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As Histórias das Religiões

Por:   •  11/5/2015  •  Resenha  •  1.573 Palavras (7 Páginas)  •  219 Visualizações

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O “livro das religiões” descreve as características e a base de cada fé, montando-nos suas semelhanças e suas principais diferenças. Dentre elas os autores falam sobre o hinduísmo, o budismo, o confucionismo, o taoísmo, o xintoísmo, o Judaísmo, Islamismo, as religiões africanas e o Cristianismo. Neste trabalho iremos destacar as religiões africanas também referidas como religiões indígenas africanas, que englobam manifestações culturais, religiosas e espirituais no continente africano e há uma multiplicidade de religiões dentro desta categoria. As religiões tradicionais africanas envolvem ensinamentos, práticas e rituais.

RELIGIÕES AFRICANAS

        Três religiões dominam a África moderna. O cristianismo se encontra  no Sul e ao longo dos litorais leste e oeste. O centro do islã fica na África setentrional árabe, mas historicamente essa religião sempre teve penetração também ao sul do Saara. Há, por fim, as religiões primais, ou tribais, ou tradicionais, as mais difundidas antes da invasão cultural ocidental e árabe. Na África moderna, a estrutura tradicional baseada na aldeia está desaparecendo e, juntamente com ela, o fundamento das antigas religiões, que era a vida familiar e tribal. As religiões africanas tradicionais não têm textos escritos, o que torna seu estudo difícil para os pesquisadores. Boa parte do conhecimento que temos sobre essas religiões, reunido durante os últimos séculos, apoia-se nos relatos de observadores europeus, sejam eles mercadores, colonizadores ou missionários. Uma característica das religiões africanas mais recentes são os milhares de movimentos sincretistas que surgiram em torno das missões cristãs. Ao agrupar as religiões africanas sob um só rótulo, deve-se ter em mente que seu número equivale ao de povos existentes na África. É necessário notar ainda que a maioria dos africanos não urbanos são agricultores e criadores de gado. Há apenas alguns grupos de caçadores-coletores.

Papel essencial da tribo e da família

O termo tribal, quando associado às religiões africanas, oferece-nos uma chave para compreender algo essencial sobre elas. A tribo — ou o clã, grupo de parentesco ou família extensa — forma o arcabouço para a existência diária do africano. O respeito por essa instituição é mais importante do que o respeito pelo indivíduo. O que é especial no conceito que esses africanos têm de família (ou tribo) é que ela compreende, além dos vivos, os mortos. O ancestral permanece próximo à tribo; torna-se uma espécie de espírito vivendo num mundo à parte, ou pairando sobre o lar para garantir que seus descendentes observem os costumes. O dever dos vivos é assegurar a preservação dessa organização, o que se consegue obedecendo cuidadosamente a todas as regras e, acima de tudo, fazendo sacrifícios aos espíritos dos ancestrais.  Quando uma família se extingue, a conexão dos espíritos ancestrais com a Terra é cortada, pois não sobra ninguém para manter contato com eles. Assim, se um homem tem mais de uma esposa e gera muitos filhos, sua alma fica em paz. Ele sabe que depois da morte sua alma não será forçada a vagar pelo espaço vazio, desconectada da Terra, pois estará sempre ligada a alguém.

O chefe tribal

A tribo é liderada por um chefe ou rei. O rei não é apenas um líder político, mas ainda um juiz em exercício, o guardião da justiça e da lei. Com muita frequência, é ele também o sacerdote responsável pelos sacrifícios da tribo. O motivo por que o rei acumula todas essas diferentes funções é que não há uma demarcação clara entre política, religião, lei e moral. Cada uma dessas formas é parte do princípio — o costume — sobre o qual aquela sociedade tribal está construída. O rei é o guardião cotidiano desses preceitos e também o representante dos deuses na Terra, bem como porta-voz dos homens perante os deuses.

Deuses e espíritos

Na maioria das tribos africanas existe a crença de um “deus supremo”, embora este receba muitos nomes. Normalmente associado ao céu, é ele que concede a fertilidade, e em alguns mitos é representado ao lado da deusa associada à terra. Com frequência ele é também o deus do destino, que governa a vida dos seres humanos e controla a boa ou má fortuna da tribo. Esses outros deuses, forças e espíritos se encontram nas florestas, nas planícies e nas montanhas, nos rios e nos lagos. São intimamente associados a fenômenos naturais distintos: o raio e o trovão, as grandes cachoeiras, uma primavera quente, alguma árvore enorme ou uma rocha com formato estranho. Há ainda o “deus da guerra”, que no passado exigia sacrifícios humanos. Também é costumeiro tratar os espíritos dos mortos com respeito; o culto aos antepassados é um dos aspectos mais típicos da religião africana.

Culto aos antepassados

Os antepassados são invisíveis, mas acredita-se que mantenham a aparência que tinham em vida, ou talvez sejam um pouco menores. Os africanos não têm nenhum conceito de divisão entre corpo e alma e não creem que é a alma que sobrevive. Os espíritos já foram comparados a sombras ou duplos dos mortos, capazes de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Eles se revelam aos vivos sobre tudo em sonhos, mas também como animais e outros objetos naturais. Cada homem adulto que morre se torna um espírito ancestral ou um deus ancestral para os que ficaram vivos, mas nem todos exercem o mesmo papel, nem constituem objetos do mesmo culto. Os mais importantes são os espíritos dos pais de família, dos patriarcas e dos chefes da tribo. O culto aos antepassados é uma expressão que implica interação entre os vivos e os mortos. Os vivos obtêm força e socorro de seus ancestrais; ao mesmo tempo, os mortos dependem das oferendas de seus descendentes: é por meio desses sacrifícios que adquirem sua força e potência. O chefe da família é o único que tem o direito de fazer esse sacrifício; só que ele o faz em nome de toda a sua família. Em nome de toda a tribo, ele se dirige aos espíritos de antigos chefes e faz orações pedindo uma boa caça ou uma boa safra. Na época da colheita, os primeiros frutos são oferecidos aos espíritos dos chefes. Selecionam-se os melhores produtos em honra dos espíritos, e com o acompanhamento de orações, cantos e danças, as pessoas — em geral usando máscaras e outros adornos — expressam sua gratidão e oram para continuar tendo proteção.

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