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DIVERSIDADE LÍNGUISTICA, CULTURAL E HISTÓRICA NA ESCOLA E NA SOCIEDADE

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Por:   •  28/10/2014  •  3.608 Palavras (15 Páginas)  •  663 Visualizações

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TRABALHO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

DIVERSIDADE LÍNGUISTICA, CULTURAL E HISTÓRICA NA ESCOLA E NA SOCIEDADE

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas:

Sociedade e Diversidade no contexto educacional; Processo educativo no contexto histórico e filosófico; Comunicação e linguagem;

Seminário I

Profs,: Okçana Battini;

Fábio Luiz da Silva

Bernadete Strang

Márcia Bastos

Lilian Salete Alonso M. Lima

Tutora eletrônica: Cintia Cristina Cervejeira

Tutora de sala: Aline Borscheid

Chapecó

2013

INTRODUÇÃO

Não há no mundo alguém que seja totalmente igual a outro alguém. Pelo que dizem, ainda não há ninguém clonado entre nós e, mesmo que tivéssemos, duvido que seria igual ao original porque viveria num outro tempo e lugar, passaria por outras experiências, conheceria outras pessoas, ouviria outras músicas, enfim, teria outra interação com as pessoas e seus costumes. Nem nós mesmos somos hoje o que fomos ontem, não é mesmo? As coisas mudam e mudam com uma rapidez cada vez maior, espanto de nossos tempos atuais.

Enfim, somos tão diferentes uns dos outros que foi preciso construir uma Declaração Universal dos Direitos Humanos, num determinado momento de nossa história (1948), para nos lembrar que, na origem, todos somos também iguais por termos algo em comum que nos distingue dos outros seres. Isso foi uma conquista da humanidade e podemos, ou melhor, devemos nos incluir nessa conquista e nesta humanidade, sentindo-nos responsáveis por manter e ampliar os direitos fundamentais ali expressos e a nossa experiência humana individual e coletivamente.

Diferentes, queremos assim continuar e não deixar que a igualdade nos descaracterize. Iguais, queremos também assim permanecer e ainda ampliar essa igualdade perante a lei, nossa igualdade jurídica, formal, para não permitir que nossas diferenças nos inferiorizem uns em relação aos outros.

É exatamente isso que tememos tanto: que as diferenças sejam um motivo de desigualdades, que questões como sexo, cor de pele, religião, orientação sexual, condições físicas, classe social, idade, entre outras tantas diferenças objetivas que temos, assumam uma relevância que determine o tipo de relação que teremos com a sociedade, com o amor, com o trabalho, com a cultura, com os bens e riquezas produzidos, com o futuro, com a vida, enfim. Afinal, mesmo quando temos algumas características marcantes, básicas, como o fato de ser homem ou mulher, isso não pode determinar ganharmos mais ou menos, ocuparmos lugares de comando ou apenas de subordinação, pertencermos à classe social ou outra, sermos aceitos para algumas coisas e não para outras.

DIVERSIDADE

O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideais variáveis em torno de um assunto concretos de faculdade, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.

Imagine se os mais de 6,5 bilhões de habitantes do planeta fossem iguais. Não teria graça, não é mesmo? A diversidade é uma das maiores riquezas do ser humano no planeta e a existência de indivíduos diferentes numa cidade, num país, com suas diferentes culturas, etnias e gerações fazem com que o mundo se torne mais completo.

Mas essa convivência só se torna possível se as diferenças forem respeitadas. A humanidade sempre teve reações variadas pelas diferenças que percebiam entre si e os vários povos com os quais tinham contato.

Aspectos culturais e físicos imediatamente perceptíveis da singularidade dos “outros”, como vestimentas; ornamentos corporais; estatura; cor da pele, cabelos e olhos; e língua, ressaltavam a singularidade mais aparente. Os “costumes” mais estranhos, porém, sobressaiam aos que tinham a oportunidade de passar um certo tempo maior entre os “estrangeiros” e outras diferenças mais profundas entre os povos só poderiam ser apreendidas por um olhar mais detalhado.

Segundo Maggie (op. cit. : 226), foi a partir do século XVI, com a expansão colonial européia, que caracteres como a cor da pele e outros traços físicos dos povos encontrados por exploradores passou a ser um aspecto privilegiado no imaginário europeu, como marcador das diferenças entre os povos.

A associação do tema diversidade à promoção da igualdade ganhou destaque a partir dos anos 60. Nessa época, um conjunto de mobilizações sociais na sociedade norte-americana, conhecido como “Luta pelos direitos civis”, resultou na criação de leis que buscavam minimizar a desigualdade de oportunidades entre os segmentos da sociedade, nomeadamente aquelas de natureza étnico-racial.

Este processo de articulações sociais voltadas à defesa dos direitos humanos e ao estabelecimento da igualdade de oportunidades ocorreu em paralelo à expansão geográfica de uma série de empresas, processo conhecido como globalização.

Frente a esse contexto, os gestores passaram a se deparar com o desafio de conciliar as demandas internas das empresas com as demandas sociais, pautadas pela busca de justiça social e equidade dos segmentos sociais que compõem a força de trabalho.

No Brasil, ao contrário do que postula o senso comum, as políticas de valorização da diversidade, que estão fortemente vinculadas às políticas de ação afirmativa, surgem no país em 1931, no início do primeiro governo Getúlio, ano em que o país aprovava a primeira lei de cotas de que se tem notícia nas Américas: a Lei da Nacionalização do Trabalho, ainda hoje presente na CLT, que determina que dois terços dos trabalhadores das empresas sejam nacionais.

Com o surgimento da Justiça do Trabalho, também naquele período, o Direito do Trabalho inaugurava uma modalidade de ação afirmativa que até hoje considera o colaborador hipossuficiente, favorecendo-o na defesa judicial dos seus direitos.

Em 1968, o Congresso instituía cotas nas universidades, por meio da chamada Lei do Boi, cujo artigo primeiro prescrevia: “Os estabelecimentos de ensino médio agrícola e as escolas

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