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Supervisão Escolar

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Por:   •  6/10/2013  •  3.171 Palavras (13 Páginas)  •  1.486 Visualizações

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Supervisão Escolar

Professora:

Aluna:

Questões:

1- O que caracteriza a supervisão escolar?

2- Como a supervisão escolar foi constituída historicamente no Brasil?

3- Que paralelo pode-se fazer entre a supervisão escolar nos moldes da LDB 5.692/71 (tecnicista) e as novas diretrizes da formação, especialmente com a LDB 9.394/96?

4- Como caracterizar a ética do profissional supervisor escolar? Que importância tem esse tema?

5- Comente a necessidade do compromisso político da supervisão escolar na articulação do projeto coletivo da escola.

6- Qual seria o perfil do supervisor necessário?

7- O que você conhece a respeito da atuação de supervisores nas escolas? O que você pensa sobre isso?

Respostas

Questão 1

1- Supervisão Escolar é o processo que tem por objetivo prestar ajuda técnica no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades educacionais em nível de sistema ou unidade escolar, tendo em vista o resultado das ações pedagógicas, o melhor desempenho e o aprimoramento permanente do pessoal envolvido na situação ensino-aprendizagem. Segundo esse conceito, os supervisores escolares têm uma grande responsabilidade na orientação e acompanhamento do desenvolvimento do ensino. Suas participações têm início no planejamento dos programas, prossegue no desenvolvimento das atividades e no estabelecimento do esquema de avaliação integral do aluno. A ação supervisora não se restringe aí, pois cabe também ao supervisor escolar observar e assessorar o desempenho dos professores. Este desempenho será tanto melhor, quanto maior for a integração e o preparo do professor. O rendimento do ensino é basicamente uma resultante da atuação dos professores, considerando-se que é a eles que está entregue a responsabilidade da formação dos alunos. Há, na relação docente-professor, um sistema de cooperação mútua.

Questão 2

2- No Brasil, a ideia de supervisão aparece a partir de 1549, no plano de ensino formulado pelo Padre Manuel da Nóbrega. Foi destacada, principalmente após sua morte, com adoção do “Ratio Studiorum”, em 1570.

Com a instituição das reformas pombalinas, especificamente em 28 de junho de 1759, com a expulsão dos Jesuítas e a extinção do seu sistema de ensino foram criadas as aulas régias, ficando descaracterizado a função do supervisor concentrada no prefeito dos estudos. Nesta fase da história, Saviani (2006, p. 22) apresenta a nova função do supervisor:

(...) a ideia de supervisão englobava os aspectos políticos administrativos (inspeção e direção) em nível de sistema concentrados na figura do diretor geral, e os aspectos de direção,coordenação e orientação do ensino, em nível local, a cargo dos comissários ou diretores dos estudos, os quais operavam por comissão do diretor geral dos estudos.

Com a Independência do Brasil, são instituídas as escolas de primeiras letras, em 15 de outubro de 1827, foi determinado o “método de ensino mútuo” onde o professor absorvia a função de docência e de supervisão. Segundo Almeida apud Saviani (2006, p. 22):

Durante as horas de aula para as crianças, o papel do professor limitou-se a supervisão ativa de círculo em círculo, de mesa em mesa, cada círculo e cada mesa tendo à sua frente um monitor, um aluno mais avançado, que ficava dirigindo. Fora destas horas, os monitores recebiam, diretamente dos professores, uma instrução mais completa, e não era raro ver os mais inteligentes adquirirem a instrução primária superior.

Esse modelo durou pouco tempo, em 1834, o Império postula que essa função seja exercida por agentes específicos. Como apresenta Almeida apud Saviani (2006, p 23):

(...) as escolas de ensino mútuo, por uma razão qualquer, não correspondem às nossas esperanças: eu me velo obrigado a confirmar esta observação. O bem do serviço, Senhores, reclama imperiosamente a criação de um Inspetor de Estudos, ao menos na capital do Império. É uma coisa impraticável, em um país nascente, onde tudo está para ser criado, e com o péssimo sistema de administração que herdamos, que um ministro presida ele próprio aos exames, supervisione as escolas e entre em todos os detalhes.

Em 1854, a reforma Couto Ferraz, estabeleceu uma supervisão permanente. As atribuições eram a de supervisionar todas as escolas, colégios, casas de educação, estabelecimentos de instrução primária ou secundária, públicas ou particulares, cabendo-lhe também presidir exames dos professores e conferir-lhes o diploma, autorização de abertura de escolas particulares e correção de livros.

Vários foram os debates que se travaram no final do período monárquico, apresentando a necessidade de uma organização de um sistema nacional de educação. Saviani (2006, p. 24) apresenta que “neste contexto, a idéia de supervisão vai ganhando contornos mais nítidos ao mesmo tempo que as condições objetivas começaram a abrir perspectivas para se conferir a essa idéia o estatuto de verdade”.

No início do período republicano, com a reforma da instrução pública de São Paulo, Casemiro dos Reis Filho discorda das atribuições burocráticas sobre as técnicas pedagógicas na função do inspetor e afirma, segundo Almeida apud Saviani (2006, p. 24), que “burocratizar a ação educativa é fazer incidir sobre a rotina a preocupação do inspetor, que deveriam ser orientadores”. No entanto, não houve consolidação desta reforma, ficando a direção e a inspeção de ensino sob a responsabilidade de um inspetor geral, em todo o estado, auxiliado por dez inspetores escolares, voltando-se a prática anterior.

O Estado Novo, período caracterizado por uma ideologia antiliberal e antidemocrática marcada por uma política de corte fascista que pretendia eliminar todas as forças de resistência no país (BRZEZUSKI, 1996), foi palco da criação do curso de Pedagogia (Decreto Lei Nº 1190 de 4 de abril de 1939). Tal Decreto instituiu o chamado “Padrão Federal”, cujo objetivo era formar bacharéis e licenciados para as áreas específicas e para o setor pedagógico. Segundo Abdulmassihe e Rodrigues (2007), o licenciado em Pedagogia devia fazer o curso de Didática que o habilitava para a docência das disciplinas específicas

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