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A designação de um fenômeno religioso

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Por:   •  19/11/2014  •  Tese  •  1.321 Palavras (6 Páginas)  •  328 Visualizações

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1. Denominação do fenômeno religioso:

Contrariamente a muitas outras religiões, o Budismo é uma religião não-teísta. Isto dizer que não contempla e existência de um Deus criador e se preocupa sobretudo em resolver os problemas humanos essenciais. Na verdade, o Budismo é uma via de busca e aperfeiçoamento espiritual. O seu carácter aberto e não dogmático leva cada vez mais pessoas a considerá-lo como uma filosofia, uma arte de vida e, mesmo, segundo a opinião de muitos mestres budistas contemporâneos, uma ciência do espírito.

2. Mapa geográfico da prática e presença no Brasil (dados do IBGE)

No Brasil, de acordo com o censo de 2010, possui 243. 966 adeptos do Budismo, representando 0,13 % da população total do país.

3. Descrição histórica resumida da origem e dos principais fundadores, líderes, representantes

O fundador do Budismo foi o filho de um rajá, Sidarta Gautama (c.560-480 a.C.), que viveu no Nordeste da Índia. O príncipe Sidarta cresceu no seio da fortuna e do luxo, seu pai ouvira uma profecia de que seu filho ou se tornaria um poderoso governante ou tomaria o caminho oposto e abandonaria o mundo por completo. Esta última opção aconteceria se lhe fosse permitido testemunhar as carências e o sofrimento do mundo. Para evitar que isso ocorresse, tentou proteger o filho contra o mundo que ficava além das muralhas do palácio, ao mesmo tempo que o cercava de delícias e diversões.

Depois de uma vida de abundância, ele arriscou a sair do palácio e passou para o extremo oposto: os exercícios ascéticos. Obrigou-se a comer cada vez menos. Dessa maneira ele esperava dominar o sofrimento, mas nem os exercícios de ascetismo nem a ioga lhe deram o que procurava. Assim, ele adotou o “caminho do meio” buscando a salvação por meio da meditação. Aos 35 anos, após seis anos de vida ascética, Siadarta alcançou a percepção de que todo sofriemnto do mundo é causado pelo desejo. É apenas suprimindo o desejo que podemos escapar de outras encarnações.

Ao dominar seu desejo de viver, que antes o atava à existência, o Buda parou de produzir carma e, portanto, não estava mais sujeito à lei do renascimento. Conseguira alcançar a salvação para si mesmo, e o caminho estava aberto para abandonar o mundo e entrar no nirvana final. O deus Brahma, porém, instou com ele para que difundisse seus ensinamentos. O Buda decidira se tornar um guia dos seres humanos (pp.52-53).

4. Conceito de Absoluto - poder ou poderes sobrenaturais independentes do homem (não criados por ele).

Buda não negou a existência dos deuses, foi um deus (o Brahma) que o exortou a proclamar sua mensagem para a humanidade. Ele não era um ateu no sentido ocidental. Todavia, acreditava que a existência dos deuses era transitória, assim como a existência humana. Embora eles vivam mais tempo que os seres humanos, em última análise também estão atrelados ao ciclo do renascimento.

Não obstante, nos países budistas há uma adoração generalizada de demônios, espíritos e várias outras divindades. Diferentemente do próprio Buda, todos estes são seres vivos e ativos, os quais - se cultuados de modo correto - podem trazer vantagens mundanas. Os templos budistas muitas vezes têm estátuas de deuses como Vishnu, Indra e Ganesha, mas sempre dipostas de maneira subserviente a Buda.O Budismo tem espaço para um amplo espectro de cultos e sentimentos religiosos[...] (p.66).

5. Tipo de dependência ou relacionamento do homem com o Absoluto

A atitude de Buda serve de exemplo para outros budistas, pois a vida de Buda é um ideal que os exorta a se comportar eticamente. A compaixão e o amor são centrais na ética budista. Não só as ações, mas também os sentimentos e afetos são importantes. A caridade que fazemos não apenas afeta os outros, mas contribui para enobrecer nosso próprio caráter (pp.60-61).

6. Modos estruturais de relacionamento homem-Absoluto

a) organização: instituição, lugares sagrados, tempos sagrados, coordenação, hierarquia, grupos especiais...

b) atos concretos: ritos, liturgias, gestos, cantos, danças...

c) regulamentação: constituição, documentos, mandamentos, normas, disciplinas...

d) simbolismos identificadores.

Monges - monjas X Leigos

Buda criou uma nova ordem, a sociedade monástica, independente do sistema de castas. Para seguir à risca os ensinamentos do Buda, era necessário deixar para trás todos os cuidados e as preocupações relativas à família e à vida social. Até hoje a ordem monástica constitui a espinha dorsal da vida religiosa na maoria das terras budistas.

Dessa maneira, ao considerar a vida religiosa budista, é importante distinguir entre os monges e as monjas, por um lado, e, por outro, os leigos. Monges e monjas têm regras de conduta muito mais estritas do que os leigos. Em primeiro lugar, há as dez regras, que também se aplicam aos noviços; além disso, há várias centenas de outros mandamentos e injunções que definem tais regras com mais precisão.

Os monges e as monjas levam uma vida de simplicidade e pobreza. Desde os dias do Buda, costumam

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