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A Responsabilidade do Cristão com a Criação de Deus: entre o descaso e a consciência.

Por:   •  9/12/2020  •  Monografia  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  602 Visualizações

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Lucas dos Santos Bertolino

A responsabilidade do cristão com a Criação de Deus: entre o descaso e a consciência.

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Londrina

2020

Lucas dos Santos Bertolino

A responsabilidade do cristão com a Criação de Deus: entre o descaso e a consciência.

  Trabalho apresentado às disciplinas de “Teologia e Ecologia e Educação cristã de crianças, jovens e adultos”, como requisito a obtenção de nota da Atividade Integradora, aos professores Oslei do Nascimento e Camila de Lima.

Londrina

2020

1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho iremos abordar o seguinte assunto “A responsabilidade do cristão com a Criação de Deus: entre o descaso e a consciência” levando em consideração sua importância e uma vez que este tema apresenta vários questionamentos, planeamos discorrer sobre o mesmo se utilizando de citações bíblicas onde Deus de forma clara expõe aos seus filhos a necessidade do cuidado e zelo pelo meio ambiente bem como o uso de seus recursos de forma consciente.

 Iremos destacar o posicionamento sobre o tema proposto de alguns líderes religiosos como Papa Francisco, Leonardo Boff, Roger Scruton. Abordaremos também importância da conscientização e preservação da natureza como nosso lar. entender a ecologia permite compreender a influência do homem sobre os outros seres vivos e o ambiente e, dessa forma, possibilita diminuir nossos possíveis impactos no planeta.


2. A responsabilidade do cristão com a Criação de Deus: entre o descaso e a consciência

O cuidado com o meio ambiente e a natureza como criação de Deus vem, de forma constante, obtendo grande importância e a cada dia que passa ganhando mais espaço em grandes palestras e salas de aula isso se dá uma vez que nos últimos anos como consequência do aumento da população mundial, a produção de lixo, exploração de recursos naturais, destruição de florestas, aumento da poluição atmosférica causado pelo grande números de veículos e empresas que liberam gases poluentes constantemente no ar, entre outros, tem sido a causa de doenças, esgotamento dos recursos naturais, extinção de espécies animais e até a diminuição da expectativa de vida em determinados países. A poluição ambiental, por exemplo, conforme dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2018 alertou que nove em cada dez pessoas no planeta respiram ar com altos níveis de poluentes, o que representa 90% da população mundial. Por causa dessa contaminação cerca de 7 milhões de pessoas morrem anualmente vítimas de câncer de pulmão, AVC e asma. Os problemas ambientais são, contudo, não apenas os problemas de âmbito global que o mundo enfrenta. Há muitos outros: a pobreza, a disponibilidade e a utilização dos recursos, a segurança e o crescimento populacional. Tudo em sua influência transforma o ambiente. Os cristãos e a Igreja precisam considerar todos eles e procederem de maneira a dar exemplo ao mundo.

Com o propósito de compreender a atribuição da responsabilidade dada por Deus ao homem de cuidar de sua criação, é necessário analisarmos o texto do livro de Gêneses quando Deus após sues feitos “tomou o Homem e o pôs no jardim para o lavrar e cuidar”. (BÍBLIA, Gênesis 2.15), sendo assim, logo no início de sua criação, Deus faz o homem conforme sua imagem e semelhança e o designa como mandamento primeiro o cuidado do jardim, ou seja, arar e cultivar a terra, contudo o que percebemos é que as igrejas estão longe de entender esse começo e esse fim para serem instrumentos de Deus para o cuidado da criação, esta relação entre o homem e a terra é, frequentemente, apresentada como um tipo de mordomia. Sermos mordomos da criação nos confere, fundamentalmente, a noção de responsabilidade em primeiro lugar, para com Deus e, em segundo, para com o resto da criação. Na prática, o não cumprimento do cuidado da criação se dá pelo egoísmo e pela ganância humana, que levam à exploração dos recursos da terra, além do problema da impotência humana, pois sabemos o que fazer, mas falta a vontade de fazê-lo. O Papa Francisco conscientiza os cristãos sobre a necessidade do cuidado do planeta como criação de Deus bem como a exploração indiscriminada dos recursos naturais, em seu pronunciamento enfatiza “entre os pobres mais abandonados e maltratados, encontra-se a nossa terra oprimida e devastada, que geme e sofre as dores do parto”. Ainda em seu pronunciamento, o papa Francisco em  inúmeras vezes se refere ao “ser humano”, a “nosso comportamento irresponsável”, “aos seres humanos que destroem a biodiversidade”, “a humanidade”, a “atividade humana” e a termos similares, para de alguma forma chamar a atenção de todos para a gravidade da crise ecológica que se agrava cotidianamente.

O Leonardo Boff (teólogo, escritor, filósofo e professor universitário brasileiro) aborda o tema “ecologia / cuidado com a criação de Deus” desde os anos 80 afirmando que pela exploração do planeta terra, que dia após dia está sendo devastada pela voracidade industrialista e especialmente o capitalismo esta, constantemente sendo crucificada. Boff considera que “o coronavírus é uma mensagem que a “Mãe Terra” nos enviou para refletir; estamos diante de um retiro existencial que nos levará a descobrir o que precisamos mudar” afirma ainda que “a pior coisa que poderia nos acontecer é voltar ao que era antes”, a um sistema assassino que cria injustiça ecológica e social e conclui com a frase “É necessário aprender com os povos originários para sentir um vínculo com a Terra, a partir de uma forma de pensar mais integral”. Roger Scruton (Filosofo e Escritor inglês), foi por muitos criticado ao defender este tema e por isso afirmou que "O conservadorismo é uma atitude perante a vida. Baseia-se no apego a coisas herdadas e numa suspeita de mudança radical" e diz ainda que "em relação a tais coisas, o trabalho de destruição é rápido, fácil e recreativo; o labor da criação é lento, árduo e maçante".

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