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O Início do turismo de saúde no Brasil e no mundo

Por:   •  22/5/2018  •  Resenha  •  2.070 Palavras (9 Páginas)  •  335 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ[pic 1]

SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE TURISMO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE TURISMO        

Disciplina: TEORIA E TÉCNICA DO TURISMO                                                 Código: HTT238              

Professor: DARIO LUIZ DIAS PAIXÃO                Carga: 75H                Validade: 2018/01

Nome do aluno: ANA CAROLINA GONÇALVES SILVA

RESENHAS

  1. PAIXÃO, Dario Luiz Dias. Thermae et Ludus: o início do turismo de saúde no Brasil e no mundo.

Neste artigo, Paixão fala sobre o turismo de saúde, os banhos medicinais, o turismo de cura, as estâncias e balneários, sobre a união do termalismo com os hotéis-cassinos e como o assunto influenciava em questões econômicas e culturais no Brasil e no mundo.

Desde a época do império romano as termas já eram lugares muito procurados por quem desejava higiene, cura e diversão. Estes lugares possuíam além dos banhos medicinais, ambientes destinados aos jogos. Entretanto, a igreja condenava as termas, pois eram locais que caminhavam na contramão dos costumes do cristianismo, já que algumas termas realmente se tornaram enormes prostíbulos.

O turismo de saúde gerou também as estâncias turísticas, que se definem como lugares onde pessoas buscam saúde, conhecimento ou descanso. Mas após o enorme destaque na Europa, investidores aliaram essa tranquilidade das estâncias e balneários aos alvoroçados cassinos. Essa união entre termalismo, cassinismo e paisagismo gerou, de acordo com Rejowski (2002) “a fase de maior glamour do turismo”.

O Brasil começou a receber turistas internacionais no início do século XX, na época a tendência eram os banhos de mar no litoral; e as estâncias hidrominerais, termais e climáticas no interior. O turismo de cura no Brasil teve seu maior destaque nas décadas de 1920 e 1930, principalmente nas cidades de Campos do Jordão, São Paulo e Caldas Novas.
Poços de Caldas também foi a cidade com um dos principais balneários e que atraiu um grande número de pessoas que buscavam por curas de doenças, lá surgiu o Palace Cassino que se tornou a maior estância hidromineral das Américas e gerou uma rentabilidade gigantesca.

Essa foi a época de destaque dos hotéis-cassinos no Brasil, já que em 1920 foi decretada a autorização para os jogos de azar nas estâncias balneárias no Brasil. A medida foi tomada visando uma recuperação nos serviços de Saúde Pública, onde o imposto do jogo custearia reformas no saneamento básico no interior do Brasil.
A elite ocupava os cassinos, onde ocorriam grandes eventos, como por exemplo os shows de Carmem Miranda no Cassino da Urca (RJ).
Enquanto a elite via os hotéis-cassinos como lugar para lazer, descanso, descontração, as classes populares viam com indignação, pois consideravam que estes locais não respeitavam a ética e a moral. Em 1946, o presidente Dutra ordenou o fim dos cassinos no Brasil, argumentando justamente que estes locais eram nocivos à moral e aos bons costumes.

O artigo de Paixão nos leva a conhecer melhor a relação entre os banhos e o jogo antigamente, a reabrir discussões sobre o retorno do termalismo e o cassinismo e sua influência no turismo.

Apesar dessa visão dos jogos de azar como imorais, muitos países ainda possuem cassinos, pois são utilizados como forma de arrecadação de dinheiro. No Brasil, apesar do fim dos cassinos, ainda é grande o número de casa de jogos ilegais e há o interesse da volta destes também como forma de arrecadar dinheiro para o país com a cobrança de impostos e atrair turistas.

  1. GRIEBELLER, M.; VIEIRA DE LIMA, R.; LEUCZ, T. As Viagens Nas Antigas Civilizações do Egito, da Grécia e de Roma – II Encontro Paranaense de Turismo e Hotelaria.        

O artigo mostra com detalhes como eram realizadas pelos romanos, gregos e egípcios as viagens na antiguidade, quais os meios de transporte, os perigos, a hospitalidade e os destinos.

Os romanos construíram estradas, pontes e aquedutos para a passagem dos que viajavam a procura de templos (pirâmides do Egito), festejos, banhos medicinais e os jogos olímpicos. Por razão dessas viagens, várias hospedarias foram surgindo pelas estradas onde os viajantes podiam descansar.

Já no século V, as viagens com fins de lazer e turismo tiveram enorme decréscimo devido ao fim do Império Romano. Somente veículos pesados podiam transitar e era preciso ser corajoso para enfrentar os perigos das estradas como, por exemplo, os assaltos.
Somente aos poucos, com a construção das cidades as viagens voltaram a crescer, pois celebrações religiosas eram realizadas e atraíam peregrinos e mercadores que vinham vender suas mercadorias. Mais tarde isso se tornou o que conhecemos como feiras.
Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela eram os lugares mais procurados por esses peregrinos. Jerusalém, inclusive, era considerada o centro do mundo para eles. Essas viagens também geraram o surgimento de pousadas e alojamentos pelas rotas europeias, alguns viajantes que estavam a pé acabavam buscando abrigo em qualquer casa pelo caminho.

Os gregos também buscavam as viagens por motivos religiosos e procura por banhos curativos. Eles não viajavam por lazer, somente por motivos religiosos, de saúde ou por razão dos jogos olímpicos.

O mar era a principal forma de deslocamento no período de 500 a 300 a.C., principalmente o Mediterrâneo, o que gerou o surgimento de cidades ao longo da costa, mas as vias terrestres também continuavam sendo muito utilizadas e aprimoradas para melhorar o percurso de quem viajava para os templos e para os jogos.

Os gregos eram considerados muito hospitaleiros na recepção dos atletas e dos mais ricos que viajavam para os jogos. Já os forasteiros dormiam ao relento, mas sempre acabavam encontrando festejos por ali. Com o número de visitantes aumentando, foram surgindo mais pousadas nas cidades, eram bem simples com apenas uma cama, sem janelas ou banheiros – mas haviam artesãs que ofereciam agrados aos viajantes.

Os egípcios viajavam em busca de riquezas e para construir monumentos como, por exemplo, as pirâmides. Também viajavam para o comércio, festas religiosas e até a procura de pedras para sarcófagos. Sempre voltavam de viagem carregados de mercadorias, o que era perigoso, pois os viajantes eram aterrorizados e saqueados por soldados no caminho. Entretanto, os soldados temiam as noites no deserto, então era nesse horário que os viajantes aproveitavam para descansar da viagem com tranquilidade.  
Os mais pobres viajavam a pé, enquanto a classe alta, como os faraós, viajavam a cavalo ou em bigas. O transporte aquático também teve destaque entre os egípcios, que, inclusive, criaram as velas triangulares.

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