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A Ética e Moral

Por:   •  23/4/2015  •  Resenha  •  1.009 Palavras (5 Páginas)  •  323 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

Centro de Linguagem e Comunicação – CLC

Curso de Publicidade e Propaganda – Matutino

Antropologia Teológica C

151 PP7mC

Fernanda Silva Leite – RA 12175451

ÉTICA E MORAL

Campinas, 27 de março de 2015

RESENHA

Ética e Moral: A Busca dos Fundamentos - Leonardo Boff

  1. Ética: a doença e seus remédios
  2. Genealogias da ética
  3. Virtudes cardeais de uma ética planetária
  4. Guerra e paz

Leonardo Boff começa sua obra dizendo que o ser humano possui uma atividade altamente depredadora de todos os ecossistemas, e isso faz com que o tempo atual seja semelhante às épocas de extinções em massa. Segundo ele, se quisermos continuar a viver, teremos que decidir se vamos cuidar da Terra e uns dos outros ou se vamos arriscar a nossa destruição e a diversidade da vida.

Revoluções como a agrícola, industrial, do conhecimento e da comunicação trouxeram benefícios como prolongar a expectativa de vida, mas também depredaram o sistema Terra pela monocultura tecnológica e material e pela desumanização das relações entre as pessoas e os povos.  O ser humano buscava alcançar o sonho da prosperidade material a ser conseguida através da dominação sobre a natureza e seus recursos, sobre a mulher, sobre os povos e suas riquezas e sobre a exploração da força de trabalho das pessoas. Entretanto, devido ao fato de que não era acompanhado por um desenvolvimento ético e espiritual, essa busca provocou vazio existencial, destruição do sentido cordial das coisas e devastação da natureza.

Pela força de autoafirmação, cada indivíduo consegue se fazer valer e garantir sua sobrevivência. Já pela força da integração, se reforçam as relações inclusivas, se garante a cooperação de todos com todos e assim se assegura o melhor futuro. Nenhuma dessas forças é suficiente sozinha. Entretanto, o ser humano exacerbou a autoafirmação em detrimento da integração, ou seja, descobriu a força de sua inteligência e de sua criatividade, e usou-a para se sobrepor aos demais. Este é o nosso pecado de origem, que consiste no fato de que o homem se colocou num pedestal solitário, pretendendo dominar a terra e os céus.

É preciso refazer o caminho de volta, ou seja, o ser humano precisa se encantar novamente com a natureza e com o universo, que surgirá a partir da ativação do princípio feminino, que nos torna sensíveis a tudo que tem a ver com a vida e a cooperação. Surge então um novo paradigma ético que coloca a vida no centro, onde reside a cura do nosso pecado de origem.

O ser humano vê-se obrigado a conquistar o seu sustento, modificando o meio e criando o seu habitat. O paradigma da conquista pertence à autocompreensão do ser humano e de sua história. Praticamente tudo está sob o signo da conquista e essa vontade de conquista do ser humano é insaciável.

Depois de ter conquistado toda a Terra, é preciso cuidar do que restou. Passamos então do paradigma-conquista para o paradigma-cuidado. Cuidado é gesto amoroso para com a realidade, que protege e traz serenidade e paz. O cuidado surge na consciência coletiva sempre em momentos críticos.

Embora ideologias e filosofias passem, os sonhos permanecem. E o nosso sonho é o da inclusão de todos na família humana. Trata-se do sonho de uma civilização da re-ligação universal que a todos inclui. Essa civilização dará centralidade à religião, menos como instituição do que como dimensão antropológica.

Vivemos atualmente uma crise mundial de valores, no qual é difícil para a humanidade saber o que é certo e o que é errado. Isso resulta numa insegurança muito grande na vida e numa permanente tensão nas relações sociais que tendem a se organizar ao redor de interesses particulares do que ao redor do direito e da justiça.

As religiões e a razão são responsáveis por orientar ética e moralmente as sociedades. As religiões continuam sendo os nichos de valor privilegiados para a maioria da humanidade e seus pontos comuns permitem elaborar um consenso ético mínimo capaz de manter a humanidade unida e preservar o capital ecológico indispensável para a vida.  A razão não é o primeiro nem o último momento da existência, por isso não explica tudo. Na raiz de tudo não está a razão, mas a paixão. Pela paixão captamos o valor das coisas. Entretanto, a razão deve ordenar, disciplinar e definir a direção da paixão. É preciso que se vigore a justa medida entre essas duas forças para que se sustente a ternura e o vigor. Ambos são princípios capazes de sustentar um humanismo sustentável.

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