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A Mulher Negra no Mercado de Trabalho

Por:   •  4/8/2019  •  Dissertação  •  891 Palavras (4 Páginas)  •  228 Visualizações

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Rede SESI Adonias Filho

Ana Luiza de Andrade Cunha

Mulher Negra no Mercado de Trabalho

Ilhéus, Ba

Ana Luiza de Andrade Cunha

Mulher Negra no Mercado de Trabalho

Relatório apresentado a

Rede SESI Adonias Filho,

Como parte das exigências,

Sobre a Mulher Negra

no Mercado de Trabalho.

Ilhéus-Bahia, 10 de agosto de 2018.

Prof.

Mulher Negra no Mercado de Trabalho

Mesmo com a abolição da escravidão, o racismo é evidente em todo o mundo. E as mulheres negras além de sofrerem pela discriminação racial, sofrem por causa do machismo em uma sociedade “avançada”.

Há uma série de esforços internos de vários países que tentam igualar os direitos negados às populações negras por meio de pressão internacional com tratados construídos em 1945. Mais especificamente falando em igualdade racial, estão a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as formas de Discriminação Racial (1965) e a Convenção da ONU sobre a eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1966).

A famosa abolição da escravidão, mesmo sendo abolida há três séculos atrás, deixou marcas profundas, apesar da posse do corpo ter acabado, a discriminação ainda persiste. Segunda dados do Instituto de Pesquisa Economia Aplicada (IPEA), a situação é alarmante: mais de 60% das mulheres assassinadas entre 2001 e 2009 eram negras. O Mapa da Violência 2015, divulgado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), aponta também que em um ano, morreram 66,7% mais mulheres negras do que brancas no País, um avanço de 54% em 10 anos. E é nessa luta que as mulheres negras mostram sua resistência por sofrer dupla discriminação: de raça e de gênero.

Precisamos lembrar também que praticamente metade da população é de negros. E mesmo assim continuamos em uma cultura enraizada, que não nos deixa claro quem é quem. A mesma pessoa que defende Martin Luther King, é a mesma que discrimina o negro de todas as formas, tanto com “piadas”, ou as atravessadas de rua.

Nem todo brasileiro reconhece que vive em um país de essência negra, dificilmente a mídia mostra a realidade do nosso querido país. O Brasil de várias etnias por de trás do mundo um país preconceituoso, onde não sabemos quem é quem. Pode-se dizer que 20% das mulheres negras no mercado de trabalho preenchem cargos em trabalhos domésticos, onde somente 1/3 são contribuintes da previdência social.

Mesmo com a mesma função e nível de escolaridade a mulher se rebaixa ao homem, até porque uma mulher branca precisa de 5 a 8 anos de escolaridade, para ter um salário superior ao homem. E a mulher negra precisa de 8 a 11 anos de escolaridade. Enquanto o salário médio de um trabalhador branco é de 1.000 reais, o da mulher negra é de 396 reais, menos de um salário mínimo.

Até mesmo a mídia não está fora desse olhar hipócrita. O movimento feminista conseguiu conquistar alguns direitos, que quebraram grandes barreiras sociais, na atual situação das mulheres negras não houve mudança significativa.

Existe uma ditadura da beleza, imposta aos meios de comunicação, e certo rigor com as mulheres, transformando elas em um tipo de produto descartável, e de maneira apreciativa aos olhos publicitários. Um estilo de beleza temporária, pois quando você não for o perfil de uma sociedade é descartada, que é comercializada, e que gera grandes marcas de produtos, que é altamente lucrativa. E as mulheres negras são totalmente espalhadas e colocadas de uma forma inferior ao padrão de beleza imposto pela sociedade atual: mulheres loiras, brancas

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