A Perfeição da Criação

A perfeição da Criação

“[...] agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão conosco” ...”Assim Deus criou os seres humanos; Ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher”

Gn 1:26 e 27

O ato da Criação é amplamente esmiuçado por diversas teorias; homens nas mais diversas épocas e lugares trazem, consigo, uma perspectiva diferente, por vezes divergente sobre o desenrolar do cosmos, da matéria, da natureza, e do ser humano. Kant nos presenteia com a seguinte conceituação: “A ordem que observamos vem de um desenvolvimento natural da matéria do universo. Toda ordem e beleza do universo é causada pelas leis naturais; e essas leis naturais não podem ter surgido por si próprias do nada. Assim, a própria existência de leis naturais que dirigem a evolução do universo seriam uma forte indicação da existência de Deus e da sabedoria divina”. Talvez o pilar mais cabal da criação sejam, de fato, as leis que governam a natureza que vemos ao nosso redor. O que Tomás de Aquino vem chamar de Lei Natural; aquela que é um reflexo legislativo da Lei Divina. Sem ela todo universo seria um caos, pois sem leis da física os diversos mundos espalhados nas galáxias se chocariam, sem a gravidade os corpos dos seres vivos de nosso planeta poderiam encontrar um destino nada agradável à sua existência. Em Schopenhauer temos o pensamento de que: “Todo objeto, seja qual for sua origem, é, enquanto objeto, sempre condicionado pelo sujeito e, assim, essencialmente, apenas uma representação do sujeito.”

Discutir a existência ou não de um Deus fica para outro momento. No agora, partiremos do pressuposto da fé, fé em uma inteligência superior que, segundo a Bíblia, criou os seres humanos à sua semelhança. Nos deparamos com um dilema existencial que é pensar: Se Deus é perfeito por que sua principal criação, feita à sua imagem, o ser humano, possui imperfeições? Afinal, nós evoluímos ou involuímos? A teologia descarta certos pontos da evolução, pois parte de uma premissa que a degeneração física, intelectual e moral do ser humano foi causada pelo pecado; nisto fazendo um caminho contrário o da ciência natural, que afirma que o homem evoluiu de um ancestral incomum dos primatas; evoluiu sua inteligência atingindo seu ápice no homo sapiens – por hora.

Ele[Deus] começa sua obra de criação definindo os limites da luz e das trevas preparando caminho para os primeiros seres viventes que dependeriam dessa separação. Ele também faz uma separação entre as águas salgadas e águas doces, ambas com suas propriedades químicas propícias para formas de vida que se alocariam nesse novo mundo. O mundo vegetal é criado a seguir com o intuito de resfriar e oxigenar também com a função de servir as criaturas viventes que seriam introduzidas logo após. Com a separação de luz e trevas, de água salgada e água doce as plantas encontram ambiente favorável para cumprir com suas funções orgânicas, os animais criados logo depois também desempenham seu papel nesse palco dando alimento para as plantas com sua decomposição. Por último é feito o ser humano, criado para dominar e desfrutar de tudo o que Deus criara.

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