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Turismo e geografia

Por:   •  2/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  368 Visualizações

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Geografia e Espaço Turístico

  • Clima
  • Por meio da interpretação dos climogramas, através dos dados de temperatura e umidade neles registrados, o profissional de turismo e o viajante poderão entender a dinâmica climática de diversas cidades, assim como suas localizações, envolvendo latitudes e hemisférios.
  • Além disso, facilita o entendimento das características dos principais fenômenos climáticos, como precipitações (chuva, neve, granizo).
  • É possível ver através das curvas dos climogramas se uma cidade está no hemisfério norte (curva voltada para cima) ou se uma cidade está no hemisfério sul (curva voltada para baixo).
  • Sendo assim, é de suma importância levar em conta o clima e as previsões meteorológicas, para poder melhorar o atendimento aos turistas e explorar de forma mais eficiente as potencialidades oferecidas do local.
  • Cartografia
  • Responsável pela confecção de documentos cartográficos que funcionarão como base para o desenvolvimento do turismo, possibilitando ao turista uma visão geral do espaço geográfico, completada com informações para seu planejamento e coordenação do tempo.
  • A simbolização que representam pontos de interesses turístico de uma forma sugestiva, simplificada ou esquemática.
  • Geomorfologia
  • As feições geomorfológicas constituem-se como importantes elementos para o desenvolvimento da atividade turística, porém, devido ao impacto negativo gerado pela exploração humana, o potencial turístico está sendo destruído por meio da desordem urbana, saturação e degradação dos meios naturais e culturais.
  • É necessário ao turismólogo compreender análises de dados geomorfológicos, em função de atividades feitas no solo (ou em outros locais), inserindo-se nos procedimentos de planejamento, manejo e tomada de decisão.
  • A atividade turística em todo o litoral brasileiro vem sendo uma das responsáveis pela degradação ambiental. A geomorfologia pode contribuir para a redução dos impactos e recuperação das áreas degradadas.
  • Feições geomorfológicas
  • Bacia hidrográfica: terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. Por efeito dos agentes erosivos, com alargamentos ou diminuição da área da bacia.
  • Baía: reentrância da costa menor que a de um golfo, pela qual o mar penetra no interior das terras.
  • Cabo: parte da costa que avança ao mar. Seu aparecimento está ligado à erosão diferencial, que deixa em saliência as rochas mais duras.
  • Cachoeira: queda d’água no curso de um rio ocasionada pela existência de um degrau em seu perfil longitudinal.
  • Cascata: sucessão de pequenos saltos em um rio nos quais aparecem blocos de rochas.
  • Caverna: concavidade subterrânea profunda, comum em terrenos calcários
  • Cordilheira: grandes massas de relevo saliente produzidas por orogenia.
  • Corredeira: desnivelamentos encontrados em um rio.
  • Desfiladeiro: passagem apertada, porém mais larga que a garganta. Permite a passagem de um vale para outro.
  • Dunas: Montes de areia móveis, depositados pela ação do vento dominante.
  • Enseada: reentrância da costa bem aberta em direção ao mar.
  • Falésia: formas de relevo litorâneas abruptas ou escarpadas em relação ao mar.
  • Garganta: passagem apertada e profunda de um vale, mais estreita que um desfiladeiro.
  • Geleira: massas de gelo formadas em regiões em que a queda de neve é superior ao degelo.
  • Gelo: água em estado sólido.
  • Geodo: pequena cavidade oca encontrada nas rochas
  • Golfo: ampla reentrância da costa, bem larga, na qual o mar penetra com profundeza
  • Gruta: cavidade de formas variadas que aparece mais frequentemente em rochas calcárias.
  • Iceberg: bloco de gelo oriundo dos continentes glaciais
  • Lagoa: depressão com formas variadas de profundidades pequenas com água doce ou salgada, sem ligação com o mar
  • Laguna: depressão com água salgada ou salobra, localizada na borda litorânea, tendo ligação com o mar.
  • Maré: fluxo e refluxo periódicos das águas do mar.
  • Meandro: semicírculos formados por rios em terrenos planos
  • Morro: feição pouco elevada, com altitude de 100m à 200m.
  • Olho d’água: designação dada aos locais em que se verifica o aparecimento de uma fonte ou mina de água. Podem fornecer água para comunidades pequenas e até grandes.
  • Pico: ponto culminante de uma montanha ou serra
  • Queda d’água: degrau existente no leito de um rio que causa interrupção na continuidade do declive.
  • Restinga: faixa de areia depositada paralelamente ao litoral.
  • Rocha: conjunto de minerais ou mineral consolidado.
  • Sambaqui: acumulo de moluscos marinhos, fluviais ou terrestres feito pelos autóctones passados.
  • Geologia
  • É a estrutura da paisagem física, onde a atividade turística irá se desenvolver. Ressalta-se, como exemplo, as formas do relevo, que condicionam traçados de estradas.
  • Exemplo de influência indireta da Geologia: cidade histórica de Ouro Preto, baseada na exploração mineral e em diversos movimentos políticos e culturais.
  • Condições para o bem-estar do turista em localidades muito altas, esculpidas pela ação geológica como Machu Picchu, podem atrapalhar a viagem ou minimizar o tempo de estadia.
  • A Serra do Mar, combinação entre cadeiras montanhosas e sua localização com altas temperaturas ao longo do ano, possibilitou a formação de ecossistemas únicos e a presença de espécies endêmicas que atraem turistas e pesquisadores.
  • As ilhas costumam ser também importantes destinos turísticos, e são formadas pela oscilação do nível médio dos mares, por meio das glaciações, pela combinação de placas geológicas divertes ou até pelo processo conhecido como hotspot, pontos de ascensão do magma.
  • Já o montanhismo pode ser considerado o maior exemplo da relação direta entre geologia e turismo. Deve ser levado em conta o conhecimento geológico ao se decidir um destino, por conta das características locais, o nível técnico do escalador e as facilidades e dificuldades para visita-lo.
  • As forças internas do planeta também se tornam atrativos turísticos quando tomam a forma de vulcões, associado às margens das placas tectônicas convergentes. No Havaí, o derramamento de lava no vulcão Kilauea atrai turistas diariamente que buscam apreciar esse fenômeno do interior da Terra.
  • Cânions são um dos lugares em que pode-se distinguir as cerca de quarenta camadas deposicionais que o formam.
  • Outra prática diretamente relacionada é o turismo em cavernas, onde se pode admirar as esculturas naturais desenvolvidas pelo gotejamento da água infiltrada pelas rochas, além das pinturas rupestres.
  • A arqueologia também tem um papel fundamental no turismo, onde a presença de fósseis se tornam atrativos turísticos em algumas localidades, como Sousa (PB).
  • Há ainda também os geoparques, territórios com área definida que abarca sítios de patrimônios geológicos-paleontológico de importância científica, raridade ou relevante beleza estética ou cênica.
  • O conhecimento das variações e mudanças que ocorrem na paisagem é fundamental para a implantação de práticas de planejamento ambiental e desenvolvimento do turismo. É fundamental na construção de saberes voltados para o planejamento sustentável e a conservação das paisagens.
  • Biogeografia
  • Largamente desenvolvida na prática do ecoturismo, valorizando as premissas ambientais, sociais, culturas e econômicas, possibilitando uma integração mais educativa e envolvente do turista com a região, o qual passa a respeitá-la e conservá-la.
  • O ecoturismo deve ser uma atividade econômica de pequena escala, menos impactante negativamente, e seus adeptos, pessoas conscientes com relação à preservação e conservação dos ambientes, proporcionando ao habitante local a valorização da região e a geração de renda.
  • As trilhas desempenham importante papel no manejo de áreas naturais, sendo o meio de contato dos homens com a natureza.
  • A atividade turística pode gerar degradação ambiental, desequilíbrio ecológico e deteriorar o ambiental natural como a impermeabilização da margem de rios para facilitar o acesso de turistas, ou instalação de iluminação artificial em áreas de caverna para facilitar a observação.
  • Em razão da alta aglomeração, os turistas podem destruir, por meio de pichações, erosão e lixo, os próprios recursos que vieram contemplar.
  • Outra preocupação é a exploração indiscriminada de elementos da natureza, como estrelas do mar, conchas, rochas, fósseis, entre outros. Esse fator atenta contra os valores ambientais de seus ecossistemas.
  • É necessário que seja realizada uma avaliação da capacidade de suporte e equilíbrio do local em que será desenvolvido o ecoturismo. Esse tipo de planejamento deve ser participativo, junto à população local.
  • É de uma importância a existência de áreas verdes em ambiente urbano, nos quais os moradores possam se exercitar, promover relaxamento mental e recreação, estabelecendo contato com a natureza, e havendo o aparecimento e conservação de espécies nativas.
  • Cultura
  • A organização de uma programação turística adequada par se conhecer os eventos mais tradicionais, incluindo-se as manifestações do patrimônio imaterial, deve contar com estruturas de apoio que incentivam a permanência de turistas no país
  • O procedimento legal para que os bens culturais referenciados sejam reconhecidos como tais é inscrevê-los nos livros do tombo do Iphan, ou dos tombamentos estudais e municipais. Assim, esses bens tornam-se fonte de referência para a nação, valorizando-os, e tornando-os objeto de curiosidade, atraindo o turismo.
  • É assim em todas as partes do mundo, mas a maior parte dos cidadãos brasileiros ainda não se encontra culturalmente preparada para compartilhar a conservação desses bens e se identificar com eles.
  • Associar o turismo a bens patrimoniais, é um meio de preservá-los. Para isso, o turismo organizado deve oferecer atendimento especial, que incluem informações sobre os lugares, itinerários, guias, acomodações, transportes e outras provisões que facilitem e produzam resultado em cadeia, já que o turista irá repassar essas informações a um turismo espacial.
  • O resultado é o aumento da receita dos locais para onde essa estrutura de turismo oferece melhores condições, onde a paisagem cultural demonstra ter valor suficiente para agradar a quem viaja.
  • Os turistas mais interessados buscarão conhecer a origem e o desenvolvimento posterior dessas comunidades. Os ambientes urbanos tornaram-se multiculturais, o que é um fator de grande atratividade. O turismo acolhe uma variedade imensa de anseios por novas experiências e interação com outras culturas.
  • As cidades do presente, foram um dia, cidades do passado, guardando em sua rede urbana elementos que as distinguem como parte da história dos povos milenares ou de acontecimentos memoráveis. O Brasil é um país novo e aberto para as diversas etnias que contribuíram para a riqueza cultural que possuímos, existindo uma gama enorme de possibilidades de união entre cultura e turismo.
  • Equilibrar cultura e turismo não é uma tarefa simples, pois embora sejam convergentes em determinados pontos, o tratamento que se deve dar a cada um, depende de ações pontuais e específicas que, às vezes, vão na contramão do interesse econômico provocado pelo grande fluxo de pessoas e pelas possibilidades de lucro e cujas práticas são predatórias ao patrimônio.
  • Muitas vezes, o turismo pode ser desumano em muitos espaços, com consequências que dificultam as práticas e representações culturais de determinado grupo social, que são substituídas por culturas de massa.
  • Para que o turismo se manifeste como uma atividade respeitosa e valoriza as raízes identitárias e o ambiente cultural onde está inserido, é preciso que haja integração entre a preservação do patrimônio cultural e estruturação e promoção do turismo, e que existam projetos urbanísticos que deem prioridade à comunidade local.
  • Geopolítica
  • A compreensão da geopolítica se torna necessária no âmbito do turismo em virtude dos dados étnicos, culturais, sociais e econômicos de cada país para melhor informação ao turista, e proporcionar uma viagem sem maiores surpresas.
  • A dinâmica econômica do turismo, associada à existência de um aparato normativo e regulador dessa atividade no Sistema Internacional (assegurados pela OMT), permite se pensar na organização de atividades turísticas cooperativas entre as nações.
  • Uma das características da nova geopolítica, a valorização dos territórios de inclusão, podem levar a um turismo de massa em regiões transfronteiriças, como a fronteira de Brasil, Paraguai e Argentina, com a presença de uma tríade de atração turísticas que associe compras, tecnologia e natureza. A geopolítica e o turismo impõem a perspectiva da solidariedade e da integração.

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