Pegada Ecológica

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Valter Rodrigo Lima Franco

PEGADA ECOLÓGICA

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Salvador - Bahia

 2015

RESUMO

        O trabalho consiste da execução do Quiz disponível no sítio Ecological Footprint: Center of Sustainable Economy, referente ao cálculo da Pegada Ecológica do entrevistado, cujo resultado é dado em hectares de terra necessários para atender as mecessidades de uma sociedade com o estilo de vida do entrevistado, e de uma breve análise da influência do poder aquisitivo nesse cálculo.

SUMÁRIO

1.        OBJETIVO        

2.        INTRODUÇÃO        

3.        METODOLOGIA        

4.        DISCUSSÃO DO RESULTADO        

5.        CONCLUSÃO        

6.        REFERÊNCIAS        

1. OBJETIVO

Por meio do Quiz disponível no sítio Ecological Footprint: Center of Sustainable Economy, cujo login e senha foram cedidos pelo docente, calcular a Pegada Ecológica a fim de verificar se os padrões de consumo estão dentro da capacidade do planeta e estudar hábitos e recursos que podem ser adotados para a redução da mesma.

1. INTRODUÇÃO

Denomina-se Pegada Ecológica de um país, cidade ou de uma pessoa, de acordo com William Rees e Mathis Wackernagel, o correspondente à extensão de áreas produtivas de terra e de mar necessárias para conceber produtos, bens e serviços que sustentam determinados estilos de vida. Ou seja, a conversão do tamanho da área, em hectares, que uma pessoa (ou toda a sociedade com o estilo de vida de uma pessoa) utiliza, em média, para se sustentar. (WWF)

Segundo CIDIN & SILVA (2004), a Pegada pode ser resumidamente fundamentada em três princípios: sustentabilidade, equidade e overshoot. O princípio da sustentabilidade, visando a capacidade do planeta em absorver e regenerar os resíduos, busca atender as necessidades das gerações humanas do presente e do futuro. Em cossonância com a sustentabilidade, ainda segundo os autores supracitados, a equidade diz respeito ao uso que se faz dos recursos naturais por todos no cenário mundial e, uma vez limitada a biosfera, o capital natural de que hoje dependemos e dependerão as futuras gerações será liquidado, posto que este limite já tem sido excedido, provando que é impossível chegar à equidade por meio do crescimento econômico quantitativo apenas. Estando escassos os materiais e serviços, passa-se a caminhar em direção ao overshoot (que significa ultrapassagem na tradução literal) e, portanto a natureza não poderá mais se regenerar.

1. METODOLOGIA

- A partir do login e senha cedidos pelo docente, fora acessado o site myfootprint.org e iniciou-se o Quiz disponível no mesmo, sendo este constituído de vinte e sete (27) perguntas pessoais;

- As vinte e sete questões foram separadas em seis grupos de duas, quatro e cinco perguntas, sendo estes:

1. Informações sobre localização da residência, número de habitantes residentes e renda anual da família;
2. Pegada de Carbono: área necessária para absorver as emissões de carbono geradas pelo uso de energia em cada e transporte;
3. Continuação da Pegada de Carbono: recursos e hábitos de economia de energia;
4. Pegada de Alimentos: área necessária para cultivo de vegetais e animais e área necessária para absorção de carbono emitido a partir do processamento e transporte dos alimentos;
5. Pegada de Habitação: área ocupada pela cada e área necessária para fornecer os recursos utilizados na construção e manutenção da casa;
6. Pegada se Produtos e Serviços: área necessária para fornecer itens de consumo comprados e para absorver carbono gerados a partir da fabricação, transporte e eliminação de resíduos.

- Após o término do Quiz, foram dados o resultado dos cálculos da Pegada Ecológica e feitas comparações com as Pegadas médias do país em que reside o entrevistado.

1. DISCUSSÃO DO RESULTADO

Tendo em vista que estudos demonstram que desde os anos 80 a demanda da população mundial por recursos naturais é maior do que a capacidade do planeta em renová-los e que dados mais recentes indicam que estamos utilizando cerca de 25 % a mais do que o que temos disponível em recursos naturais (WWF), bem como o poder aquisitivo do meio em que vive o entrevistado, torna-se possível afirmar que bons resultados foram obtidos, se comparados às médias do país em que reside o mesmo (Figura 1).

Figura 1 - Minha pegada em hectares (ha) globais por categoria de consumo.

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Fonte:  1 - Resultado do Quiz disponível no Ecological Footprint: Center of Sustainable Economy.

        Observando-se ainda a figura acima é possível visualizar que as pegadas de carbono, de habitação e de bens e serviços foram menores que as mesmas pegadas médias do Brasil, enquanto a pegada de alimentação mostrou-se de valor equivalente. Tais respostas podem ser justificadas no fato do entrevistado cromprar/consumir somente o necessário, fazer maior parte dos trajetos de transporte coletivo e possuir hábitos de economia (o que, de certa forma, alude ao baixo poder de compra, se comparado à média dos países desenvolvidos e, portanto, com maiores médias de pegada ecológica), bem como o investimento do Estado no consumo de energias sustentáveis e/ou limpas. A pegada de alimentação acaba por se enquadrar na média do país pelo fato do entrevistado ter um número de refeições dentro também da média do número e do estilo de refeições diárias dos brasileiros que se encaixam na dita nova classe média, que compreende cerca de 51,89% da população brasilira, de acordo com estudos realizados por Neri (2008).