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Brinquedoteca

Abstract: Brinquedoteca. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  10/10/2013  •  Abstract  •  1.317 Palavras (6 Páginas)  •  353 Visualizações

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A brincadeira é uma atividade voluntária e consciente, é uma forma de atividade social infantil onde a característica é a imaginação os e diversos significados da vida, favorece uma ocasião educativa única para a criança. Sendo assim, é através da brincadeira que a criança representa o discurso externo e o interioriza construindo o seu próprio pensamento, desenvolvendo assim suas potencialidades.

Neste sentido a brinquedoteca assume uma grande responsabilidade, pois é um espaço onde a criança passa a vivenciar situações do seu cotidiano e a criar e desenvolver sua própria personalidade, valores, ética e atitudes diante outras criança.

Brinquedoteca Municipal Brincastelo de Nerópolis-Go

A brinquedoteca foi construída inteiramente com recursos próprios da Prefeitura Municipal de Nerópolis na área da antiga Praça Raimundo Santana Amaral, no centro da cidade, ocupando uma superfície total de 1.635,22 m2 (325,93 m2 de área construída, 557.19 m2 de área verde e 752,10 m2 de área pavimentada).

A Brincastelo, como diz o nome, tem a forma de um castelo. É constituída por 9 áreas independentes (casinhas e quiosques, ligadas por estreitos caminhos entre canteiros de flores e plantas), todas em tijolo à vista e madeira:

• As Torres (administração e recepção);

• A Sala dos Brinquedos;

• Os banheiros;

• A cozinha com refeitório;

• A Sala da Fantasia (sala das oficinas);

• A Videoteca e Biblioteca;

• O Teatro e o camarim;

• O parquinho das Aventuras com a ponte suspensa;

• O Quiosque Livre (para brincadeiras e atividades artísticas ao ar livre).

A brinquedoteca pode ser considerada uma realidade nova no panorama educacional brasileiro. As primeiras brinquedotecas começaram a surgir no Brasil a partir dos anos 80. Desde o começo se diferenciaram radicalmente das chamadas Toy Libraries (brinquedotecas surgidas na Inglaterra a partir de 1967, que efetuam o empréstimo de brinquedos), pois favoreciam a permanência das crianças na própria estrutura. Por isso se caracterizaram, desde o começo, como espaços educativos, criados com o objetivo de proporcionar estímulos para que a criança pudesse brincar livremente, exercer seus direitos (principalmente o direito à infância), em respeito às suas necessidades afetivas, emocionais, lúdicas e criativas. Além disso, a brinquedoteca atua como integradora da educação formal, possibilitando o encontro entre o cognitivo e todos os aspectos da personalidade humana muitas vezes esquecidos pela atual sociedade (emoções, medos, afeto, corporiedade, criatividade, liberdade, ludicidade, cultura e arte).

A FORMAÇÃO DO BRINQUEDISTA

Os objetivos da brinquedoteca também delineam-se e diferenciam-se de acordo com a formação da equipe de recursos humanos que organiza o projeto. Intencionalmente ou não, esses profissionais perpassam, através de suas atividades e intervenções, as idéias e os conhecimentos que se consolidaram em sua formação profissional. Faz-se senhor que a formação acadêmica ou a capacitação provejam conhecimentos teórico-práticos capazes de desenvolver no brinquedista habilidades e competências que orientem o seu trabalho na brinquedoteca. Desse modo, possibilitando-lhe ser capaz de entender, valorizar e apreciar o brincar da criança. Além disso, deve ser uma pessoa que goste do quê faz e seja capaz de admirar e valorizar sentimentos que aparecem no cotidiano da criança. ‘‘Seja uma pessoa com sensibilidade, entusiasmo, determinação, dinamismo, que chora, que ri, que canta e que brinca’’ (Santos, 1997, p.100)

O brinquedista deve ser um profissional que saiba intervir quando necessário. ‘‘Ao adulto cabe intervir através de sugestões, propostas, estímulos e reforços’’(Silva, 2001, p.154), entretanto e para tanto, ele precisa se preparar.

Por outro lado, deve-se fazer o possível para que a presença do adulto não altere completamente o brincar da criança. Quando estiver por perto, ou diretamente brincando com a criança, ele deve tornar-se um parceiro na brincadeira. ‘‘O desafio do adulto reside em construir uma relação que permita à criança ser agente da sua própria brincadeira, tendo na figura dele um parceiro de jogo que a respeita e a estimula cada vez mais ampliar seus horizontes’’(Oliveira, 2000, p.32). Consideramos ser este um dos desafios dos adultos ao lidar com o mundo infantil: a linha tênue que separa as necessidades do mundo adulto e aquilo que ele acredita ser importante para a criança no desenrolar do ato de brincar.

Para sabermos quais as características necessárias para tornar-se um brinquedista, nos embasamos na literatura de Negrini (1997) onde são destacados três pontos a serem desenvolvidos junto a um profissional que trabalhe com atividades lúdicas. São elas: a ‘‘formação teórica’’, segundo a qual o brinquedista dever ter uma compreensão sobre o desenvolvimento das crianças e as teorias dos jogos, bem como sobre as suas interrelações; a ‘‘formação pedagógica’’, na qual é de fundamental importância a vivência das ações na prática, fazendo com que tudo aquilo que fora compreendido na teoria, seja cinco relacionado em suas ações, um fenômeno que conhecemos como práxis; finalmente, segundo ele, a mais importante, a ‘‘formação pessoal’’, cuja idéia é permitir ao profissional a vivência das brincadeiras e dos jogos com os quais ele irá trabalhar, para torná- lo capaz de

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