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Mente e Fé

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Por:   •  25/11/2013  •  Resenha  •  1.034 Palavras (5 Páginas)  •  242 Visualizações

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“A Razão e a Fé (Fides Et Ratio) constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade” (João Paulo II In carta encíclica Fides Et Ratio sobre as relações entre fé e razão.

A Razão e a Fé

O cristianismo não nasceu em um vácuo, ou mesmo em um momento que a humanidade não tinha de pensamento, pelo contrario, ele teve que enfrentar as filosofias de sua época, fato que este que vai aos longos de alguns séculos fazer com que o cristianismo tenha que conviver com esta luta que chamamos da fé e a razão.

E ao longo dos anos parece que os “pensadores” são levados a usar o raciocínio maravilhoso que Deus lhes outorgou para combater e destruir as verdades que ele mesmo revelou em sua santa Palavra.

As tentativas do homem para compreender a origem da vida, dos deuses e da sua própria existência sempre perseguiram trazendo desconforto para a razão e esperança para fé. Os Pais da filosofia vão tentar mostrar como uma verdadeira missão a ligação entre a razão e a religião. Caminho nada fácil, mas que no presente texto do capitulo IV: a relação entre a Fé e a razão dirigido aos Bispos da Igreja, começa-se assim por dizer, a construção de uma ponte para que haja um caminhar saudável entre a fé e a razão.

Essa aproximação vai com muita cautela, pois não se trata de uma ponte que exige apenas cálculos, mas acima de tudo entender a linguagem da fé e a linguagem da razão. A filosofia enquanto sabedoria pratica e escola de vida podia ser facilmente confundida com um conhecimento de tipo superior esotérico reservado a poucos iluminados, sendo o caminho contrario tomado pelo cristianismo onde aqueles que tinham sede poderiam vir e tomar destas águas.

Para o cristianismo a missão urgente não era a construção desta ponte e sim o anunciar das boas novas, e isso não significa que por esta razão o cristão eram iletrados, rudes e incultos como muitos vieram a afirmar, a explicação era que o evangelho oferecia uma resposta tão satisfatória a questão do sentido da vida, até então insolúvel que buscar na filosofia estas respostas parecia uma coisa sem interesse e em certos aspectos superada.

Isto é evidenciado ainda nos dias de hoje quando se pensa que o cristianismo defende o acesso à verdade como um direito universal, pois como vemos na historia da igreja, o cristianismo vai derrubar as barreiras raciais, sociais e sexuais ao anunciar a igualdade de todos perante Deus.

Assim sendo os primeiros pensadores do cristianismo apesar de tudo estima que eles tenham pela filosofia, sempre tiveram cautela, uma vez aqui pensavam ser o cristianismo a única filosofia segura e vantajosa para trazer respostas à grande inquietação da vida como vai encontrar em Clemente de Alexandria o termo para o cristianismo como sendo: a verdadeira filosofia. Eles diziam ser a proposta do salvador perfeita em si mesma, e não precisaria de apoio porque é à força do braço de Deus.

E neste confronto a filosofia grega passa a ser vista como um muro de vedação da verdade. Mas ao longo dos anos uma “amizade” vai sendo construída, ao ponto do cristianismo fazer uso de alguns conceitos da filosofia para exemplificar os seus conceitos.

Por isso é possível tanto encontrar críticas como perceber certo sincretismo no pensamento e estruturação do cristianismo, como vemos em Orígenes que recorre à filosofia platônica em seus vários elementos para elaborar assim a primeira forma de teologia cristã.

Naquele tempo a designação mesma de teologia e sua concepção como discurso racional sobre Deus ainda estava ligada a sua origem grega, mas a luz da revelação cristã o que antes era uma doutrina genérica sobre a divindade, passou a assumir um significado totalmente novo acerca da verdadeira doutrina a respeito de Deus.

Nesta construção

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