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A IGREJA E SUA RELAÇÃO COM A CIDADE

Por:   •  18/10/2019  •  Artigo  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  335 Visualizações

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INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR

MARIA CELIA DE MATOS MANFIOLETI

PROF:THIAGO GOMES DE OLIVEIRA

1º ANO

A IGREJA E SUA RELAÇÃO COM A CIDADE

1-RESUMO:

Ao se pensar na ação da igreja urbana, tem-se que pensar na salvação da cidade. A igreja atual é chamada a olhar a cidade como local da sua missão, percebê-la como casa daqueles por quem Jesus morreu para promover vida. Não há melhores termos para definir o que a cidade produz no indivíduo, senão cansaço e sobrecarga. Até os vitoriosos estão assim, pois a vitória lhes custa um alto preço que, a exemplo dos vencidos, também os tornou exauridos. Ora, ao apresentar-se como solução para a sobrecarga e o cansaço do indivíduo, Jesus propõe uma antítese à deturpada vida da cidade. Percebendo isto, portanto, a igreja – a exemplo do Senhor – deve também apresentar-se à cidade como uma antítese: um lugar de refrigério e de descanso para os esgotados. Isto quer dizer que, se na cidade há competição, na igreja deve haver cooperação; se há perda de identidade, aqui deve haver pleno autoconhecimento; se naquela há solidão, nesta deve haver comunidade.

PALAVRA CHAVE:cidade,vida e igreja

2-INTRODUÇÃO:

As nossas cidades são um palco de violência, roubo e injustiça. Vive-se um sacrifício diário de milhares de pessoas pobres que, na maioria das vezes, não tem mais a estabilidade garantida pelas famílias e se veem sozinhas no caos injustiçado pela ideologia capitalista que concentra muitos bens nas mãos de uma minoria, desprezando e oprimindo a maioria, desprezando e oprimindo a maioria. Nessa política de roubos, violência e injustiça, a postura da igreja pastora na cidade deve ser aquela do profeta denunciar os agentes da opressão, postar-se ao lado daqueles que tem sido marginalizado na cidade, obrigados a morar em cortiços, favelas e nas ruas da cidade, roubados no direito e na justiça; deve dar-lhes sentimento de pertença, colocar-se como uma comunidade que encarna suas lutas e rompe com o egoísmo da elite. É quase incoerente pensar que o homem urbano é um ser solitário, porque este é cercado de relacionamentos, está continuamente envolvido com pessoas, na família, no trabalho, na escola, na igreja, sempre em meio às aglomerações, barulho, e agitação de uma grande cidade de tal forma que lhe é praticamente impossível ficar a sós. Então qual é o motivo da solidão do homem urbano? Ela existe de fato? Sim! Ela existe e lhe causa muitas perturbações, ao ponto de, em estágios avançados provocarem algumas doenças consideradas fatais. É o que pretendemos demonstrar ao longo desta reflexão.

DESENVOLVIMENTO

Ao se pensar na ação da igreja urbana, tem-se que pensar na salvação da cidade. A igreja atual é chamada a olhar a cidade como local da sua missão, percebê-la como casa daqueles por quem Jesus morreu para promover vida. À medida que se observa que a vida garantida por Deus está sendo negada ao povo, há de se buscar diretrizes que orientem a caminhada da Igreja, rumo a construção de uma Cidade Justa, possibilitando que a vida seja plena e isso através da encarnação do Evangelho de Cristo até que o ser humano tenha plenas condições de relacionar-se com Deus e com o próximo em amor e justiça, desfrutando de todos os benefícios que a vida na cidade pode oferecer. Enquadrar-se como espaço onde o ser humano tenha acolhido e força motivadora para a conquista de sua cidadania e vida plena garantida por Jesus Cristo, certamente colocam-se como desafios para a pastora da igreja. Para tais responsabilidades, a Igreja Brasileira deve assumir paradigmas que sustentem e inspirem sua atuação na cidade, colocando-se como tentativa de contribuir no processo de construção da Cidade Justa. Não há melhores termos para definir o que a cidade produz no indivíduo, senão cansaço e sobrecarga. Até os vitoriosos estão assim, pois a vitória lhes custa um alto preço que, a exemplo dos vencidos, também os tornou exauridos. Ora, ao apresentar-se como solução para a sobrecarga e o cansaço do indivíduo, Jesus propõe uma antítese à deturpada vida da cidade. Percebendo isto, portanto, a igreja – a exemplo do Senhor – deve também apresentar-se à cidade como uma antítese: um lugar de refrigério e de descanso para os esgotados. Isto quer dizer que, se na cidade há competição, na igreja deve haver cooperação; se há perda de identidade, aqui deve haver pleno autoconhecimento; se naquela há solidão, nesta deve haver comunidade. Ação da igreja na cidade que é e deve ter acesso aos valores que a cidade escamoteia. A proposta de Jesus é que as pessoas aprendam dele. Você sabe qual a ideia de jugo nesse texto? A fi gura evocada é a do carro de boi. Jesus se apresenta como um dos bois que puxam o carro e está convidando a cada um de nós para que sejamos o outro, para dividirmos com ele a carga. À medida que caminhamos com Jesus na estrada da vida, aprendemos a viver como ele, a enxergar a vida sob o seu prisma, relacionando-nos com as pessoas como Jesus se relaciona e, principalmente, relacionando-nos com Deus como Jesus se relaciona. Trata-se de fato de um aprendizado. Jesus disse que haverá descanso para aqueles que andarem lado a lado com ele, pois é humilde de coração. De fato, só os humildes encontram descanso, pois não precisam provar nada a ninguém. Realizam-se naquilo que são não naquilo que têm.  Apenas os que descobrem que o sentido da vida é ser, e não ter é capaz de abrir mão de fome e sede de poder, do egoísmo orgulhoso e cheio de vaidade, encontrando então descanso para suas almas.

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