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A história da polícia de homicídio

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Por:   •  2/10/2014  •  Resenha  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  259 Visualizações

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Resenha: Rota 66 – A História da Polícia que Mata

Barcellos,Caco. Rota 66 – A História Da Polícia Que Mata. 14ª edição. Rio de Janeiro. Editora Record, 2012.

Thayane Matos Martins de Paula – Jor 1A, C

Ganhador do Prêmio Jabuti na categoria reportagem em 1993, o livro Rota 66, escrito pelo jornalista Caco Barcellos, é um apanhado de várias histórias ocorridas entre a década de 1970, e o começo de 1990, sobre mortes envolvendo as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) como matadora e – na maioria dos casos – inocentes como vítima, além de momentos em que o jornalista conta o que viveu em sua carreira.

Barcellos começa o livro na terceira pessoa, porém no decorrer do texto mistura suas ideias, fazendo uma miscigenação entre as histórias das vítimas contadas sem nenhuma opinião, e sua própria história dentro disso, sendo então um narrador onisciente.

O livro é iniciado com a perseguição de um fusca com jovens brancos de poder aquisitivo alto pela ROTA, o que era incomum, já que, na maior parte do tempo, só perseguiam e matavam os de baixa renda, negros e pardos. Os adolescentes eram acusados de roubar um toca-fitas (o que estavam fazendo por vingança, e não pelo simples fato de roubar), e o resultado foi a morte injusta dos três garotos. O escritor expõe o custo da missão, que foi muito alto, o suficiente para comprar mais de 90 toca-fitas do que foi roubado (e ainda destruído durante o tiroteio, ou seja, os supostos assaltantes foram mortos de graça), além do trabalho dos policiais em fazer todo o ensaio para a troca de tiros (que não aconteceu por parte das vítimas, que estavam desarmadas) e para o deslocamento dos corpos até o hospital, que só fizeram para não ter como investigarem o local do crime.

Além deste caso, são retratadas também as mortes de outros inocentes, e em todos a Rota tem o mesmo procedimento: dar um tiro na cabeça (e vários outros pelo corpo, mas o na cabeça é a marca registrada), “roubar” os documentos, colocar as digitais do morto em uma arma, levar ao hospital e dizer que houve troca de tiros por parte da vítima. E o pior é que eles fazem isso por pura maldade, sabem que as pessoas que entram em seus caminhos não têm nem ao menos ficha criminal (embora alguns tenham) e mesmo assim torturam, espancam, e matam, sem se importarem com o que a morte daquela pessoa pode causar para sua família.

Caco Barcellos então lista alguns policiais e mostra informações de cada um, dos que matam mais e como o fazem, além de colocar dados sobre as mortes no geral: do total de 4.179 vítimas que foram identificadas, 1.932 eram brancas, 2.012 eram negras e o restante não foi possível saber a cor da pele. Com isso, é possível identificar o claro preconceito dos matadores em relação às etnias, além da pura perversão ao fazer algo como esses homicídios.

Apesar de retratar toda a violência, Caco também mostra a dificuldade de ser jornalista, principalmente quando é necessário lidar com o sofrimento de pessoas e gente que acha que o jornalismo só expõe mentiras, um trecho do livro mostra bem isso: “Temos a obrigação de perseguir a verdade e o que mais estamos ouvindo gritarem contra nós é a palavra ‘mentira’.” E é mostrado também que quando

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