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A ALFABETIZAÇÃO E O LETRAMENTO EM PARCERIA

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Por:   •  3/10/2013  •  3.794 Palavras (16 Páginas)  •  498 Visualizações

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A ALFABETIZAÇÃO E O LETRAMENTO EM PARCERIA

RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso teve como objetivo verificar até que ponto a prática pedagógica do professor, reflexo da sua concepção teórica acerca da alfabetização, interfere na aprendizagem da escrita. Para atender a esse intento, revisitam-se teorias sobre alfabetização, linguagem e ensino com intuito de abordar alguns paradigmas teóricos sobre a aquisição da escrita, além de observar como a habilidade de escrita está sendo trabalhada na escola e, a partir daí, confrontar a prática pedagógica à luz das teorias. A alfabetização e o letramento caminham juntas, pois o que almeja-se é formar sujeitos que compreende-se aquilo que é lido e escrito.

Palavras-chave: Alfabetização, Letramento e Práticas pedagógicas.

INTRODUÇÃO

A alfabetização é uma etapa fantástica na vida das crianças e adultos, pois é através da mesma que as pessoas adquirem conhecimento e percebem o sentido de muitas palavras e seus afins.

O estudo reflete sobre os temas de alfabetização e letramento, através do mesmo pode-se compreender que o letramento é usado para designar o domínio, por parte do indivíduo, do registro escrito da língua, em situações concretas de uso; ou seja, possuir letramento é ser capaz de lidar com a língua escrita nas mais diversas práticas sociais. O objetivo desse estudo é compreender como se dá esse processo.

Estuda-se também o processo da alfabetização na EJA. Entende-se que vivemos em um mundo letrado, pois essa realidade faz parte da vida de todo ser humano desde o nascer, pois vivemos em um mundo repleto de letras. Para dar continuidade no estudo foi feita uma pesquisa bibliográfica, cujo o principal objetivo é compreender os processos de alfabetização e letramento desde os tempos do ensino tradicional até os dias de hoje.

A ALFABETIZAÇÃO E SUAS TEORIAS

Ludmila Miranda dos Santos (2013) afirma que “a história da educação no Brasil perpassa por questões políticas e ideológicas e se configura de acordo com a realidade histórica de cada época. O ensino da língua materna também se dá nesses moldes”.

Até final do século XIX, ensinar Língua Portuguesa era basicamente ensinar gramática, retórica e poética; havia uma espécie de metodização do ensino da leitura e da escrita e uma ênfase na norma padrão.Em decorrência das novas exigências da sociedade, com o avanço da industrialização e a necessidade de uma grande massa trabalhadora qualificada, a língua passou a ser vista como um instrumento de comunicação e reconfigurou-se em direção ao desenvolvimento do sistema capitalista no século XX.A partir dos anos 80, com a efervescência de pesquisas e com a colaboração de novos teóricos, novas abordagens metodológicas foram surgindo, tendo em vista a superação dos problemas relacionados ao aprendizado da leitura e da escrita, principalmente nas escolas públicas do país.( SANTOS, 2013, p.14)

Santos apud Cagliari (2002, p.11) afirma que a necessidade de acompanhar o vertiginoso desenvolvimento do saber e da tecnologia no mundo de concorrências foi um dos critérios para a inserção da classe popular na escola, pois se sabe que, por um longo período da história da educação, o saber era privilegio de poucos, apenas daqueles que detinham o poder.

1.1 LETRAMENTO EM SEU SENTIDO ESTRITO

Silva apud Soares (2004) diz que o vocábulo letramento é usado para designar o domínio, por parte do indivíduo, do registro escrito da língua, em situações concretas de uso; ou seja, possuir letramento é ser capaz de lidar com a língua escrita nas mais diversas práticas sociais. A concepção de letramento distingue-se do que se compreende por alfabetização, embora autores que se dedicam aos estudos do letramento entendam que uma noção poderia ser tomada pela outra, caso as práticas não fossem tão distintas quanto são. (SILVA, 2012)

1.2 O SIGNIFICADO DA LEITURA

Silva (2012) indaga: “O que seria na verdade leitura”? A mesma destaca que o dicionário Aurélio (FERREIRA,1986, p.1019) registra que Leitura é: “Ver o que está escrito, decifrar, interpretar um texto por meio de leitura: compreender o que está dito através dos sinais gráficos; tomar conhecimento do conteúdo de um texto pela leitura; reconhecer a mensagem do texto".

Segundo Silva apud Freire (2001, p. 19) o domínio da leitura é condição essencial para enfrentar as experiências do mundo contemporâneo, já que amplia o acesso às informações sobre diversos fatos do cotidiano, possibilita a tomada de decisões consciente e a participação ativa dos indivíduos na sociedade. Na formação acadêmica ou escolar, a dificuldade da leitura, implica num aprendizado deformado e sem apoio adequado para que o aprendiz desenvolva melhor suas capacidades intelectuais, desenvolvendo uma formação coerente e aprendizado satisfatório.

De acordo com Silva apud Freire (2001 p. 20): [...] o ato de ler precisa ser acompanhado pela consciência de que qualquer texto comunica algo, percebendo que o formato do que está escrito oferece hipóteses do seu conteúdo e que é possível estabelecer relações do que está escrito e as experiências de quem está lendo. [...] a necessidade de desenvolver a compreensão crítica na leitura que não se esgota na decodificação das palavras, mas se antecipa e se alonga na inteligência do mundo.

A leitura é um fenômeno de utilização de signos linguísticos e não um fenômeno de sinais impressos para decifrar. No ato da leitura, sempre está envolvido o uso múltiplo de muitos índices e a escrita é uma parte delas. No entendimento de Silva (1983), o ato de ler é como uma necessidade concreta para aquisição de significados e, consequentemente, de experiências nas sociedades onde a escrita se faz presente. (SILVA, 2012)

Segundo Silva apud Soares (2004, p. 22), a dificuldade da leitura não é atual, e sim, algo que já vem de muitos anos. Com o passar desses anos isso foi mudando, mais, ainda hoje, milhões de brasileiros não sabem ler. No Brasil, quase um terço da população possui baixos níveis de letramento. Entre as crianças, mais da metade das que chegam à 4ª série não têm apresentado um rendimento adequado na leitura. Quase 30% dessas crianças não sabem ler.

Na concepção de Freire (2001, p, 21): “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir

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