A vida deste paralítico era uma rotina. E rotina, nada mais é do que uma prática constante e costumeira, um caminho já trilhado, o hábito de fazer alguma coisa, sempre do mesmo modo. Não muito diferente daquele coxo, hoje, há muita gente que curte o seu marasmo cotidiano e a sua rotina contínua e a vida pra muitos é como um carrossel que mostra sempre as mesmas paisagens numa mesmice persistente, na relação com amigos (onde tumultos e intrigas são uma constante rotina), na vida em família (onde conflitos e desarmonia são uma constante rotina), na vida de comunidade cristã, ou seja, na igreja (onde incompreensão, insensatez e antipatia são uma constante rotina) e na vida espiritual (onde indisposição, alienação, frieza em relação a Deus e apego ao pecado são uma constante rotina). Não há nada de novo, não há o rompimento com os velhos hábitos do homem natural, nocivos à vida com Deus. Porém a Bíblia diz em Isaías 43.19, que o Senhor faz coisas novas todos os dias. No livro de Lamentações 3.22, diz que “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã”. Deus além de não ser rotineiro, quebra os ciclos rotineiros. Deus gosta de andar na contramão da rotina!

1.4 O escritor Vance Havner argumentou que “às vezes nos dedicamos a uma rotina enfadonha, tão monótona quanto plantar algodão ano após ano... então Deus manda o gorgulho do algodão. Ele nos tira da nossa rotina e, então, precisamos encontrar novas maneiras de viver”. Algumas rotinas são inevitáveis (levar o filho a escola, cuidar da casa, trabalhar) e outras, em razão das nossas atitudes nós as criamos e acabam por se agigantar sobre nós!

1.5 Chegou o dia em que Deus deu o fim a rotina deprimente, caótica e angustiante daquele coxo, proporcionando-lhe saúde, a fim de que vivesse uma outra realidade. Ele foi curado e não precisava ir mais à Porta do Templo para pedir esmolas aos

...

Baixar como (para membros premium)  txt (15.2 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com