TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Empresas Brasileiras E A Criação De Valor Para Os Acionistas

Casos: Empresas Brasileiras E A Criação De Valor Para Os Acionistas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/8/2014  •  1.043 Palavras (5 Páginas)  •  385 Visualizações

Página 1 de 5

Introdução

Na ótica de finanças corporativas, criar valor significa obter resultado financeiro superior ao custo do capital empregado para produzi-lo.

Neste sentido, como demonstra o estudo do professor Oscar Malvessi sobre a utilização de metodologias de avaliação e gestão baseadas na geração de valor, poucas empresas brasileiras conseguem, de fato, gerar valor para seus acionistas.

A análise das possíveis razões que possam explicar o motivo de tão poucas empresas brasileiras de capital aberto criarem valor é o objetivo do presente estudo.

Possíveis razões para tão poucas empresas brasileiras de capital aberto criarem valor

Em comparação com o passado brasileiro de hiperinflação e fechamento econômico, atualmente temos um cenário de inflação controlada, abertura econômica e juros relativamente mais baixos.

Tal cenário de estabilidade e abertura econômica verificado nas últimas décadas aumentou sobremaneira a pressão por eficiência operacional das empresas, seja pela retirada do ruído dos ganhos inflacionários, seja pela inserção da concorrência internacional no nosso mercado.

No entanto, justamente por conta da abertura econômica, evidenciou-se a falta de competitividade da indústria nacional em comparação com o resto do mundo.

Neste sentido, estudo do FIESP identifica como sendo o “custo brasil” a principal causa da falta de competitividade da industria nacional e quantifica tal impacto ao demonstrar que o “custo brasil” associado à valorização do real encarece os produtos da indústria brasileira, em média, 34,2% em comparação com os parceiros comerciais e 38% em comparação com os países emergentes.

Além disso, razões culturais também podem explicar o motivo da baixa incidência de criação de valor pelas empresas brasileiras.

Tais razões se relacionam com as decisões de gestão das empresas em combinação com falha na governança coorporativa.

Neste sentido, as empresas não estão acostumas a utilizar indicadores que mensuram a criação de valor e, muitas vezes, tem foco na geração de resultados apenas de curto prazo.

Desenvolvimento

O conceito de Valor Econômico Adicionado (EVA) foi introduzido na literatura de finanças a partir da década de 60, nos Estados Unidos, com o patenteamento do termo “Economic Value Added” pela empresa de consultoria e auditoria Stern Stewart & Co.

Conceitualmente, o EVA é o valor obtido a partir do lucro líquido operacional da empresa após o imposto de renda, do qual se deduz o custo do capital empregado na sua geração, tanto próprio quanto de terceiros.

Em outras palavras, o EVA é o indicador de quanto valor foi adicionado em um período de tempo em dado empreendimento.

Nas últimas décadas, tal indicador vem sendo largamente utilizado, pelo mercado internacional, como ferramenta decisória de gestão e de investimentos.

De acordo com Oscar Malvessi, o EVA pode ser mensurado, entre outras, pela seguinte fórmula:

EVA = (Retorno observado sobre o investimento – CMPC) * investimento

Onde CMPC = Custo Médio Ponderado de Capital.

Assim, em dado empreendimento, o valor encontrado para o EVA pode variar tanto em função do retorno percentual obtido, quanto em função do CMPC.

Para exemplificar, vamos considerar um investimento de R$ 100.000,00 e verificar o EVA obtido em diferentes cenários.

Tabela 1 - EVA em função do Retorno sobre o Investimento (investimento de R$ 100.000 e CMPC de 10%)

Retorno Sobre o Investimento EVA

5% -500

10% 0

15% 500

20% 1.000

Fonte: Autor

Tabela 2 - EVA em função do CMPC (investimento de R$ 100.000 e retorno de 15%)

CMPC EVA

10% 500

15% 0

20% -500

25% -1.000

Fonte: Autor

Conforme verificado na Tabela 1, mantendo-se o CMPC constante, o empreendimento pode criar ou destruir valor dependendo do percentual de retorno ser maior ou menor do que o CMPC.

Da mesma forma, conforme verificado na Tabela 2, mantendo-se o retorno sobre o investimento constante, pode haver criação ou destruição de valor dependendo do percentual de CMPC ser maior ou menor do que o retorno obtido.

Assim, tanto fatores que influam no custo do capital empregado quanto no retorno sobre o investimento podem ter influência sobre a criação ou destruição de valor em dado empreendimento.

Neste sentido, as possíveis

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.4 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com