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Escola Jônica

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Por:   •  6/10/2013  •  Tese  •  2.344 Palavras (10 Páginas)  •  372 Visualizações

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cFilósofos pré-socráticos é o nome pelo qual são conhecidos aqueles filósofos da Grécia Antiga que, como sugere o nome, antecederam a Sócrates. Essa divisão propriamente, se dá mais devido ao objeto de sua filosofia, em relação à novidade introduzida por Platão, do que à cronologia - visto que, temporalmente, alguns dos ditos pré-socráticos são contemporâneos a Sócrates, ou mesmo posteriores a ele (como no caso de alguns sofistas).

Primeiramente, os pré-socráticos, também chamados naturalistas ou filósofos da physis (natureza - entendendo-se este termo não em seu sentido corriqueiro, mas como realidade primeira, originária e fundamental¹, ou o que é primário,fundamental e persistente, em oposição ao que é secundário, derivado e transitório²), tinham como escopo especulativo o problema cosmológico, ou cosmo-ontológico, e buscavam o princípio (ou arché) das coisas.

Posteriormente, com a questão do princípio fundamental único entrando em crise, surge a sofística, e o foco muda do cosmo para o homem e o problema moral.

Os principais filósofos pré-socráticos (e suas escolas) foram:

• Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaximenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;

• Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;

• Escola Eleática: Xenófanes, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melisso de Samos.

• Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

• Escola eclética: Diógenes de Apolônia, Arquelau de Atenas.

Índice

[esconder]

• 1 Doxografias, a obra de Diels-Kranz e os fragmentos

• 2 Escola Jônica

o 2.1 Tales de Mileto (624--548 a.C.) DK11

o 2.2 Anaximandro de Mileto (611-547 a.C.) DK12

o 2.3 Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) DK13

o 2.4 Parmênides de Eléia

o 2.5 Heráclito de Éfeso DK28

o 2.6 Empédocles DK31

o 2.7 Demócrito e a Teoria Atômica DK55

o 2.8 Xenófanes de Colofon DK21

• 3 Escolas Italianas

o 3.1 Pitágoras de Samos

o 3.2 Escola Eleática

• 4 Segunda Fase do pensamento pré-socrático

o 4.1 Escola atomista

o 4.2 Anaxágoras de Clazômena

• 5 Referências

• 6 Bibliografia

• 7 Ligações externas

Doxografias, a obra de Diels-Kranz e os fragmentos[editar]

Na atualidade não é conservada nenhuma obra completa de filósofos pré-socráticos. Platão e Aristóteles tinham acesso a várias delas e talvez alguma chegou à Biblioteca de Alexandria. Na Escola de Alexandria circulavam compilações conhecidas posteriormente como "doxografias", do grego δόξα (doxa) = opinião + γραϕή (grafé) = escrito, ou "conversações" (gr.: ἀρέσκοντα, lat.: placita). Em particular, era atribuída a Teofrasto uma doxografia com o nome Opiniões dos físicos, (grego: Φυσικῶν δοχῶν), que seria uma compilação e comentários de fragmentos de pré-socráticos1 . Hermann Diels realizou uma edição dessas fontes com o nome Doxographi Graeci (tr. "Doxografia Grega"). Por serem as doxografias um conhecimento de segunda mão, surge a questão: até que ponto podemos confiar nas doxografias? A resposta de Barnes é que as doxografias não são dignas de confiança e que devemos nos fundar nas mesmíssimas palavras dos pré-socráticos2 .

Diels continuou o seu trabalho no final do século XIX com uma compilação de testemunhos e fragmentos dos pré-socráticos espalhados por diversas obras antigas, publicando esse material com o nome Die Fragmente der Vorsokratiker (tr. Os fragmentos dos pré-socráticos)3 que se transformou na obra de referência sobre o tema. Posteriormente, Walther Kranz organizou novas edições dessa obra, que passou a ser conhecida como Diels-Kranz. No meio acadêmico é comum utilizar a citação padronizada de Diels-Kranz para os pré-socráticos. Por exemplo, DK22B53 é o fragmento (B) 53 de Heráclito (capítulo 22), no qual expressa que "a guerra é o pai de todas as coisas".

Escola Jônica[editar]

Tales de Mileto (624--548 a.C.) DK11[editar]

Atribui-selo a Tales a afirmação de que "todas as coisas estão cheias de deuses", o que talvez pode ser associado à ideia de que o imã tem vida, porque move o ferro. Essa afirmação representa não um retorno a concepções míticas, mas simplesmente a ideia de que o universo é dotado de animação, de que a matéria é viva (hilozoísmo). Além disso, elaborou uma teoria para explicar as inundações no Nilo, e atribui-se a Tales a solução de diversos problemas geométricos (exemplo: teorema de Tales). Tales viajou por várias regiões, inclusive o Egito, onde, segundo consta, calculou a altura de uma pirâmide a partir da proporção entre sua própria altura e o comprimento de sua sombra. Esse cálculo exprime o que, na geometria, até hoje se conhece como teorema de Tales.

Tales foi um dos filósofos que acreditava que as coisas têm por trás de si um princípio físico, material, chamado arché. Para Tales, o arché seria a água. Tales observou que o calor necessita de água, que o morto resseca, que a natureza é úmida, que os germens são úmidos, que os alimentos contêm seiva, e concluiu que o princípio de tudo era a água. Com essa afirmação deduz-se que a existência singular não possui autonomia alguma, apenas algo acidental, uma modificação. A existência singular é passageira, modifica-se. A água é um momento no todo em geral, um elemento.

Principais fragmentos:

• “...a Água é o princípio de todas as coisas...”.

• “... todas as coisas estão cheias de deuses...”.

• “... a pedra magnética possui um poder

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