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A Formação Docente Fichamentos

Por:   •  9/10/2018  •  Resenha  •  4.397 Palavras (18 Páginas)  •  124 Visualizações

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 Formação docente: percepções de professores ingressantes na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro.  Maria das Graças C. de Arruda Nascimento e Rosemary F. dos Reis

  • Qualidade de ensino:

Possuir um espaço coletivo de trabalho, onde os professores têm a oportunidade de estar em contato com seus pares para estudar, refletir sobre suas práticas, buscar coletivamente soluções para os problemas encontrados e construir um projeto coletivo, tem sido considerado como um importante fator de desenvolvimento profissional. pg. 58

  • Inserção do profissional na rede estadual:

Chamou atenção o fato de que, no momento inicial de inserção profissional, a maioria dos professores não tivesse participado de qualquer tipo de formação promovida pelo  sistema de ensino como preparação prévia  entre a sua chegada à escola e a entrada em  sala de aula. pg 59

Essa ausência de uma ação institucional especificamente voltada para a inserção   profissional na rede, também pôde ser constatada  na entrevista realizada com a professora que  atuava na “gerência do ensino fundamental”,  no nível central do sistema. p.59

  • Insuficiência das estratégias que regularmente são utilizadas pelos sistemas de ensino para uma mudança nas práticas educativas.

As opiniões dos professores que afirmaram ter participado de ações formativas promovidas pela Secretaria de Educação se dividiram entre  aquelas que as consideraram como pouco relevantes para a melhoria da prática em sala  de aula (56,9%).

Tais resultados, a nosso ver, conforme vem sendo recorrentemente sublinhado pela literatura sobre o tema, servem para indicar a insuficiência das estratégias que regularmente são utilizadas pelos sistemas de ensino para uma mudança nas práticas educativas. (pg.60) Fatores que têm sido apontados como razões para essa insuficiência:

 - Atitude normativa e prescritiva em relação aos  professores, desconsiderando o saber que esses constroem em suas práticas, a distância entre os que concebem as propostas e as realidades das escolas, o clima de confrontação entre os sistemas e o magistério, dada a negação de salários justos e condições de trabalho satisfatórias, entre  muitos outros (NASCIMENTO, 1997). pg.60

 - o fato de muitos dos professores estarem cumprindo uma carga horária de  trabalho bastante elevada, sem tempos e espaços  previstos para realizarem estudos e trocas de  experiências ou para um acompanhamento mais  próximo por parte dos gestores, nesse momento  de inserção profissional. pg60

  • Justificativas dos professores quanto a não participação em ações formativas:

Inexistência de estratégias para que o professor possa se ausentar da sala de aula. Alguns professores  informaram que sequer tomam conhecimento  dessas ações, escassez dessas ações,  à falta de tempo, à desorganização de algumas  iniciativas e aos locais onde ocorrem as  palestras e cursos.. pg.60

Esses depoimentos, em alguma medida, confirmam a ausência de uma política pública voltada para o fortalecimento das ações formativas dentro das escolas. pg 61

  • Professor pesquisador:

O estudo apontou para uma percepção relativamente positiva dos professores iniciantes acerca da contribuição da formação inicial, destacando-se as reflexões sobre vários aspectos da realidade educacional brasileira, as participações em atividades acadêmicas complementares, principalmente nos grupos de pesquisa que despertaram nesses professores a inquietação diante da complexa realidade docente, colocando-os em constante indagação e busca de melhores práticas, num processo permanente de formação e os estágios vivenciados. Contudo, os resultados indicam também, conforme evidenciado pela literatura sobre o tema, a inexistência de uma formação de professores dos anos iniciais mais preocupada com uma preparação docente para o ensino dos conteúdos específicos das diferentes áreas do conhecimento. pg.62

No que se refere à inserção profissional  e à formação continuada, o que se constatou foi uma ausência, até aquele momento, de uma política voltada para a inserção dos novos professores. Observou-se também que algumas orientações e intenções manifestadas no âmbito do nível central do sistema não chegam de forma similar para toda a rede. pg.62

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FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFISSÃO DOCENTE; António Nóvoa (*)

  • Apontamentos históricos:

Ao longo do século XIX consolida-se uma imagem do professor, que cruza as referências ao magistério docente, ao apostolado e ao sacerdócio, com a humildade e a obediência devidas aos funcionários públicos. pg.02

Simultaneamente, a profissão docente impregna-se de uma espécie de entre- dois, que tem estigmatizado a história contemporânea dos professores: não devem saber de mais, nem de menos; não se devem misturar com o povo, nem com a burguesia; não devem ser pobres, nem ricos; não são (bem) funcionários públicos, nem profissionais liberais; etc. pg. 02

Neste período, uma série de fenômenos configuram uma verdadeira mutação sociológica do professorado, primeiro dos professores do ensino primário e, mais tarde, dos professores do ensino secundário; cite-se, a título de exemplo, a consolidação das instituições de formação de professores, o incremento do associativismo docente, a feminizarão do professorado e as modificações na composição socioeconômica do corpo docente. Verifica-se um reforço da tutela estatal e dos mecanismos de controlo dos professores, mas igualmente uma maior afirmação autônoma da profissão docente (2). pg.03

ADOLFO LIMA, E EUSÉBIO TAMAGNINI, estes dois autores representam perspectivas educativas e ideológicas claramente diferenciadas, mas coincidem na necessidade de delimitar o espaço de autonomia da profissão docente, com base numa especialização adquirida em instituições de formação: ADOLFO LIMA FALA DO PODER, no caso vertente em relação ao recrutamento de professores; EUSÉBIO TAMAGNINI fala do saber, reportando-se à concretização pedagógica do ensino. pg.04

- ESTADO NOVO:

Durante o Estado Novo, o Estado exerce um controlo autoritário dos professores, inviabilizando qualquer veleidade de autonomia profissional: a degradação do estatuto e do nível científico insere-se nesta estratégia de imposição de um perfil baixo da profissão docente. Por outro lado, o investimento missionário (e ideológico) obriga o Estado a criar as condições de dignidade social que salvaguardem a imagem e o prestígio dos professores, nomeadamente junto das populações. pg.05

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