TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O ACORDO DE REPARAÇÃO DE DANOS

Por:   •  5/11/2019  •  Resenha  •  924 Palavras (4 Páginas)  •  235 Visualizações

Página 1 de 4

ACORDO DE REPARAÇÃO DE DANOS

Aluna: Júlia kelly Santana Gurgel

Grupo: Rebeca,Julia e Kaiki

Somente a quatro anos depois do incêndio da empresa Ultracargo, no litoral de São Paulo. Representantes do Ministério Público Federal, Estadual e da empresa assinaram, na quarta-feira 15 de maio de 2019, um acordo de 67,3 milhões, para indenização de pescadores artesanais e recuperação do meio ambiente. Uma série de medidas e investimentos serão executadas para compensar parte dos danos gerado à fauna marinha no Estuário de Santos.

        O incêndio da Ultracargo é apontado como o maior em área industrial do país e o segundo maior do mundo. Passaram mais de 197 horas de combate a chama, 118 profissionais, bilhões de litros de água do mar, que não permaneceu contido na área do terminal, que como consequência escoaram para o estuário e manguezal resíduos de combustível que afetaram o ecossistema. Aproximadamente 8 toneladas de peixes foram mortos, 142 espécies, 15 delas ameaçadas (sururu, mexilhão, caranguejo uçá, siri, robalo, tainha, camarão branco e camarão sete barbas), segundo laudo pericial criminal federal.

A área onde aconteceu o incêndio, no bairro Alemoa, acomodava 175 tanques com capacidade de até 10mil m3 cada um em uma área de 183.871m2. A Ultracargo armazena produtos como combustíveis, óleos, vegetais, etanol, corrosivos e químicos.

 Teve o total de seis tanques incendiados, sendo que quatro continham gasolina e dois continham etanol. Este incêndio apresentou muitas dificuldades para combate-lo; pois houve presença de múltiplos incêndios: incêndios estáticos em seis tanques e diques de contenção que originou incêndios dinâmicos. Os bombeiros tiveram dificuldades de acesso as proximidades dos tanques incendiados.

        Os tanques existentes na Ultracargo estavam muito próximos uns aos outros, o que possibilitou o alastramento do incêndio por radiação, aumentada ainda pela incompetência do sistema de resfriamento.

        Uma outra dos grandes obstáculos enfrentados pela equipe de combate a incêndio foi a presença de uma cobertura em uma rua interna na empresa que impossibilitava a entrada de viaturas. Caso não houvesse tal estrutura, essa rua seria estratégica para o combate e poderia ter diminuído o tempo da destruição. Por isso além do atendimento as normas, o sistema de incêndio deve ser corrigido e pesquisas de riscos deve ser efetuada para impedir situações como essa.  

        De acordo com o Ministério Público Federal, o fogo foi provocado por um erro operacional nas tubulações de sucção e descarga, que atuavam fechadas, provocando a explosão de uma válvula, houve perigo para os trabalhadores e ao patrimônio no entorno.

        A Ultracargo agiu com “dolo eventual”, um momento que assumiu os riscos de ocasionar poluição e demais impactos ambientais. Ao fracassar na admissão das medidas preventivas e também ao combate inicial das chamas, não administrar adequadamente a operação do sistema de bombas e pelo adequado funcionamento do sistema fixo de espuma de combate a incêndio, ao não se responsabilizar pelo acesso rápido de sua abrigada de incêndio às roupas de proteção individual e ao não evitar que os líquidos resultantes do combate ao incêndio escoassem para o estuário.

        O acordo parcial assinado em 15 de maio, deverá corrigir parcialmente o dano ambiental causado pelo incêndio, e deverá compensar parcialmente a comunidade pesqueira que foi diretamente abalada, em razão de que a água usada no combate às chamas contaminou o Estuário e os rios a redores. 28,7 milhões serão gastos para a compensação aos pescadores durante o primeiro ano do manejo de pesca (significa em não realizar a pesca em certas áreas atingidas pelo incêndio, certas espécies, em forma de rodizio). Ao longo desse período os pescadores serão gratificados com um salário mínimo mensal (atualmente 1.163 reais e 55 centavos) por um ano, com intuito de compensar os pescadores de 15 comunidades que participarem do projeto de manejo de pesca que irá auxiliar na recuperação da fauna marinha do local.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6.6 Kb)   pdf (81.4 Kb)   docx (10.2 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com