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A INFLUENCIA LUTERANA NO CONTEXTO DAS GUERRAS DOS CAMPONESES

Por:   •  8/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  663 Palavras (3 Páginas)  •  202 Visualizações

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A INFLUENCIA LUTERANA NO CONTEXTO DAS GUERRAS DOS CAMPONESES

Aline Thaynara Neves Prado¹

Cláudia Schirmann Vilemar²

Lorena Rocha Norbal³

Paulo Jorge de Oliveira Júnior4

Sofia Aparecida Cavalcanti Paulino5

Palavras Chave (Revoltas, Lutero, Camponeses)

O presente trabalho tem por objetivo o estudo dos eventos históricos decorrentes do embate que ficou conhecido como: A Guerra Dos Camponeses (em alemão Der Deutsche Bauernkrieg). Uma série de revoltas e conflitos que ocorreram principalmente na Alemanha e arredores de toda Europa, por volta de 1524 e 1525, a fim de mostrar a importância dessas revoltas no contexto da Reforma Protestante, onde várias camadas da sociedade se revoltaram contra o poder da Igreja Católica Apostólica Romana. Participaram de tais revoltas: Camponeses, Religiosos, Artistas, Artesãos e Integrantes da baixa nobreza rural, motivados principalmente por questões socioeconômicas, já que extrema desigualdade social era padrão da época, sendo esta a principal característica do modelo econômico medieval, o sistema feudal, onde os camponeses eram submetidos a um estilo de vida extorsivo, que se dava através de impostos abusivos, ausência de privilégios no tocante a cidadania. Essa série de fatores acarretava na imobilidade social, forçando a classe operária camponesa a desenvolver a chamada agricultura de subsistência, onde as famílias só retiravam das terras o suficiente para sobreviver, podendo até mesmo ser comparada com uma espécie de escravidão.

        A guerra dos camponeses teve três principais idealizadores, sendo esses Mark Thomas Stübner, Thomas Dreschel e Nicholas Storch, alcunhados de "os profetas de Zwickau", apelido esse que ganharam após suas ideias começarem a ganhar força e se propagar por volta de 21 de dezembro de 1521, quando o trio chegou à cidade de Wittenberg, pregando idéias bem mais drásticas que as de Lutero.

As principais bandeiras de seu movimento eram a favor da igualdade e distribuição equitativa de bens e privilégios, além de severas críticas contra a classe social dominante, atribuindo toda a culpa da miséria que era vivida ao topo da pirâmide social, entrando em conflito direto com a poderosa Igreja Católica Apostólica Romana. Martinho Lutero não se identificava com o movimento e chegou até mesmo a proibir a estadia dos denominados “Anabatistas”, que eram chamados assim pois também eram contra o batismo. Porém, apesar de toda repreensão, Munzer seguiu firme em sua investida contra o sistema da época, que alcançou popularidade esmagadora.

Graças a isso o governo não mediu esforços para combater a insurreição, tendo como cenário a cidade de Frankenhausen como derrota dos rebeldes, o imperador Carlos V e seu exército massacrou o movimento. Crê-se que pereceram cerca de cem mil camponeses neste fatídico dia.

A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica. As informações foram retiradas do livro Martinho Lutero – Obras Selecionadas, Vol. 6, Capítulo “A Guerra dos Camponeses”; este material foi encontrado na Biblioteca do CEULJI/ULBRA.

A pregação profética de Lutero e suas ideias polemicas, não se dirigiram apenas à igreja mas incidiram também contra a nobreza e pelos príncipes, estremecendo bases da autoridade e balançar um dos pilares da sociedade. Os camponeses iniciaram uma sangrenta batalha, chegando a fases de extremo radicalismo, onde Lutero condenou todo tipo de práticas violentas, declarando que em ambos os lados combatentes nada haveria de cristão, mas alguns de seus escritos foram mal interpretados. Assim, a guerra dos camponeses foi um ato de contestação aos abusos sofridos pelas classes menos abastadas da sociedade, mas por outro lado, os meios utilizados não foram adequados, uma vez que a palavra de Deus foi utilizada para legitimar uma disputa violenta e sanguinária.

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