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Por:   •  7/4/2014  •  1.826 Palavras (8 Páginas)  •  1.218 Visualizações

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Olá, aluno!

Vamos começar o curso refletindo sobre o conceito de texto. Nós nos comunicamos sempre por meio de textos, mas, afinal, o que é um texto?

O conceito de texto

Será que uma única palavra pode ser um texto? Observe os exemplos abaixo:

Exemplo (1)

Exemplo (2)

(Disponível em http://goo.gl/ZX8FDS)

ATENÇÃO

Atenção!

2

Exemplo (3)

(Disponível em http://goo.gl/FGEHck)

Observe que, nos exemplos (2) e (3), temos um contexto comunicativo, em que a palavra “Atenção” está transmitindo uma ideia. Por isso, temos dois textos diferentes. No entanto, a palavra “Atenção”, apresentada isoladamente, como no exemplo (1), não caracteriza um texto. Podemos até dizer que se trata de uma palavra da Língua Portuguesa, o que ela significa, mas, nesse caso, não temos um contexto de produção. Portanto, não temos um texto.

Será que não podemos ter um texto sem o uso de palavras? Podemos sim. A imagem a seguir ilustra bem a transmissão de uma mensagem sem o uso de palavras. Temos, portanto, um texto não verbal.

(Disponível em http://goo.gl/CEQpCt)

Desse modo, podemos nos comunicar por meio de textos verbais e também de textos não verbais. Sempre que fazemos uso de palavras, sejam elas faladas ou

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escritas, estamos produzindo um texto verbal. Por outro lado, quando comunicamos uma ideia sem o uso de palavras, teremos um texto não verbal.

O texto escrito

Em nosso curso, teremos como foco o texto verbal escrito. Vimos que um texto verbal faz uso de palavras como sinais de comunicação, mas será que apenas ao utilizá-las já teremos um texto? Veja o exemplo abaixo:

“O assédio em si trás no meio um poder aquisitivo escondendo ao trabalho, assim podendo fazer e refazer, adicionando o sentido, junto a essa conduta de mulher ideal. Não querendo ser prejudicial ao método agressivo, mas ao jeito decisivo a maneira pela força que o traz da forma de agir. A teimosia circunstancial vem devido ao exotismo da participação com credibiloso contraste à elevacidade do adultério da simples cena de uma turbulência a um ser precioso”. (Trecho de dissertação de um aluno do ensino médio/MEC – Provão. Disponível em http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2013/02/textos-incoerentes.html)

O exemplo apresentado, embora pareça um texto, de fato, não o é. Apesar de fazer uso de palavras da nossa língua, combinadas segundo suas regras internas, ele não faz sentido. Observamos até mesmo a criação de algumas palavras que não existem na língua (“credibiloso”, “elevacidade”). No entanto, para que um texto seja um texto e não uma sequência de frases sem sentido, é preciso que ele tenha textualidade. Beaugrande e Dressler (1983), citados em Val (1999), apresentam sete fatores responsáveis pela textualidade: coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade. Em nossas aulas, vamos nos ater a apenas dois fatores* que estão, diretamente, relacionados aos elementos linguísticos do texto: a coesão e a coerência.

*Os outros cinco fatores - intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade – estão relacionados a fatores pragmáticos que envolvem o processo de comunicação. Esses fatores estão, portanto, relacionados ao contexto de uso.

Vamos entender a coesão textual?

A coesão textual

A coesão textual refere-se ao aspecto formal do texto. Ao produzir um texto, precisamos que as ideias que o compõem estejam bem articuladas, formando um todo coeso. Conseguimos estabelecer a coesão do texto ao escolher determinados elementos que promovem, nele, referências e relações, articulando entre si as várias partes do texto. Como conseguimos isso?

Há alguns recursos que podem ser utilizados por nós para tornar o nosso texto coeso. Podemos usar determinados elementos para:

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1) retomar elementos já mencionados no texto ou que ainda serão mencionados.

2) estabelecer relações de sentido entre as partes do texto, encadeando-as.

Como retomar elementos já mencionados no texto ou que ainda serão mencionados? Vamos aos exemplos?

A coesão referencial

No texto a seguir, é possível perceber como a expressão “o psicólogo alemão John Drury” (l. 2) será retomada ao longo do parágrafo.

“É, até a ciência entrou em cena e deixou um incentivo extra para você ir às ruas: participar de protestos faz bem à saúde (...). Sim, cientificamente comprovado pelo psicólogo John Drury, da Universidade de Sussex, no Reino Unido. Ele coletou 160 histórias depois de fazer longas entrevistas com 40 ativistas. Todos relembravam os acontecimentos com felicidade e euforia. “Só de contar os eventos, eles já sorriam”, diz Drury. Além disso, segundo o psicólogo, a participação em protestos está associada com vários indicadores de bem-estar: fortalecimento do sistema imunológico, redução de dores, ansiedade e depressão.” (“Protestar faz bem à saúde” – Carol Castro, 28/06/13. Disponível em http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/)

No exemplo apresentado, podemos perceber a utilização de itens lexicais plenos (“Drury” e “o psicólogo” (l. 5)) e de itens gramaticais (o pronome “ele” (l. 3)) para retomar um referente já apresentado: “o psicólogo alemão John Drury”.

Itens lexicais plenos: repetições, sinônimos, hiperônimos, hipônimos, nomes genéricos, expressões nominais definidas, nominalizações.

Veja exemplos:

I- Repetições: Comprou o carro, mas o carro estava com problemas.

II- Sinônimos: A menina estava feliz. A garota amou a boneca.

III- Hiperônimos: Comprei um cachorro. O animal alegrou a família.

IV- Hipônimos: Paulo comprou flores e deu as rosas para

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