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GESTÃO DO CONHECIMENTO NO CONTEXTO DA GESTÃO PÚBLICA: REFLEXÕES SOBRE QUESTÕES CONCEITUAIS E A INTERFACE COM A EXPERIÊNCIA NO TRABALHO

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Por:   •  2/3/2015  •  1.164 Palavras (5 Páginas)  •  577 Visualizações

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GESTÃO DO CONHECIMENTO NO CONTEXTO DA GESTÃO PÚBLICA: REFLEXÕES SOBRE QUESTÕES CONCEITUAIS E A INTERFACE COM A EXPERIÊNCIA NO TRABALHO

Gabriela Reis da Silva Danin, aluna do MBA em Gestão de Pessoas.

Desde a década de 1990, os Gestores do Conhecimento incentivam as empresas a considerar a criação do conhecimento como uma fonte de vantagem competitiva, visando à construção de um ambiente de aprendizado para preencher as demandas de uma sociedade do conhecimento. Utilizando a gestão do conhecimento a empresa diminui os gastos em produtos e começa a investir em capital intelectual, o que tem um melhor custo-benefício, pois o maior capital que a empresa possui é o conhecimento de seus trabalhadores.

O homem durante toda a sua história buscou uma forma de descrever o conhecimento, como por exemplo: na antiguidade clássica Platão definiu o conhecimento como crença verdadeira e justificada. Depois Aristóteles, seu discípulo introduziu uma concepção: a de que a essência de cada coisa está na própria coisa. Aristóteles foi um dos primeiros a fazer pesquisas científicas, buscando conhecer a coisa na própria coisa. René Descartes, na idade moderna, questiona Aristóteles se propões chegar à verdade através da dúvida sistemática e da decomposição do problema em pequenas partes, características que definiram a base da pesquisa científica.

No fim do século XIX (1880-1900), iniciava uma nova era de estudos relacionados à gestão do conhecimento, onde os métodos tradicionais, em sua maioria empírica ou improvisada, não eram mais adequados. Com Taylor, no início do século XX, e sua administração científica com uma visão racional sobre a forma de controle, monitoramento e programação da forma de trabalho, beneficiando as empresas que visam à maximização do lucro buscou através de tempos e métodos, conseguir com que os operários trabalhassem com a máxima eficiência e o mínimo custo, seu contemporâneo Henri Fayol e a administração clássica, pregava uma administração mais autônoma da produção, mais rigorosa. Assim, observa-se que Taylor estudava a empresa privilegiando as tarefas de produção, já Fayol privilegiava as tarefas de organização.

A semente da Gestão do Conhecimento foram as Revoluções Industriais e as Sociopolíticas, no final do século XVIII, que romperiam as estruturas socioeconômicas tradicionais de todo o mundo, alterando pra sempre o formato das organizações. Neste período, o mundo era basicamente agrário e sua produção de manufaturas era realizada por artesãos que transmitiam o conhecimento para realização de suas tarefas de forma hereditária.

Com o advento dessas revoluções, o mundo entrou em uma era de produção em escala industrial, mudando por completo o sistema de trabalho e produção existentes, levando os novos capitalistas, administradores deste novo formato de produção compreender a necessidade crescente de pessoas com um nível "adequado" de qualificação, sendo uma primeira tendência do que estaria por vir. Devido o desenvolvimento produtivo, buscava-se explorar os trabalhadores ao limite de sua capacidade produtiva, o que se mostrou incompatíveis com as novas demandas e até intolerável em alguns casos.

Nas organizações atuais novas práticas gerenciais e mudanças culturais e comportamentais são utilizadas, com investimentos na gestão de mudanças culturais e comportamentos dentro das organizações, o processo de trabalho torna-se bem mais interessante para todos os envolvidos. Através da gestão do capital intelectual, novas tecnologias, a aprendizagem organizacional, inteligência competitiva, da criação de um espaço organizacional para o conhecimento, quando todos são ouvidos e podem dividir suas opiniões, se sentem valorizados e trabalham com paixão. Dessa forma o trabalho flui com maior eficiência, qualidade e dedicação.

Verifica-se também a eficiência a utilização da gestão de conhecimento na administração pública. Os processos de trabalho na administração pública também precisam ser aprimorados para o bem do serviço público. A administração pública tem nos princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, seu norteador para buscar soluções práticas para as exigências e anseios da coletividade. Nesse sentido, a gestão de conhecimento na área pública tem um papel estratégico, pois visa ao alinhamento entre os objetivos estratégicos da organização pública e às políticas de desenvolvimento de pessoas.

Há uma crescente pressão pelo aumento da eficiência do setor público, que requer melhora no profissionalismo e nos instrumentos de gestão de seus servidores e funcionários. O processo de evolução das instituições públicas é permanente e exige adequações constantes. Nas instituições públicas, o papel do gestor, deve ser o de facilitar o desenvolvimento das competências individuais, objetivando o atingimento das metas estabelecidas, sempre de acordo com o objetivo maior, que é o interesse público, como principio constitucional da eficiência.

O princípio da eficiência exige com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfação atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros ( Madeiros,2007,p.96).

Nota-se, que a literatura sobre gestão de conhecimentos na área privada é bastante ampla, no entanto, a gestão de conhecimento específica para a administração pública é escassa, de difícil localização.

A administração pública visa a atender ao interesse público e às necessidades sociais, utilizando para isso a estrutura administrativa, de forma direta ou indireta, bem como os meios que a legislação permite. Na administração pública, administrar não significa apenas prestar e executar serviços, mas dirigir e governar buscando o bem comum e a satisfação do coletivo. Para tanto, é preciso que toda a estrutura administrativa esteja em sintonia, e, para além do simples cumprimento dos ditames legalistas, procure satisfazer, de forma planejada e sistemática, às necessidades do cidadão.

A atuação do gestor no setor público possui algumas particularidades. Ao contrário do que acontece no setor privado, onde o gestor pode contratar indivíduos que apresentem características vantajosas para a empresa, no setor público, a lei exige que as contratações sejam feitas mediante concursos públicos. É por esse motivo que no âmbito do setor público ações de desenvolvimento profissional são cruciais, pois os elementos podem aprender a progredir na carreira, e não aprendem só a cumprir as suas funções atuais de forma mais eficaz.

Por fim, os responsáveis por esse processo de trabalho no setor público devem saber motivar os servidores, para que estes sintam que são importantes na organização pública. Se isto acontecer, seguramente terão um melhor desempenho no trabalho. Portanto, conclui-se que os trabalhadores da organização do conhecimento são profissionais que tem a responsabilidade de exercer práticas de gerenciamento, planejamento, avaliação e recompensas, criando e mantendo um ambiente profissional e positivo na organização.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALVARENGA NETO, R.C.D.; BARBOSA,R.R.: PEREIRA,H.J. Gestão do conhecimento ou gestão de organizações da era do conhecimento? Um ensaio teórico-prático a partir de intervenções na realidade brasileira.IN: Perspectivas em ciência da informação, Belo Horizonte, v.12, n.I, p.5-24, jan/abr.2007.

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CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o nosso papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro:Campus,1999

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Jurídico Atlas, 2003

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2009

MEIRELLES, Hely Lopes. São Paulo:Malheiros, 2007

SILVA, Sergio Luiz da. Gestão do Conhecimento: uma revisão critica orientada pela abordagem da criação do conhecimento. IN:Ci. Inf., Brasília, v.33,n.2,p.143-151,2004.

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