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Por:   •  25/5/2014  •  1.350 Palavras (6 Páginas)  •  258 Visualizações

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Guia de como elaborar um Projeto de Documentário*

Prof. Dr. Cássio Tomaim

Departamento de Ciências da Comunicação

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)/Cesnors

Este guia foi pensado exclusivamente para atender às necessidades da disciplina Laboratório de Telejornalismo III, do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/Cesnors), que tem como objetivo a realização de um vídeo documentário.

Introdução

Qualquer projeto de documentário começa com uma boa e ampla pesquisa sobre o assunto a ser abordado. As idéias para um documentário só começam a ganhar corpo quando são colocadas no papel. Por isto a importância do documentarista elaborar com cuidado o seu projeto, pois é nele que toda a equipe irá se apoiar na hora da produção. É nele que estarão informações sobre a idéia do vídeo, como iremos usar a(s) câmera(s) e equipamentos em geral, quem são nossos personagens sociais, o que eles têm a ver com a história que iremos contar, como pretendemos nos relacionar com estes personagens etc. Por fim, são estas e outras tantas questões que irão nos ajudar a formatar o nosso documentário.

Projetando um documentário

Então, um projeto de documentário deve conter os seguintes itens:

1. Sinopse

Deve ser descrita a idéia original do vídeo, aquela que irá ser traduzida em um projeto audiovisual. Do que se trata o documentário? O que será abordado? Veja que a preocupação é descrever do que se trata o documentário e não como será abordado pelo diretor. Isto é em outro item. Por exemplo, o filme Tiros em Columbine , de Michael Moore, retrata o fascínio que os norte-americanos têm por armas de fogo, tendo como gancho o atentado no colégio Columbine em que dois adolescentes assassinaram 14 estudantes e um professor. No máximo 6 linhas.

2. Argumento

É a apresentação da temática que será tratada no documentário. É o espaço que o roteirista tem para apresentar os principais dados levantados pela pesquisa em relação ao tema proposto. É a hora de defender a idéia do documentário, dar argumentos (históricos, sociais, econômicos, culturais, políticos etc) que justifiquem a importância de transformar aquele tema em um produto audiovisual. No máximo 1 página.

3. A Proposta

Descrever a proposta formal do vídeo. Que documentário estamos propondo? Veja que não se trata de apresentar o tema ou a sua importância, isto já foi feito nos itens anteriores, é preciso que agora o roteirista trabalhe a idéia do documentário. A quê este documentário se pretende? Quais os objetivos com este documentário em relação à temática abordada? Mostrar, discutir, debater, focalizar, explorar, promover, questionar, etc. são algumas das palavras-chaves que nos ajudam na hora de escrever a proposta. Sempre existe um por quê em fazer um documentário. Qual é o seu? Em geral, o que motiva um documentarista é a oportunidade de conhecer, de ter um contato com uma realidade diferente da sua. É deste contato com o outro que nasce o documentário. Então, cabe ao roteirista traduzir as intenções do diretor com a realização do documentário. No máximo 1 página.

Para exemplificar podemos citar o filme Babilônia 2000, de Eduardo Coutinho. O diretor e sua equipe sobem o morro Babilônia, no Rio de Janeiro, com a proposta de registrar o cotidiano de alguns moradores do local na véspera da virada do ano 1999/2000. O documentário procura mostrar que, apesar daquelas pessoas humildes se envolverem com o festejo da virada do século, este rito de passagem muda muito pouco a vida delas. O filme busca uma resposta a pergunta: o que estas pessoas podem esperar do novo século que se inicia?

Neste item, o roteirista pode apontar documentários ou outras referências que se assemelham a proposta evidenciada.

4. Descrição do(s) Objeto(s)

Se fazer documentário é objetivar a realidade, isto nos leva a definir qual(is) o(s) nosso(s) objeto(s) que merece(m) ser retratado(s). Neste caso, os objetos para um documentário podem ser personagens sociais, materiais de arquivo, manifestações da natureza e etc. Entretanto, é preciso que fique claro ao documentarista que nem sempre ao lidar com seus objetos implica em um grau zero de subjetividade, pelo contrário, pois o próprio fazer cinematográfico implica na existência de um sujeito-da-câmera, em um olhar subjetivo diante da realidade. Até mesmo lidando apenas com materiais de arquivo, na hora da seleção e montagem o olhar subjetivo prevalece, uma vez que o documentário é uma obra criativa, inventiva e interpretativa da realidade que sempre irá pressupor um sujeito.

Neste sentido, é preciso que o roteirista descreva o(s) seu(s) objeto(s). Procurar evidenciar quem são, qual a importância destes para o filme, qual a relação destes com a temática. No máximo 5 linhas para cada objeto apontado.

No entanto, é preciso que se saiba que os personagens apontados devem ser aqueles que aceitaram participar do filme em um acordo firmado com a equipe de produção do documentário na época da pesquisa. Se caso o documentário for baseado em “povo-fala”

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