A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Resumo

Reconhecer a importância da literatura infantil e incentivar a formação do hábito de leitura na idade em que todos os hábitos se formam, isto é, na infância, é o que este artigo vem propor. Neste sentido, a literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa. O presente estudo inicia com um breve histórico da literatura infantil, apresenta conceitos de linguagem e leitura, enfoca a importância de ouvir histórias e do contato da criança desde cedo com o livro e finalmente esboça algumas estratégias para desenvolver o hábito de ler.

Palavras-chave: Educação, Literatura Infantil, Leitura, Desenvolvimento da criança.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6

2.1 Contextualizando Literatura Infantil 7

2.2 A literatura e os estágios psicológicos da criança 10

2.3 Contextualizando Literatura Infantil 12

2.4 A importância de ouvir histórias 15

2.5 Literatura Infantil: Linguagem Oral e Escrita 18

3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 20

4 JUSTIFICATIVA 21

5 PROBLEMATIZAÇÃO 22

6 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 23

7 AVALIAÇÃO 28

8 CONCLUSÃO 29

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31

ANEXOS 32

1 INTRODUÇÃO

O estudo realizado tem como objetivo, apontar a contribuição da literatura infantil no desenvolvimento social, afetivo e cognitivo da criança. Por muitos anos, a educação preocupou-se em colaborar para a formação de um ser crítico, responsável e atuante na sociedade. Isso porque vivemos em uma sociedade onde as trocas sociais acontecem rapidamente, seja através da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual.

Dessa forma, a escola procura compreender e desenvolver na criança a capacidade da leitura e da escrita e mostrar como a literatura infantil pode influenciar de forma positiva neste processo. Neste sentido, Bakhtin (1992) aborda que a literatura infantil por ser um instrumento motivador e desafiador, é capaz de modificar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável por sua aprendizagem, que saiba compreender o meio em que vive e transformá-lo de acordo com a sua necessidade.

Este projeto busca enfocar a importância que a literatura infantil tem, ou seja, mostrar que ela é fundamental para a aquisição de conhecimentos, recreação, informação e interação necessárias ao ato de ler. Conforme Silva (1992, p.57) "bons livros poderão ser presentes e grandes fontes de prazer e conhecimento. Descobrir estes sentimentos desde bebezinhos poderá ser uma excelente conquista para toda a vida."

Apesar da grande autoridade que a literatura desempenha na vida da criança, consisti no adiantamento emocional ou na competência de expressar melhor suas idéias, em total, de acordo com Machado (2001), elas não gostam de ler e fazem-no por obrigação. Mas enfim, por que isso acontece? Quem sabe seja pela ausência de modelo dos pais ou dos educadores, talvez não.

O que se compreende é que a literatura apoia toda a tradição fundadora e questionadora, não está sendo oprimida como deve ser nos colégios, e isto acontece em ampla parte, pela pouco conhecimento dos professores. A concepção acadêmica, excepcionalmente não dá ênfase à leitura e esta é uma posição contraditória, pois segundo explicação de Machado (2001, p.45) "não se contrata um instrutor de natação que não sabe nadar, no entanto, as salas de aula brasileira estão repletas de pessoas que apesar de não ler, tentam ensinar".

Existem dois fatores que colaboram para que a criança desperte o desejo pela leitura: curiosidade e modelo. Neste significado, o livro necessitaria ter a acuidade de uma televisão inclusa no lar. Os pais precisariam ler mais para os filhos e para si próprios. No entanto, de acordo com a UNESCO (2005) somente 14% da população tem o hábito de ler, portanto, pode-se afirmar que a sociedade brasileira não é leitora. Nesta expectativa, cabe o colégio desenvolver na criança o uso de ler por gozo, não por comprometimento.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Hoje a ideia de literatura infantil é muito mais ampla e importante do que em anos atrás. Ela permite à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo indiscutíveis. Segundo Abramovich (1997) quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara, sentimentos que têm em relação ao mundo. As histórias afligem dificuldades existenciais peculiares da infância, como amedrontamento, sentimentos de cobiça e de cuidado, curiosidade, dor, estrago, além de informarem intermináveis assuntos.

É através de uma história que se pode descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outras regras, outra ética, outra ótica...É ficar sabendo história, filosofia, direito, política, sociologia, antropologia, etc. sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula (ABRAMOVICH, 1997, p.17)

Dessa forma, quão mais cedo a criança tiver relação com os livros e compreender o prazer que a leitura causa, maior será a possibilidade de ela tornar-se um adulto leitor. Da mesma forma pelo meio da leitura a criança pega uma postura crítico-reflexivo, muito acentuado à sua concepção cognitiva.

Quando a criança escuta ou lê uma história e é bom de interpretar, pesquisar, oscilar ou debater sobre ela, atinge uma influência mútua verbal, que neste caso, vem ao encontro dos conhecimentos de linguagem de Bakhtin (1992). Para ele, o confronta mento de conceitos, de pensamentos em afinidade aos textos, tem sempre um modo coletivo, social.

A leitura é um artifício no qual o leitor atinge um trabalho ativado de constituição do sentido do texto. Segundo Coelho (2002) a leitura, no sentido de compreensão do mundo é condição básica do ser humano.

O ato de leitura,

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