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Supervisao Escolar

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Por:   •  30/1/2015  •  847 Palavras (4 Páginas)  •  698 Visualizações

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A educação brasileira compreendida a partir de determinantes históricos apresenta-se em constantes mudanças de acordo com os interesses de classe, prevalecendo os interesses dominantes.

Ao longo dos anos, com uma visão progressista, avaliam-se as metodologias visando o favorecimento de uma educação a serviço da transformação social. A escola passa ser entendida como a interventora entre o educando e o mundo da cultura construída socialmente.

A ação supervisora, parte integrante do processo educacional tem sua origem, segundo Folquié apud Saviani (2006, p. 14) nos primórdios das comunidades primitivas, onde a educação se dava de forma difusa e diferenciada. O

tipo de produção de existência se dava de forma coletiva, ou seja, para se apropriar dos meios de vida trabalhavam coletivamente. A educação coincidia com a própria vida, sendo uma ação espontânea. Os adultos educavam, de forma indireta, por meio de uma vigilância discreta, protegendo e orientando as crianças pelo exemplo, supervisionando-as de acordo com Keffler apud Saviani (2006, p. 15) “a supervisão deve aparecer aos olhos dos alunos como uma simples ajuda às suas fraquezas”.

No Brasil, a idéia de supervisão aparece a partir de 1549, no plano de ensino formulado pelo Padre Manuel da Nóbrega. Foi destacada, principalmente após sua morte, com adoção do “Ratio Studiorum”, em 1570.

Com a instituição das reformas pombalinas, especificamente em 28 de junho de 1759, com a expulsão dos Jesuítas e a extinção do seu sistema de ensino foram criadas as aulas régias, ficando descaracterizado a função do supervisor concentrada no prefeito dos estudos. Nesta fase da história, Saviani (2006, p. 22) apresenta a nova função do supervisor:

(...) a idéia de supervisão englobava os aspectos políticos administrativos (inspeção e direção) em nível de sistema concentrados na figura do diretor geral, e os aspectos de direção,coordenação e orientação do ensino, em nível local, a cargo dos comissários ou diretores dos estudos, os quais operavam por comissão do diretor geral dos estudos.

Com a Independência do Brasil, são instituídas as escolas de primeiras letras, em 15 de outubro de 1827, foi determinado o “método de ensino mútuo” onde o professor absorvia a função de docência e de supervisão. Segundo Almeida apud Saviani (2006, p. 22):

Durante as horas de aula para as crianças, o papel do professor limitou-se a supervisão ativa de círculo em círculo, de mesa em mesa, cada círculo e cada mesa tendo à sua frente um monitor, um aluno mais avançado, que ficava dirigindo. Fora destas horas, os monitores recebiam, diretamente dos professores, uma instrução mais completa, e não era raro ver os mais inteligentes adquirirem a instrução primária superior.

Esse modelo durou pouco tempo, em 1834, o Império postula que essa função seja exercida por agentes específicos. Como apresenta Almeida apud Saviani (2006, p 23):

(...) as escolas de ensino mútuo, por uma razão qualquer, não correspondem às nossas esperanças: eu me velo obrigado a confirmar esta observação. O bem do serviço, Senhores, reclama imperiosamente a criação de um Inspetor de Estudos, ao menos na capital do Império. É uma coisa impraticável, em um país nascente, onde tudo está para ser criado, e com o péssimo sistema de administração que herdamos, que um ministro

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